Poeta Gustavo Marano
me encontro numa prisão de concreto e asfalto, afogado no meio do olho e do furacão.
depressão.
corpo são, mente não. da mente a própria prisão. mas se somos do bem e o mal impôs, só nos resta dar uma das mãos.
não. não. não. não.
quantas vezes eu não pensei em suicídio? quantas vezes já não me senti só tendo muitos comigo? quantas vezes...
quantas vezes eu não pus a corda no meu pescoço? quantas vezes tentei mandar pra mente o aço? quantas...
quantas vezes eu pus a navalha na porra do meu pescoço?
eu cansei de ser doente. eu cansei de ser uma farsa fantasiada de doente. logo eu, eu que nunca acreditei em Deus, to aqui no meio do centro de joelhos curvados pedindo pra tirar o dia meu. logo eu. eu que nunca acreditei.
[...]
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Um trago de poesia
PoetrySou só alguém querendo gritar, mas não quero acordar ninguém. Assino como Rm.c, ou não assino, vai encarar alguma dor comigo?