Acordei com a luz do sol batendo na minha cara e o despertador do meu celular berrando, olhei o relógio e era apenas 6:00, normalmente eu iria apenas continuar dormindo, mas ficaria atrasada se fizesse isso então me levantei.
Assim que fique de pé a blusa dele cobriu até metade das minhas coxas, eu ri do tamanho da blusa e saí do quarto, daquele jeito mesmo. Encontrei ele sentado de óculos escrevendo alguma coisa, o que, não vou mentir, é sexy.
— Bom dia. — Eu disse enquanto caminhava até a cozinha recebendo o olhar de imediato. — Parece que alguém acordou inspirado.
Um sorriso se formou em seu rosto.
— Eu passei a noite escrevendo, não acho que ficou muito boa.
— É sobre o que?
— Não posso te dizer ainda.
— Eu não costumo roubar ideias.
— É, mas eu iria estragar a surpresa se eu mostrasse incompleta.
— Bom, eu acho que posso esperar um pouquinho.
— Você não vai se arrepender, eu juro.
Eu sorri e não desviei meus olhos dos dele enquanto bebia um gole do café que ele provavelmente havia preparado.
— Você trabalha hoje? — Perguntei.
— Sim, é um estúdio bem pequeno e meio desconhecido. — Ele falou prestando atenção na TV.
— E você canta lá? — Continuei enquanto prendia meu cabelo em um pequeno rabo.
— Nah, eles não querem me ouvir la, eu só cuido do áudio. — Ele falou como se não fosse nada, mas dava pra ver que existia um pequeno tom de frustração.
— Por que? Eles já te ouviram alguma vez?
— Não.
— E o que você ta esperando, mostra seu talento.
— Eles não precisam de uma voz agora. — Ele olhava para a TV como se estivesse concentrado.
— Você devia parar de se rebaixar tanto, sua voz é melhor do que você imagina. — Agora foi a minha vez de olhar para a TV e receber seu olhar.
— Você acha?
— Você não acha? — Eu disse enquanto levava minha xícara para o quarto para me arrumar.
...
8:00 eu já estava na sala conferindo se não estava esquecendo nada.
— Eu posso te levar até seu carro.
— Obrigada.
— Vem. — Ele abriu a porta e me esperou passar.
— Achei que você era cavaleiro só por uma noite. — Falei entrando no elevador.
— É, talvez ser cavalheiro sempre não machuque tanto.
Inconscientemente eu sorri, ele era bom em fazer isso.
Abri a porta do carro e ele se apoiou nele me observando.
— Então é isso. — Falei colocando as mãos na cintura sem saber o que falar.
— É, foi bom ter passado um tempo com você Rafaela.
— O mesmo e obrigada por ter me deixado passar a noite.
— Você precisava, eu apenas fiz o que minha mãe me ensinou.
Eu sorri de lado e arrumei meu cabelo que voava descontroladamente na minha cara.
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Me leva
RomanceRafaela é uma jovem adulta em meio aos seus 20 anos cursando audiovisual em São Paulo, no seu penúltimo ano ela não sabe se quer se dedicar à faculdade e ao futuro ou se deve dar espaço as festas que sempre foram uma necessidade em sua vida. Marcelo...