Máscara!
A calmaria estava presente
lá fora
Enquanto dentro dela tudo
queimava
E vestígios de uma vida beirando ao
fim
Era nítido como tudo que ela tocava se quebrava
E mais uma vez o pequeno mundo de ilusões estava adentrando à
realidade
O que estava ali para fazê-la sorrir
Se transformou em ácido
tóxico
Duro de respirar
Estava cada vez mais difícil estar em sua pele
Aquela pele que por vezes era sua máscara preferida
Estava se desmanchando...
Virando pó
Ela tinha algumas decisões a serem tomadas
Continuar abrindo o buraco negro, cortante e ardente dentro de si
Ou rasgar aquela máscara que a ferira por tantos anos?
E assim...
Quando o sol se abriu e a máscara
caiu
A menina então
Floresceu.
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A Cidade Tem Poesia
PoesieCada pontinho de luz ou de escuridão nas ruas, tem uma história, e elas estão aqui em forma de verso. Ah! A cidade da garoa.