Capítulo III - A Última dos Lótus

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E pela primeira vez dês de que foi coroado conseguira sentir o ar bater suavemente sobre sua face, Lucius cavalgava conseguindo sentir a sensação de liberdade, sem trabalhos ou burocracias relacionadas ao reino para resolver. Um certo tempo havia se passado após a sua saída do reino e a distância ao qual tomara já não era mais possível ver as enormes torres do castelo.

Vendo um pequeno lago logo a frente decide então fazer uma parada, e guiando o cavalo até o lago permite que o animal mate a cede, aproveitando também este pequeno período de tempo para descansar um pouco.

Após descansar um pouco volta a cavalgar floresta adentro, sem saber o que exatamente estava procurando, sem um rumo a seguir, apenas queria que o vento o guiasse em sua jornada na busca pelo desconhecido, o motivando então a ultrapassar os limites do Reino de Thedas e cruzar em uma floresta desconhecida, ao qual a pouca iluminação e as arvores apodrecidas fazia qualquer um pensar duas vezes antes de cruza-la, no entanto não foi o caso de Lucius, ele não temeu e muito menos recuou, apenas seguiu em frente.

Pequenas criaturinhas espreitavam pela floresta, escondendo-se em trocos ou até mesmo camuflando-se no ambiente sem vida, a pouca luz que ali possuía fez com que as mesmas criaturinhas pegassem afinidade com o escuro, e a cada trotada que o cavalo dava podia-se ouvir pequenos e diferentes ruídos emitidos.

Lucius procurava sempre estar atento pois desconfiara do local, acreditando que poderia ser hostil e imaginara os tipos de perigo que poderia conter ali. Um silencio então começou a se formar e o cavalo passou a ter um comportamento estranho, como se quisesse recuar do local em que estavam, Lucius logo percebera que algo incomodava o cavalo, algo que sem saber exatamente o que poderia ser estava assustando-o.

Puxando então a própria espada fita todo o lugar, como se estivesse esperando um ataque surpresa, no entanto, um barulho assusta o cavalo de forma que Lucius não estava preparado, e perdendo completamente o equilíbrio o mesmo cai, a atmosfera do local começou a ficar densa e o ar pesado, como se toda a floresta fosse uma armadilha para viajantes, a visão do rei começou a perder o foco e sua mente a ficar completamente atordoado.

A última coisa que Lucius viu pouco antes de sua visão escurecer foi de algumas fadas se aproximarem com seus minúsculos corpos cintilantes.

♢♧♢

Lucius havia acordado e sentira uma dor de cabeça, ao recuperar a consciência lembrou do que havia acontecido, no entanto, percebera que não estava mais na floresta, e que agora estava sentado sobre uma cama ao qual ao lado havia uma tigela com água e alguns panos molhados.

Levantando-se da cama caminha pelo local até que encontrou sua espada que estava próximo ao que parecia ser uma lareira, ao ouvir um barulho próximo a porta escondeu-se atrás da mesma apenas aguardando ser aberta, após passarem pela porta Lucius aproximou-se de forma ríspida por trás colocando a lamina da espada sobre o pescoço da vítima.

As folhas que carregavam caíram ao chão ao ser rendida, os olhos mostraram serenidade perante a situação em que se encontrava, e por segurança apenas levantou os braços em sinal de rendição, Lucius então pode sentir um perfume doce que o cabelo exalava, cujo a tonalidade da cor o lembrava as neves.

– Se soubesse que teria um comportamento hostil não o teria trazido para cá.

Ao ouvi-la, apertou a lamina da espada contra o pescoço da mulher de forma que pudesse mostrara o quão sério a situação era.

– Quem é você?

– Estelar, é como me chamo – respondeu-lhe engolindo um ar seco – e tenho certeza de que não sou a inimiga aqui.

A Princesa MestiçaOnde histórias criam vida. Descubra agora