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não bebam crianças!

Yuta. pov.

Bom dia crianças, não bebam! É claro que uma criança não vai beber né, pelo o amor.

Mas sério, não bebam bebida alcoólica, não é divertido e te deixa inconsciente das coisas ao seu redor.

Maldita hora que eu coloquei aquela merda na minha mão. E também não sejam esse tipo de idiota que vai até outro pra ajudar e acaba fazendo outra coisa.

Hoje eu passei foi o dia todo dormindo, quando eu acordei eram unas seis da tarde e eu fui tomar banho e comer, as coisas importantes da vida. Coloquei meu celular pra carregar, eu tinha passado a noite toda jogando nele, estava morto praticamente.

Como eu estava no tédio, eu resolvi ir até a festa que estava rolando, no caso a festa era minha. É, eu dou festas legais, tem esse boato na escola, mas tudo o que eu faço é... Bem eu não sei o que eu faço, quem organiza essas porcarias é o jeno, eu nunca venho pra elas, de qualquer jeito.

E ainda acham raro eu aparecer na minha própria festa, todos me olharam como se eu fosse um bicho, mas como eu já sou acostumado eu só sorri e passei alegremente entre eles, me sentando no bar e pedindo um suco.

Isso mesmo, eu pedi um suco, eu juro. Mas o imbecil do barman, que eu tenho certeza já vi esse ser antes, mas onde? Ele riu de mim, e me deu um coquetel. E sabe o que tem no coquetel? Isso mesmo, álcool. Mas o imbecil aqui não percebeu que ela coquetel e bebeu como se fosse água.

Não deu nem cinco minutos eu já tava com o efeito naquela merda no meu sangue e já tinha pedidos vários outros e estava bebendo que nem um louco.

Aí, aparentemente é engraçado pra caralho mandar o amiguinho ajudar um cara bêbado aleatório, mais ou menos aleatório, por que um cara de um grupo veio, literalmente, do nada me ajudar a voltar pro quarto, pedir pra eu parar de beber e tals.

E o que eu fiz? Eu deixei ele me levar pro meu quarto e eu como uma pessoa extremamente carente, beijei ele. E bem, eu acho que não preciso explanar o que aconteceu depois.

Não sei o motivo de estar tão irritado. Não foi ruim, eu me lembro de quase tudo. Só não lembro como que a gente começou a tirar a roupa e tal, mas o resto todo eu lembro. O que se passava na minha mente? Eu também não sei.

Geralmente, eu sou inteligente, mas cara, dessa vez, extrapolei.

Eu literalmente bebi, coisa que eu não sou acostumado, e aí eu dei pra um cara aleatório. Nossa que saudável, nakamoto.

E bem agora, eu to com dor na bunda e tenho que andar que nem um militante em dia de protesto. Por que eu vim pra esse troço mesmo?

Conhecer seul é o caralho, eu queria estar deitado na minha caminha jogando alguma música do twice no superstar jyp.

— Vamos por aqui, ali é um grande parque turístico de seul, e do lado dele está o rio han. — Falava o guia, e o professor da nossa universidade explicava pra todos os alunos a história daquele lugar, eu estava bem atrás, andando lentamente.

Parei olhando o rio han, e nas pessoas passando por mim rapidamente, eu vi ten sorrindo e andando todo alegre com aquele amigo dele e do jungwoo.

E é nesse momento que estou agora, todos param e ten fica literalmente na minha frente, resolvo olhar pro outro lado e pronto, era tudo o que eu queria. O cara de ontem, me olhando de cima.

De cima pois ele é mais alto que eu, claro.

Meu coração! Por que meu coração está tão acelerado? Não, eu não posso gostar desse muleque, ele não foi nada doce comigo, ele literalmente só me deixou andando esquisito.

Dou um passo pra trás e acabo batendo em alguém, me viro rapidamente. Era o amigo do ten.

— Me desculpe, me desculpe. — Me desculpei me abaixando e ele se abaixou levemente também.

— Tudo bem, não aconteceu nada. — Ele sorriu e que sorriso, esse sim foi um doce comigo. Eu retribuo o sorriso e me ajeito numa postura confortável.

Mas, porque, eu sinto alguma coisa na minha cintura?

Coloco minhas mãos acima da minha cintura e vou descendo até encontrar duas outras mãos. Tiro elas dali com força, e olho pra trás com cara de raiva, era o imbecil mesmo, minha intuição nunca falha.

Sai andando e me misturando nas pessoas até que estivesse do lado do guia junto com as meninas estudiosas. Elas me olharam e sorriram, e eu sorri, por estar um tanto envergonhado.

Então nós andamos e andamos, andamos muito, até chegarmos num lugar cheio de lojas, cafeterias, doceterias, sorveterias e tudo que é fofinho e vende comida, inclusive tinha lojas de música e derivados.

Todos se espalharam pelas os estabelecimentos e os professores entraram na cafeteria que ficava no meio de tudo, eu só to aqui parado na frente dessa cafeteria. Agora o motivo, aí eu já não sei.

Sinto e uma presença e:

— Yuta..

— O que? — Minha voz saiu seca e lenta.

— Por que você tá me ignorando? — Oh?  O que? Sério que ele ta perguntando isso?

— O que? — Falei, e dava pra sentir a indignação dentro de mim.

— Por que você sorriu pra aquele cara, e não sorri pra mim? — Ele perguntou, ignorando minha pergunta.

— Ah, por que ele não me fez aquilo comigo. — Falo, e sinto o nervosismo crescendo dentro de mim.

— Aquilo? — Ele fala com uma expressão inocente.

— Ah mas você só pode estar de brincadeira?! — Falo, já me alterando.

— Mas foi você que me beijou! — Ele falou e eu tapei a boca dele com as minhas mãos.

Tecnicamente ele tem razão, mas ele não precisa saber disso.

— Mas quem corresponde um beijo de um bêbedo? — Falei, me fazendo de sonso.

— Ah, mas... — Eu sai andando, entrei na cafeteria que os professores estavam e vi de canto que ele havia entrado também. Infeliz!

Me sentei nas cadeiras do balcão e fico esperando o barman vir me atender, ele estava atendendo outros clientes. Logo o imbecil se senta perto de mim, do meu lado, mais precisamente. Me levanto e vou em direção ao banheiro.

Caminho lentamente entrando naquele cômodo branco e me olhando naquele espelho enorme, sinto alguém pra trás de mim e...

— Yuta...