A Cor Azul Que Vejo Em Você

7 - Por Mim E Por Vocês

A mãe do Kao? Realmente não posso negar a semelhança. É como se eu estivesse presenciando a versão feminina dele e isso ninguém pode negar.

"A senhora não pode entrar assim nas casas dos outros sem permissão!" - Escuto Kong falar para a mãe de Kao que mesmo assim continua tentando se soltar das mão deles que a seguravam pela cintura. Ela não parava se olhar para Kao como se quisesse pular em cima dele.

"Me solta, Kongpob! Além desse inútil ter mentido para nós que dormiu na sua casa, você e seus pais acobertaram a mentira e todos me enganaram!" - Ela grita. Kao sai de trás de Arthit com a pouca coragem que ele parece ter arranjado.

"E como a senhora soube que eu estava aqui?" - Mesmo com a voz tremendo Kao pergunta. Me aproximo dele e coloco uma mão no seu ombro o mostrando apoio.

"Seu idiota!! Você é filho de um general!! Você tem a porcaria de um localizador no seu celular! Todos nós temos! O Imbecil do seu pai quis assim! Você esqueceu? Só precisei olhar e ter certeza de onde você estava! Só não te busquei ontem por causa da maldita tempestade!" - Essa mulher não sabe falar de outra maneira se não gritando?

"A senhora, sendo uma mulher de uma classe de elite, anda falando muitos palavões! É normal isso entre os que dizem serem da alta classe? Se for, quero meu título pra hoje!" - Arthit põe as mãos nos quadris e dá um sorriso cheio de sarcasmo.

"O que você disse garoto?" - A mãe de Kao começa a arranhar os braços de Kong, que começar a gemer de dor, para tentar se soltar e tentar matar o Arthit, talvez?

"Se eu ver um machucado no Kong a senhora vai sair daqui levada por uma ambulância!" - Arthit avança mas eu e o Kao fomos rápidos o suficiente para segura-lo. O galo de briga foi ativado.

"Minha filha, por favor, pare!" - A senhora que eu presumo ser a vó de Kao tenta acalmá-la mas sem muito sucesso.

"Se a senhora não se acalmar, vou precisar chamar a polícia!" - Finalmente falo algo e ela começa a rir.

"A polícia? Você sabe quem eu sou? Você sabe de quem eu sou esposa e esse bastardo é filho?" - Ela finalmente se acalma e parece me desafiar.

"Bastardo? É assim que você chama o seu filho que precisou do seu apoio depois de descobrir sobre o seu daltonismo ainda criança? O que a senhora machuca o suficiente para sangrá-lo? A senhora é louca! Eu não pensaria duas vezes antes de espalhar para todo mundo que tipo de mulher a senhora é! Agora saia da minha casa! Kao só vai embora quando ele quiser e se sentir melhor!" - O olho com um tom desafiador.

"Garoto, você não sabe com quem você está mexendo..." - Ela me ameaça e depois olha para Kao com desdém - "Eu não esperaria muito de você mesmo!" - Ela se vira e vai até a porta de saída - "Quando o seu pai ligar, atenda! Pense duas vezes antes de falar qualquer coisa para ele!" - Ela sai com a senhora atrás e Kong fecha a porta dando uma respiração profunda depois.

"Por que vocês me seguraram? Eu iria arrancar os cabelos dessa mulher!!" - Arthit looses himself from Kao and goes to Kong to see the scratches on his arms.

"Você está doido, Arthit? Apesar de tudo ela é uma mulher, além de que não podemos descer no mesmo nível que ela! E ela ainda é a mãe de Kao, precisamos pensar nele também!" - Digo e ao me virar para Kao o vejo calado com um olhar longe - "Você está bem? Você não precisa ir embora agora, só vá quando quiser, Ok?" - Vou e abraço Kao que parece se assustar mas depois recebe o abraço e devolve o gesto balançando a cabeça positivamente para minha pergunta.

"Pete tem razão, Arthit. Kao! Você tem a gente! Ela não pode fazer muita coisa contra você se ela quiser continuar com a imagem dela entre a elite. E nós estamos aqui caso ela tente fazer qualquer coisa!" - Kong também se aproxima de Kao e encosta sua cabeça na dele fazendo parecer um abraço grupal.

"Eu ainda poderia dar uns tapas nela...ou pedir alguma amiga nossa a dar uma lição nela..." - Arthit diz emburrado de braço cruzados e olhando para o chão. Eu e Kong olhamos um para o outro e ao trocarmos uma mensagem visual, sorrimos e puxamos Arthit para um abraço grupal e este protesta por ser contra contato físico mas acaba sendo abraçado e soltando um sorriso.

"Eu vou ser mais forte, pessoal! Por vocês e por mim. Pelo bem de vocês e pelo meu futuro, eu serei mais forte!" - Ele abraça a gente e todos nós concordamos.

"Legal! Uma ménage na minha sala! E ninguém me avisou!" - Conheço essa voz.

"Oi, mãe! Oi, pai!" - Me afasto para cumprimentar de volta meus pais mas minha mãe levanta a mão para que eu parasse onde eu estava.

"Por favor! Me diz que vai rolar uma orgia e que vai ser na minha sala!" - Ela fala esperançosa.

"Mãe!!"

"Tayra!!" - Meu pai grita logo atrás dela e ela apenas sorri.

"Uma mulher pode sonhar" - Ela fala rindo.

"Não uma mulher casada em um relacionamento monogâmico!" - Meu pai diz mas também ri. Ele olha para todos nós.

"Olá, Arthit! Já os outros eu não conheço mas estou aberto a apresentações...E explicações para saber por que estão machucados e sangrando" - Meu pai diz ao perceber o rosto de Kao e os braços de Kong.

"Olá, senhor! Meu nome é Kongpob Suthiluck!" - Kong sorri.

"Meu nome é Kao xxx, senhor! Prazer!" - Kao sorri.

"Esse é Noah, o pai de Pete, não podemos negar o DNA, é a cara do pai!" - Minha mãe ri e joga a sua bolsa no sofá se jogando nele e sorrindo para nós.

"E essa é Tayra. Culpem o gênio do Pete a ela. Suas loucuras você puxou a sua mãe."

"Deixa de bobagem amor..." - Ela sorri e encara nós quatro - "Eu sinto um cheiro de problema no ar...Já pode ir contando. "