Um dom para chamar de meu

Uma noite muito louca de um submisso

Aquela manhã tinha sido tão louca que só me dei conta de que estava totalmente dentro de uma confusão digna de quadrinhos, quando finalmente, após o sinal do intervalo bater, eu me recordei do que aconteceu.

Estava animado, porém cansadíssimo quando entrei no tal clube que Kyungie conseguiu convite para mim e procurei por seu amigo de universidade, Min Yoongi. Segundo Kyung, ele estava disposto a me encontrar um dom legal e claro, eu estava com ótimas expectativas sobre isso, entrei já procurando o dono dos fios durados esverdeados que estaria usando um anel de pedra negra, que significava que estava disponível.

Segundo Kyung ele não tinha submisso atualmente e tinha ótimos contatos no mundo BDSM de Seul. Eu estava borbulhando de ansiedade também, por isso depois de dez minutos que não achei aquele dom em especifico, decidi parar no bar da casa noturna e beber algo para relaxar. Eu era fraco para bebida por isso pedi um suco com um pouco de Jim. Apenas isso... 

Como eu fui idiota!

— Um NO, uau!

Uma voz animada soou ao meu lado e eu olhei meio sem jeito para o loirinho de sorriso retangular e olhos animados. Era um submisso com duas coleiras e em dois segundos quem fazia um 'uau' era eu e ele riu divertido:

— Sim, tenho dois Doms, meu querido, sou um cara sortudo – Ele apontou para a minha coleira de NO curioso – Você é tão fofo, isso aí vai sair da sua pele em menos de uma hora por aqui, tenho certeza.

Que alguma divindade boa lhe ouça. Pensei fervoroso, mas para ele apenas sorri suave.

— Bom, eu vou indo e olha só ahhhhh fique com a minha margarita, acho que vai precisar! E uma dica, não seja tímido, vá e agarre seu dom, biscoitinho! Temos sete livres essa noite por aqui, só os que sei... Aproveita!

E ele estava tão empolgado que me senti na obrigação de bebericar a bebida que foi colocada na frente dele menos de um segundo depois dele me oferecer.

Recebi um sorriso de encorajamento e então ele sumiu entre a multidão. A coisa era deliciosa por isso eu fui um idiota em dobro e bebi quase a metade.

— Kim Jongin?

Uma voz macia soou ao meu lado e juro – A lembrança era vívida como se tivesse acontecendo na minha frente ali, agora sentado em um banco do jardim da faculdade – Naquele segundo meus joelhos dobraram e se eu não estivesse sentado naquele banco de bar, eu teria caído. Nunca, nunca nenhuma voz mexeu comigo assim além da de Kyungsoo. Até aquela noite.

Me virei lento e vi dois olhos escuros em um rosto lindo e másculo me encarando curioso. Ele tinha cabelos amendoados claros, sorriso misterioso, vestido em um terno com caimento perfeito. Ele era todo sexy...

— Kim Jongin? - Ele perguntou de novo, eu assenti sem voz, ele fez uma pequena mesura com a cabeça – Sou Seokjin, irmão de Yoongi, ele pediu para mim vir até você antes, porque houve um problema no escritório e ele vai chegar um pouquinho atrasado.

Mil perguntas explodiam na minha mente naquele segundo, mas nenhuma era mais forte do que aquele homem todo sexy ser o irmão do meu contato ali.

— Ah... tudo bem.

Eu disse meio enrolado e foi quando ele percebeu que eu segurava a taça de bebida doce. Então eu soube que ele era dom, pelo simples fato do sorriso ser substituído por um olhar firme e ele estender uma das mãos para mim em ordem muda.

Eu engoli em seco e lhe dei a taça que ele cheirou e ficou ainda mais sério. Quando falou, sua voz era mais escura e mil vezes mais capaz de estremecer até a minha espinha: