Prólogo

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–Peter Parker POV

Já passava das 11 da noite, eu estava em cima de um dos condomínios do Queens, observando a bela cidade de Nova York, estava usando o meu traje azul e vermelho de Homem-Aranha que foi concedido a mim pelo inventor bilionário Tony Stark, o Homem de Ferro.

Estava fazendo patrulha pela área, à procura de algum crime para impedir ou pessoa para salvar, mas a cidade hoje estava pacífica, por isso decidi ficar em cima desse prédio por mais um tempo.

Estava comendo um sanduíche de frango que eu comprei na lanchonete dessa rua, admito, foi bem estranho entrar dentro de uma lanchonete usando meu traje de herói mas o lado bom é que todos que estavam lá me reconheceram e me agradeceram pelos criminosos que por minha causa, hoje estão atrás das grades, uma garota que parecia ter a minha idade até pediu uma selfie comigo e como o bom Amigão da Vizinhança que sou, não pude recusar.

Por mais que tenha pessoas que digam que o Homem Aranha é um inimigo à comunidade, fico feliz quando vejo pessoas apoiando o que faço.

Ainda me lembro do dia em que alienígenas caíram de um buraco do céu e atacaram esta cidade, ainda bem que os Vingadores estavam lá para nos salvar e acabar com aquele caos, eu ainda me lembro do dia, eu era apenas um garoto de doze anos assustado, aquele dia entrou para a história, não só dessa cidade mas também do mundo, todos perceberam que o universo é maior do que pensávamos, que não estamos sozinhos e que aquela poderia não ser a única vez à acontecer algo do tipo.

Quando aquela aranha me picou, a minha vida mudou para sempre, eu me senti muito estranho, demorou um pouco até aprender a controlar meus poderes, quando consegui foi uma sensação ótima, percebi que eu poderia usar essas habilidades para fazer o bem e ajudar aqueles que não podem se defender, foi quando eu decidi virar um super herói, me espelhei nos Vingadores, os heróis que eu sempre admirei, só não esperava que meus poderes me fariam conhecê-los pessoalmente, e fizeram.

Meus pensamentos foram interrompidos quando um barulho de tiro e gritos de pessoas assustadas ecoaram pelo local, coloquei minha máscara de volta, pelo visto tinha um último crime para impedir por hoje.

-Karen, qual é a situação ? – Perguntei à inteligência artificial do meu traje.

-Assalto em um mercadinho à duas quadras daqui, pelo barulho de tiro pessoas podem estar feridas. – Depois de ouvir isso corri até a beirada do condomínio e pulei, em seguida arremessei minhas teias pelos prédios rumo ao mercadinho. Admito, balançar teias pela cidade é uma das melhores partes em ser o Homem Aranha, pousei em cima de uma residência que ficava na frente do mercadinho e vi um homem não muito alto, usando mascara de esqui e com um saco branco nas costas saindo do local, correndo, na mesma hora lancei uma longa teia com a mão direita em uma direção e depois lancei uma longa teia com a mão esquerda em outra direção, as segurei firmemente e andei para trás, depois descolei meus pés do chão e como se estivesse sendo arremessado de uma catapulta, fui lançado muito rápido em direção ao ladrão, quando finalmente cheguei perto dele, lhe dei uma voadora, fazendo-o cair no chão e largar o saco branco.

–Olha, eu não sei o que é pior, roubar um mercadinho a essa hora da noite ou esse seu visual de ladrão de desenho animado, hoje em dia os ladrões usam máscaras de filmes. – Enquanto o caçoava, ele sacou uma arma do bolso do casaco e apontou em mim, meu sentido aranha começou a tinir quando a arma estava na minha direção, puxei sua pistola com minha teia e a arremessei na parede, em seguida lancei uma teia na arma para que ela grudasse na parede, em seguida chutei o bandido que caiu no chão e o prendi com uma rajada de teia. – Amadores...

