CAPÍTULO 3

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   Só conseguia pensar nele, não estava conseguindo dormir, já era madrugada e nada, meu telemóvel vibra na mesa, curiosa pelo fato de estar alguém a me mandar mensagem naquela hora, ligo meu celular e vejo uma mensagem tua, desesperada desbloqueio o telemóvel e vou ler sua mensagem, não acreditando no que estava vendo limpei os olhos, sua mensagem dizia " Desculpa por ontem, eu deveria avisar que não iria lhe buscar", meu coração disparou, queria comentar sobre a sua ex, mas achei melhor dormir, fechei os olhos e dormi como um bebê.

No dia seguinte tudo iria ocorrer bem,  não haveria aula, as meninas iriam vir em minha casa e eu estaria com os pensamentos longe dele, as meninas chegaram, recebi as meninas com o maior carinho, estávamos pensando em ver um filme, comendo uma pipoca e de boa no sofá, então fizemos isso, Esmeralda estava muito brincalhona e sorridente, primeira vez que a vejo assim e gostei, Varla e Scarllet estavam sempre a brincar e rir.

- Ninguém vai me ajudar a fazer a pipoca não?- Diz Varla.

- Eu estou colocando o filme - Diz Scarllet.

- Eu vou comprar os refrigerantes, não é difícil fazer uma pipoca - Disse Esmeralda.

- Eu faço o brigadeiro!! - Falei.

  Então todas se sentaram em frente da televisão, preste a assistir " Friends", uma das melhores séries de comédia que existe, estávamos rindo unidas e felizes, até a campainha tocar, olhamos uma para outra, me levanto e vejo minha mãe com compras na mão,  pensei que era ele, destino tá uma merda, então quando vou fechar a porta depois que minha mãe passou, algo me interrompeu de fechar, quando olho e vejo o que é me assusto, era ele? Não, mas queria que fosse,  era um rapaz bonito, moreno com uma puta cara de safado, não sabia quem ele era, mas não fazia meu tipo, estava com sacolas de mercado na mão,  imaginei que estava a ajudar a minha mãe,  deixei ele passar.

- Desculpa,  não te vi aqui.

- Não tem mal senhora - Diz ele.

- A cozinha é logo ali - Avisei.

- Obrigada senhora.

-Não tem de nada.

O deixei passar e vi as meninas seguirem os olhares em sua direcção, ele era bonito fazer o que ne, continuamos a ver o filme quando escutei vozes da minha mãe vindo da cozinha.

- Marjorie este é o Mourão,  Mourão esta é a minha filha Marjorie - Disse minha mãe com um sorriso no rosto.

- Olá Mourão,  perdoa a minha mãe - acho que ele conseguia ver a minha cara vermelha de vergonha.

- Olá Marjorie,  eu adorei a sua mãe - disse aquele rapaz.

- Que falta de educação estas são minhas amigas, Varla, Scarllet e  Esmeralda - Disse sabendo que era isso o que elas queriam.

- Olá meninas.

- Olá - Disse todas ao mesmo tempo.

Depois que o Mourão foi embora e as meninas terem pego o seu numero e de ter convidado para sair todos no sábado, estavam todas se arrumando para ir dormi. Fui para a varanda em silêncio para não acordar as meninas, enquanto estava na varanda do outro lado da rua viu o Arthur playboy, quis falar um "oi" mas não teve coragem, de repente ele se aproximar, parecia nervoso pelo o que dava para ver, ele se senta ao meu lado.

- Olá garotinha.

- Olá Arthur.

- O que faz aqui sozinha? - Perguntou-me.

- Apenas mexendo no telemóvel e você o que faz? - perguntei.

- Acabei de chegar da casa de uns amigos... sinto muito pelo o que as pessoas estão falando de você, minha mãe me deu a tarefa de te levar todos os dias a escola até você ganhar seu carro, nossas mães virou super amigas - Disse com um sorriso triste.

- Sim e te agradeço demais, mas o que aconteceu?

- Alguns problemas, nada demais...Está gostando da escola? - Perguntou mandando de assunto.

-Estou sim, é um pouco diferente da minha antiga escola,  mas até que é legal.

- Você é a Esmeralda são amigas mesmo?

- Sim, ela é uma ótima pessoa, mas por que?

- Só por curiosidade mesmo.

- Ok - Estava a achar muito estranho esses comentários sobre a Esmeralda,  precisava saber o que realmente estava rolando entre os dois.

  Ficamos a conversa por bastante tempo, já estava amanhecendo e ainda estávamos lá, nossas conversas eram raras, nunca me esqueceria daquela madrugada, primeira vez que conversamos sem um clima estranho entre nós, estávamos nos conhecendo e eu estava gostando disso.

O barulho da porta abrindo chama a nossa atenção, vejo Esmeralda andar em direcção as escadas e acender um cigarro, não tinha visto a gente ali, ela olha para nossa direcção  e depois volta a olhar para frente como se não estivéssemos ali, olho para Arthur e vejo o jeito que olha para ela sem piscar, sem falar nada e sem fazer nada, apenas olhando,  queria que ele me olhasse do mesmo jeito que ele olha para ela.

  Esmeralda apaga o seu cigarro e entra para dentro sem olhar e sem dizer nada, Arthur ainda está olhando pro lugar onde ela estava, o que será que esta rolando entre esses dois? Perdida nós seus pensamentos, sente a mão de Arthur em meu braço,  sentiu um arrepio pelo meu corpo o que fez despertar.

- Preciso ir garotinha, até amanhã, boa noite.

- Até amanhã e boa noite.

Adorava quando ele me chamava de garotinha, achava tão fofo, já era de manhã e as meninas estavam indo embora, a única que ficou foi Esmeralda.

NÃO PODEMOS FICAR JUNTOSWhere stories live. Discover now