Capítulo 8- Pós-festa

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Juliet- On

    Por incrível que pareça, me lembrava da noite anterior, estava meio confusa, mas lembrava. Sweet Pea, com certeza foi o melhor, não sei como ele conseguiu me suportar bêbada. Acordei com a pior dor de cabeça que existe. Ele estava dormindo virado para o outro lado. Sem o acordar, fui para meu banheiro tomar um banho quente, ainda estava com a roupa da festa. Ao sair do banho, coloquei um roupão, fui para o quarto e vi que ele ainda dormia. Fui para meu closet e coloquei uma roupinha leve, um macacão preto curto.
    Eu estava morrendo de fome, ja eram 12:00 PM, vi no relógio, então resolvi acorda-lo.

Eu: Sweet Pea.- Falei baixinho perto dele.- Acorda.

Sweet Pea: Bom dia bonequinha.- Disse ainda abrindo os olhos.- Que horas são?

Eu: 12:00 PM, estou faminta. Quer ir comer alguma coisa?

Sweet Pea: Pode ser, só preciso ir ao banheiro antes.

Eu: Pode usar o meu, fica ali.- apontei para meu banheiro.- Eu vou descendo para tomar um remédio, a ressaca está forte- Ri.

Sweet Pea: Ok.- Ele deu uma risadinha e foi até o banheiro.

    Eu desci, como havia dito, e peguei a caixa de remédio no armário da cozinha. Depois de um curto tempo, ele desceu.

Sweet Pea: Onde vamos almoçar?

Eu: Pop's?

Sweet Pea: Pop's.- Afirmou.

    Então fomos em sua moto, foi ai que lembrei que havia deixado meu carro na casa da Cheryl. Chegamos no Pop's, sentamos em uma mesa e pedimos, hambúrgueres e refrigerantes. Comemos e pedi para que Sweet Pea me levasse até a casa de Cheryl. Chegando lá, nos despedimos, já que ele queria tomar um banho em sua casa. Entrei no meu carro e voltei pra casa.
    Fiquei assistindo séries por um bom tempo, ja eram umas 8:30 PM, e meu celular apitou:

Sweet Pea: Oi bonequinha, ta melhor da ressaca?

Eu: Oii, graças a Deus sim

Sweet Pea: Ótimo, posso te levar para um lugar?

Eu: Claro! Para onde vamos?

Sweet Pea: Surpresa. Posso te pegar as 9:00 PM?

Eu: Sim...

    Corri para trocar de roupa, coloquei uma calça jeans clara, uma blusinha branca e uma jaqueta preta, calcei um tênis inteiro preto Vans. Dei uma olhadinha no espelho e desci para sala.

Sweet Pea: Estou aqui

Eu: Indooo

    Saí e ele me esperava em sua moto.

Sweet Pea: Meu Deus, você está incrivelmente linda.- Dei um sorriso meio tímido e ele retribuiu.

Eu: Você também está lindo. -Ele usava uma camiseta branca, com uma camisa cinza desabotoada por cima, e claro sua jaqueta dos serpents. Usava também uma calça preta e um tênis escuro.

Sweet Pea: Vamos?

Eu: Vamos!- Subi na moto e ele acelerou. O vento que batia em nós nos fazia rir, como duas crianças felizes.

Sweet Pea: Chegamos. -Ele tinha me levado para uma cachoeira, não era muito grande, mas era definitivamente linda. Descemos da moto, eu estava boquiaberta, quando ele me perguntou.- Gostou bonequinha?

Eu: Eu amei, isso é tão lindo, tão maravilhoso, você é incrível.- Nos aproximamos.

    Estávamos sobre a luz de uma noite de lua cheia, na frente de uma queda de água, com uma brisa gelada batendo sobre nosso rosto. Tudo estava perfeito, era lindo e com certeza estávamos no meio de um clima sensacional.

Sweet Pea: Ninguém para nos atrapalhar? - Ele sorriu, aquele sorriso me derretia por dentro.

Eu: Ninguém.- Sorri

    Aproximamos nossos rostos até que nossas bocas se encontrassem, e foi aí que aconteceu nosso primeiro beijo. Foi longo e lento, romântico, parecia que fossemos feitos um para o outro, pois nos encaixávamos perfeitamente. Nos separamos devagar, já ofegantes, devido ao tempo do beijo. Nos encaramos por um tempo, um admirando o outro, e nos juntamos novamente, dando outro beijo.
    Nos separamos, quando meu celular começou a tocar:

Eu: Eu vou atender, ja volto- Me afastei um pouco dele.- Alô?

Mãe: Oi filha, tudo bem? Onde você está?

Eu: Oi mãe, tudo bem e você? Eu, estou, perto do lago.

Mãe: Tudo também, eu cheguei mais cedo, mas o que você faz no lago? Esta sozinha?

Eu: Não, eu estou com um amigo, depois te conto.

Mãe: Ok, vem para casa, estou com saudade.

Eu: Ai mãe, você saiu ontem.-ri.- Ja estou indo, beijos.

Mãe: Beijos.

    Volto para perto de Sweet Pea, e comecei a falar:

Eu: Era minha mãe, ela ligou e disse que voltou mais cedo. Também pediu para que eu fosse para casa, pode me levar?

Sweet Pea: Claro.- Subimos na moto e fomos. Ficamos o caminho inteiro em silêncio. Chegando na frente de casa, desci da moto e me despedi dele, dando-lhe um beijo, nem rápido, nem longo. Entrei em casa.

Eu: MÃEE, TO EM CASA

Mãe: Não precisa gritar filha, estou aqui do lado, mas vem cá, você estava na cachoeira com aquele menino?

Eu: Sim mãe, ele é tão...- Fui cortada.

Mãe: Você sabe quem ele é? Sabe que ele é de uma gangue perigosa? Onde tem assassinos...

Eu: Mãe calma, não é nada disso, eles não fazem essas coisas, são apenas boatos.

Mãe: Não são, eu sei e te proíbo de andar com qualquer um deles!

Eu: Mas você nunca me proibiu de nada, o que que aconteceu para você ficar assim? Me fala, quero entender.

Mãe: Vem aqui.-Nos sentamos no sofá- Lembra do acidente que seu pai sofreu? Na verdade não foi um acidente, disse isso para você não ficar mais traumatizada, você era uma criança e eu estava perdida...- A cortei.

Eu: Mãe, ei, calma.- Enxuguei suas lágrimas.- O que aconteceu com o papai?

Mãe: Eles o mataram, são assassinos a sangue frio, eles simplesmente o mataram porque ele não quis dar a carteira, e...-Ela não conseguia mais falar, de tanto que chorava. Eu a abracei, e ficamos ali até ela se acalmar.

    Depois de um longo tempo subi para meu quarto e fui dormir, ou pelo menos tentar, pois não conseguia pesar os olhos com aquilo na cabeça.

I Wish You Where HereOnde histórias criam vida. Descubra agora