Samantha olhara de um lado para o outro enquanto uma pequena brisa fazia com que seus cabelos flutuassem, a situação não era das melhores já que dois rapazes a cercara com espadas em punhos, e por nunca ter estado em real perigo sentiu-se perdida sem nem uma noção do que fazer. O momento em que se encontrar era similar de quando treinava com Erick, então respirou fundo para recuperar a calma que havia perdido, lembrou-se das aulas que tivera com o pai, de cada preparação e prova tudo para que estivesse preparada para se proteger de qualquer perigo, e nesta situação dependeria de seu aprendizado.
Lucas havia sido o primeiro a ir em cima de Samantha na intenção de golpeá-la com a espada, mas ela conseguiu se esquivar do ataque dando pequenos passos para o lado, e segurando sobre o antebraço do Luca utiliza de seu braço livre para golpeá-lo na lateral de seu rosto, com o impacto do golpe o mesmo deixa a espada ir de encontro com o chão, Leny aproveita a distração de Samantha e a agarra por traz, não permitindo perder a calma a pequena utiliza do próprio peso para derruba-lo no chão e num rolamento rápido pega a espada que Luca havia deixado cair e aponta a lâmina para o pescoço de Leny que por instinto de sobrevivência levanta as mãos em sinal de rendição.
Eslan a encarou ainda com a mão sobre o ombro contendo a dor e em seguida olhou para o irmão que estara no chão, Samantha tomou-lhe a espada que estara na cintura de Leny e o obriga a ficar de pé.
– Você acha que pode simplesmente pegar meu irmão como refém e sair viva?
– Você estaria disposto a sacrificar seu irmão só para não me deixar partir? – Samantha perguntou sem acreditar no que ouvira – vocês são sujos.
Samantha afastou-se para perto das plantas medicinais e fez com que Leny pegasse para ela algumas folhas, o jovem reconheceu aquelas folhas.
– Isso é utilizado para medicamento – disse Leny demostrando estar impressionado – e muito raro de se encontrar.
– É para alguém importante que está doente – disse Samantha enquanto observava Luca e Eslan – ouça Leny, não tenho intenção de feri-lo ou mata-lo, mas aqueles dois vão acabar fazendo isso.
– Tudo bem – disse Eslan já impaciente – chegamos a um impasse, que tal um trato?
– Estou ouvindo.
– Liberte meu irmão e a deixarei ir.
– E como terei certeza de que vocês realmente me deixarão ir?
– Você tem meu irmão como refém – respondeu – e ele é importante demais para nos preocuparmos com você.
Samantha ficou desconfiada em relação ao trato, no entanto aceitou, ao recuperar as folhas medicinais caminhou ainda com Leny como refém até a saída da floresta para só então libera-lo, mas só após libera-lo que teve uma surpresa, uma quarta pessoa apareceu sem que ela percebesse e a pegou pelo pescoço. Um pequeno riso soou pelos ouvidos e ao olhar de lado vira Eslan se aproximando.
– Achou mesmo que a deixaria ir?
Eslan puxou de sua cintura uma adaga enquanto aproximava-se de Samantha, e na intenção de apunhala-a ela cria forças necessárias para escapar do golpe e a lamina eu estava destinada para ela acaba perfurando o corpo do parceiro bem no peito atingindo um órgão tornando o ferimento fatal. Eslan olhou rapidamente para Samantha e a vê se aproximando e acertando um único golpe o fazendo perder a consciência.
Samantha olhou para Luca e Leny que ainda permaneciam de pé. Luca preparou-se para atacar, mas foi impedido por Leny que apenas o repreendeu para que ela pudesse ir, e assim fez, recolheu as folhas que haviam caído no chão e foi embora, sem se preocupar com mais nada.
– Já voltei.
Disse Samantha indo em direção ao dragão para examina-lo, o cavalo também apareceu e de mostrou ter sentido sua falta, ela o acariciou e lhe deu uma fruta que encontrara enquanto caminhava pela floresta, pegando as folhas medicinais o amassa até virar papa e coloca sobre a testa do pequeno dragão, Samantha o colocou sobre o colo e torceu para que melhorasse o mais rápido possível.
♤♢♧
– Onde estamos?
Lucius perguntou enquanto analisava o local, havia marcas de ferimentos nas arvores ao qual foi feito jazia tempo, Estelar por outro lado analisava os detalhes com tamanha atenção, lembrando do que ocorrera tempos antes.
– Estava sendo perseguida – disse ao analisar os arranhões nas arvores – enquanto carregava em meus braços uma criança, estava ferida demais e precisaria de tempo para me curar, e foi quando encontrei um camponês que cavalgava por esses lados, deixei a criança com ele e desapareci logo em seguida.
– Era sua filha?
– Minha sobrinha – respondeu ao virar-se para ele – ela deve estar com dezessete anos de idade agora, e pretendo reencontra-la.
– Sei que não é da minha conta, mas.... Por que estavam te perseguindo?
– É uma história complicada – respondeu sutilmente – e você?
– O que tem eu?
– O que procurava na Floresta das Sombras?
– Estava atrás de aventuras, mas acabei me metendo em apuros.
Estelar estava seria, como se estivesse desconfiada das palavras de Lucius, no entanto mantivera foco em seu objetivo, Lucius então aproximou-se para mais perto da Estelar com um semblante mais sério e responsável e colocando a mão sobre o ombro dela a tenta conforta-la.
– Iremos encontra-la – disse-lhe passando confiança – isso é uma promessa minha.
Estelar então demostrou um franco riso satisfatório pois realmente precisaria de ajuda e estando sozinha não haveria muito progresso em sua busca, o sol aos poucos estava deixando de brilhar e a escuridão logo se aproximara trazendo consigo o extenso brilho da lua.
No entanto, algo tornara a atmosfera peculiar e apenas Estelar pode sentir uma pressão diferente, ela então olhou para os lados e nada encontrara, Lucius percebeu que Estelar estava agitada e preocupada, ele queria dizer algo, mas era como se suas palavras se reusassem a sair de seus lábios.Estelar segurou a mão de Lucius e juntos se esconderam por entre as árvores cujos troncos grossos possuíam raízes profundas que saiam do subsolo. Em meio ao local seis pessoas passavam, a frente caminhava um homem cujo o cabelo grisalho poderia dar pista de sua real idade, o homem ao qual Estelar e Lucius reconheceram sem haver engano nenhum, logo atrás um homem o seguia acompanhado de uma mulher cujo o vestido estendia-se abaixo do joelho e logo atrás três soldados cujo as armaduras negras emanava um ar sombrio semelhante a fumaça.
– Erick.
Em sussurros citou o nome ao reconhece-lo ao lado da desconhecida mulher.
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A Princesa Mestiça
FantasyStatus: Em Andamento Quando um suposto assassinato cruza aos cinco reinos uma ameaça sobre uma nova guerra é decretada, e o bem mais preciosos que os unificaria no futuro se perde causado intrigas e discórdias. Enquanto Akyla, um reino até então des...