19 de setembro de 1997, acordo no meio da noite e me encontro no sofá da sala onde acabei adormecendo na espera dos meus pais, o relógio marca 03h00 da manhã, acordei com o barulho da chuva, a tv esta ligada passando alguma coisa que não me interessa, eu a desligo e vou em direção a cozinha, os pratos e talheres ainda estão sobre a mesa, o que significa que por mais uma vez eles não vieram, eu havia preparado lasanha para o jantar, foi o que eles me pediram já que é o nosso prato preferido.
Subo as escadas e vou até o meu quarto, sobre a penteadeira um porta retrato com a imagem dos meus pais, meu pai com seus 1.85 de altura, sua pele morena e seus olhos escuros, seu cabelo negro como a noite. minha mãe a sua esquerda com seus tão zuados 1.60 de altura, sua pele branca como a neve e seus olhos castanhos como seus cabelos que percorria sua cintura até o seu quadril. Aos meus olhos, o casal mais lindo do mundo. Ando pelo quarto com o porta retrato em minhas mãos e me deparo com minha imagem no espelho, nada de mais para uma adolescente de quase 18 anos, acho que 1.65 de altura, pele pálida, minha boca roxa, culpa do frio que estava presente naquela noite, cabelos longos como os da minha mãe porém, escuros como os do meu pai, assim como os meus olhos.
Vou até a minha cama, me deito olhando para o teto e me coloco a pensar..
Hoje faz 3 anos que os meus pais morreram em um acidente de carro quando, estavam voltando para casa de uma viagem de negócios para comemorarmos o a oferta que eles tinham recebido que, mudaria as nossas vidas. Naquele dia eles me pediram para preparar o jantar e eu o fiz como se fosse o nosso ultimo jantar juntos e na verdade, era o meu primeiro jantar sem eles.
Todos os dias nessa mesma data, eu faço lasanha, preparo a mesa e sento no sofá esperando que eles abram a porta e entrem com aqueles olhares e sorrisos, com aquele abraço que só eles tinham, mesmo sabendo que eles nunca mais voltarão
Chovia, chovia muito la fora. Mas havia uma tempestade dentro de mim.