Um Crime Escarlate (FINALIZADA)

Capítulo 1

Era início de tarde de uma quarta-feira, o trânsito completamente parado e o Sol fervendo em São Paulo... Sr. Carvalho estava preso no engarrafamento na entrada da cidade, na esperança de chegar a seu hotel na Avenida Paulista a tempo de tirar uma soneca antes do jantar com um cliente. 

O detetive estava envolvido em um caso em São Paulo, não morava lá, mas sempre ia para alguns trabalhos na cidade dos crimes.

Depois de uma hora ele chegou ao seu destino, surpreendentemente rápido para esse horário na cidade, seu hotel era grande e luxuoso, com paredes de vidro, grandes colunas e detalhes em dourado.

Todos os hóspedes no saguão pareciam pessoas de grande importância e prestígio na sociedade, seguindo um rígido padrão, homens de terno e gravata e as mulheres todas elegantes e muito bem vestidas.

Sr. Carvalho subiu para seu quarto esperando dormir um pouco, mas isso não aconteceu, visto que sua cabeça não saía do caso. Às sete da noite o despertador tocou tirando-o de seus devaneios e o detetive começou a se arrumar para o jantar que seria às oito. Em meia hora já estava pronto, decidiu, então, descer para dar uma volta no hotel enquanto passava o tempo.

No elevador encontrou um velho amigo, o policial Freitas:

-Quanto tempo não o vejo policial Freitas... -cumprimentou Sr. Carvalho, cuidando para não chamar o amigo de senhor, pois lembrava que o mesmo não gostava de quando as pessoas se dirigiam à ele desta maneira.

-Bom te ver, Carvalho. - disse Freitas 

O elevador estava descendo para o subsolo, mas quando chegou ao térreo o detetive saiu, indo em direção ao jardim... Se encantou com tudo que viu, diferentes tipos de flores e árvores todos juntos em muita harmonia, quando se deu por si, já era hora de seu jantar.

Chegando ao restaurante, Sr.Carvalho logo avistou seu cliente. Eles comeram e conversaram sobre a investigação, que não havia progredido muito... Era um crime extremamente complicado, estava sendo investigado a dias e não chegava a lugar nenhum. As últimas informações que haviam conseguido era que o assassino provavelmente usava óculos, pois foi encontrado um parafuso do mesmo na cena do crime e a vítima não os utilizava, mas desde então a única certeza que tinham era de que nada sabiam.

Depois do jantar, o detetive deu uma volta pela área da piscina, apreciando aquela noite um pouco nublada, mas linda de uma forma ou outra, e seguindo para seu quarto.

No dia seguinte, logo cedo, uma batida na porta se fez presente. Sr.Carvalho estranhou um pouco, afinal, por que o serviço de quarto chegaria tão cedo? Ao abrir, notou que não era o serviço de quarto, eliminando sua primeira pergunta e criando outras várias para compensar. Era o gerente do hotel o chamando para uma ida urgente à sua sala.O jogo estava prestes a começar.