The only thing...

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Notas iniciais:

 ©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total, assim como o uso do enredo, está terminantemente proibido. Plágio é crime.

***


* Não foi betada, nem será.

* Feita para o Desafio de Novembro do grupo ShinoKiba, com o tema:

Tradição do beijo do Ano Novo
Item: visco
Limite: 3k

(zoei o tema)

* Feita para o Desafio #FNSdoRock, com a música "I Don't Wanna Miss a Thing" do Aerosmith

Boa leitura.

Shino&Kiba

  Shino estava jantando tranquilamente com o pai quando o pior aconteceu.


Os dois viviam sozinhos na pequena casa periférica, mais próxima da floresta do que do centro da vila. A localização garantia não só sossego o bastante para a pequena família, mas também reforçava a fama de estranheza que envolvia pai e filho, integrantes do Clã Aburame e controladores de insetos.

Fazer as refeições tendo o silêncio como trilha sonora era regra. E, de certo modo, reconfortante.

Todos os dias preparavam o jantar juntos e comiam juntos. Exceto quando Shibi tinha alguma missão com o time ninja, nesse caso seu filho acabava sozinho na casa para dar conta das tarefas diárias.

Ambos acreditaram que naquela noite seria a mesma coisa, a mesma rotina de sempre. Até que os latidos desesperados ecoaram à frente da residência e Shino teve um péssimo pressentimento.

— Preciso ir — disse para o pai, largando a refeição inacabada à mesa.

— Tome cuidado — Shino disse tão somente. Confiava no filho. O adolescente não era dado a aventuras impulsivas ou sem justificativas.

Além disso, os latidos lá fora soaram como um pedido de ajuda. Se Shino queria atendê-lo, não seria seu pai a impedir.

Shino rumou para a porta principal, pegando o grosso casaco que ficava pendurado no cabideiro à porta. A noite estava fria. Era meados de dezembro e nevava desde o dia anterior. Ainda que no momento não caísse neve do céu, ela se espalhava pelo chão e tornava o cenário uma câmara fria natural.

— O que houve, Akamaru? — perguntou para o grande cachorro de pelo branco agitado, que marchava de um lado para o outro, marcando as patas no chão branco.

O animal latiu duas vezes e tomou a direção da floresta, antes de voltar os próprios passos e latir de novo, como se pedisse que Shino o seguisse.

E foi atendido sem mais perda de tempo. Shino correu na direção indicada, com Akamaru atrás de si no começo, logo tomando a dianteira para mostrar o caminho certo. Corriam depressa, Shino, como aluno exemplar da Academia, era veloz o bastante para acompanhar o ninken. Os pés ágeis mal tocando o solo banco, marcando a neve com leves rastros.

A urgência de Akamaru contagiou Shino.

Nunca, em hipótese alguma, o cachorro entraria tão a fundo no território humano, ao menos não sem a companhia do dono. E ele não estaria tão desesperado caso algo grave não tivesse acontecido. Shino não conversava com cães, nem os compreendia. Todavia a linguagem universal do medo é algo que um mero olhar é capaz de traduzir.

Seguiram em silêncio urgente até o mais profundo da floresta e um tanto mais além, saindo em uma espécie de clareira, onde o céu da noite se descortinava sem estrelas, quase um círculo perfeito, cujo tapete de neve branquinha permanecia quase imaculado, não fosse a trilha de sangue.

Visco de Sangue (ShinoKiba)Onde histórias criam vida. Descubra agora