Marcado pelo medo e a esperança
de um sentido, um depois
Me rendi a suas crenças, sua religião
Mas agora tenho alma própria
Pretendo usar meu livre arbítrioUma herege! Talvez? Admito!
que muitas vezes usei a religião
como uma base
Pois tinha medo de seguir a minha vida
e precisava de um ser supremo
de uma explicação para criação de tudo
Do mundoEntão eles se aproveitaram do meu medo
Se aproveitaram da minha dúvida
e me introduziram os dez mandamentos
e me batizaram quando pequena
e eu não tive escolha
Não pude dizer se queria ou não ser afogada naquelas águasSimplesmente me afoguei
E desde então venho me afogando nela
Engolindo aos poucos… Até que me afoguei de supetão
O que me fez abrir as retinasAprendi que eu posso questionar
e que eu não preciso simplesmente engolir tudo que me falam
Que eu posso tomar por mim
a minha própria verdade
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Poesia pesada e suja
PoesíaPoemas com um tom denso, cheios de desilusão, melancolia e enfermidades. Inspirados em uma fase conturbada da vida da autora.