Peguei o saco do furto que estava caído no chão e o abri para verificar o que tinha dentro, havia notas de dinheiro soltas que iam de cinco a cinquenta dólares, provavelmente eram da caixa registadora, celulares, carteiras e relógios, corri para dentro do mercadinho, precisava devolver os itens roubados, quando entrei me surpreendi ao ver várias pessoas formarem um círculo como se estivessem olhando alguma coisa, não deu para entender o que falavam mas pelo tom da fala pareciam assustados, fui até eles ver o que estava acontecendo e me espantei ao ver um senhor em torno dos seus sessenta anos caído no chão com muita dor e sangrando pela barriga.

–O que aconteceu com ele ? – Perguntei à uma das pessoas que estava observando.

–Ele demorou para entregar a carteira ao assaltante e então este lhe deu um tiro. – Um homem veio correndo até nós segurando duas toalhas de mão, ele se agachou e colocou as duas toalhas na ferida da vítima.

–Eu sou médico, preciso estancar o sangue mas isso não vai segurar por muito tempo. – Dizia o cidadão de maneira agitada.

-Karen, chame uma viatura e uma ambulância para cá, agora !

Uma viatura e uma ambulância a caminho.

-Eu já chamei ajuda, você consegue segurar as pontas aí até eles chegarem ?

–Consigo, obrigado Homem Aranha.

Eu já estava indo embora do mercadinho quando me lembrei dos itens roubados.

-Ah, antes que eu me esqueça. – Peguei as notas soltas que estavam no saco do furto, abri a caixa registradora que estava vazia, coloquei o dinheiro dentro e em seguida fechei. – Aqui estão os seus itens roubados, só peguem os itens que forem seus, se eu ficar sabendo que algum de vocês roubou, vai experimentar bungee jumping na Ponte do Brooklyn. – Depois dessa minha última fala percebi olhar de susto nos seus rostos. – Eu estou brincando galera, eu jamais faria algo assim mas quem roubar tá encrencado, boa noite Nova York. – Depois de me despedir das pessoas que estavam ali, lancei minhas teias pelos ares, balançando de prédio em prédio, foi quando percebi que nem sabia que horas eram.

–Karen, que horas são ?

–São 00:15, Peter.

–Meu Deus, a May vai me matar. – Continuei balançando minhas teias até chegar no meu condomínio, grudei na parede e fui escalando até chegar a janela do meu quarto, abri ela calmamente e entrei, caminhei lentamente até o interruptor, não queria fazer barulho, a May não ia gostar de acordar e me ver só agora, depois que as luzes foram acesas, tirei a máscara e a joguei no guarda roupa, quando me virei para trás tomei um susto ao ver a May sentada na minha cama com uma expressão de irritada no rosto.

–Que susto May, eu quase tive um ataque do coração ! – Falava com a respiração ofegante.

–Você quase me fez ter um ataque do coração, sabe que horas são, rapazinho ?! – Nunca vem coisa boa quando a May me chama de rapazinho.

–May, me desculpe, teve um assalto à um mercadinho aqui perto, eu tive que impedir, agora por favor vai dormir !

–Eu não consigo dormir, Peter, você não entende, eu não consigo dormir, você sai pelas ruas pulando de prédio em prédio vestindo esse traje vermelho, enfrentando criminosos armados, não tem como eu não me preocupar com você, o meu medo é que um dia você vá e não volte, você é a única pessoa que ainda me resta, eu não aguentaria te perder também ! – Ficamos alguns segundos sem falar nada, apenas encarando um ao outro, até que eu decidi quebrar o silêncio.

–Eu compreendo sua preocupação, de verdade, me desculpe.

–Me desculpe também, eu posso ter me exaltado, eu sei que usar esse traje e sair pelas ruas é muito importante pra você, volta mais cedo na próxima vez, combinado ?

–Combinado.

–Boa noite, querido.

–Boa noite, May. – Logo após ela sair, apertei a aranha do meu uniforme e ele alargou imediatamente, o joguei no guarda roupa, onde a máscara estava, vesti meu pijama, apaguei as luzes e me joguei na cama, estava muito cansado, amanhã tinha escola ao amanhecer, eu precisava descansar, amanhã é um novo dia.

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