A Prisão

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Meu pai não esbravejou. Dirigiu-se à serraria e veio de lá com uma corda na mão. Sem dizer palavra, amarrou nela o meu pé esquerdo, com um nó mestre que só ele sabia dar. Agarrou-me com uma das mãos e com a outra segurou a ponta da corda. Levou-me até a serraria e prendeu a corda a uma grossa peça de madeira.

- Agora fica aí, safado! Tenta fugir! - Empurrou-me com raiva. Quase bati com o rosto no chão. Afastou-se pisando pesado.

Não sei se doeu mais a humilhação de ficar ali amarrado feito um cão vadio, se o abandono, ou o desprezo do meu pai.

Eu era só uma criança necessitando de atenção. Comecei a chorar.

Mas minhas lágrimas e meu choro alto não comoveram meu pai. Fiquei sem almoço e sem o café da tarde. À boca da noite, levou-me um prato de comida, que deixou no chão dizendo:

- Come, animal!

Eu tinha fome. Comi feito um cachorro faminto. E é o que era para o meu pai: um cachorro, um bezerro fujão.

Dormi sobre uma tábua semi-escondida no resíduo da madeira laminada.

Por volta das dez da noite, em atendimento aos apelos de Dona SeulGi que guardava da casa no resguardo da JooHyun, meu pai dessamarrou-me, acordando-me com o pé:

- Levanta, fujão! E vai tomar banho! Quero ver se você vai fugir ainda!

Nem um olhar de complacência, de arrependimento, de remorso! Custava ter me dado a mão em gesto de amizade, ter ajudado a me levantar?

Entre nós ia levantando um muro, que ficava cada vez mais alto. E meu pai, sendo adulto, não fazia nada para deter o seu avanço.









...

Oi quero bater no pai do Doyoung.

Neko ama vocês ♡

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⏰ Última atualização: Dec 22, 2018 ⏰

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Dong YoungOnde histórias criam vida. Descubra agora