Dong Young

A Despedida

Doyoung /On

Minha mãe adoecera gravemente quando eu tinha cinco anos de idade. Mal dava conta de suas tarefas diárias, arrastando-se de um lado para outro, conforme Deus lhe abrandava as dores.

Foi definhando, definhando, até se prostrar de vez na cama.

Não tinha outro jeito, que de tudo se tentara antes. Meu pai chamou Senhor Taeyong e os dois levaram minha mãe no "jeep".

Foi a última vez que a vi. Ela me olhou com um olhar sem lágrimas, mas tão triste e profundo, que era como se quisesse me envolver num cueiro, para proteger-me, como as mães fazem com seus bebês logo que nascem.

Um dia, meu pai entrou em casa e, passando a mão, para trás, nos cabelos dourados, disse-me entre seco e comovido:

- Sua mãe partiu.

E, diante do meu olhar de interrogação, acrescentou, justificando:

- Foi para o céu. Descansou.

Passou em direção aos fundos da casa como se quisesse ocultar de mim a sua dor, o seu desapontamento.

Fiquei espiando-o de longe, escondido na quina da casa. E, embora fosse ainda bem pequeno, entendi bem o que ele quis me transmitir.

Naquela noite, o coaxar dos sapos e o cri-cri-cri dos grilos chegaram aos meus ouvidos como uma impertinente orquestra de agouros.

Até o cão de casa uivava desesperado, como se chorasse a morte de minha mãe.

Cobri os ouvidos com o cobertor.

Estava só.

...

Olá bom dia, senhores.

Eu mesma fazendo livro sem atualizar os outros.

Neko ama vocês ♡