⃟❑࿆ᘓ⇴ 6.8

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Shuhua respirou fundo, apoiando a cabeça no balcão, ela se preocupava com minho, pois conhecia a história do garoto, conhecia ele e aprendeu a se importar com o rapaz, como se fosse seu irmão de fato.

Hyunjin travou o maxilar, sentando ao lado da taiwanesa, afagando os cabelos da mesma, enquanto sua mente estava perdida. Ah, ele havia deixado seu garoto sair, e talvez ele não voltasse a ser teu, e isso o machucava, como uma ferida aberta.

Estava confuso, pois depois daquela noite, saberia o que é perder uma pessoa de fato. Quando voltava do aeroporto, recebeu uma ligação de Changbin, estava no hospital e somente queria que Hwang o buscasse, pois naquele leito havia acabado de perder o namorado, graças a um acidente.

Hyunjin ouviu o choro do mais velho, a forma com que ele descrevia o vazio que o rapaz lhe deixou, era como uma ferida que ele nunca iria poder tapa-la com curativo por meio de bebidas e drogas, somente o tempo o ajudaria. E talvez, para Hwang, o tempo não fosse sábio o suficiente para remediar sua ferida, chamada Han Jisung.

(...)

De longe, a bebida era o principal ponto fraco de Lee Minho. E lá estava ele, sentado á beira da piscina, diversos papéis, fotos, rasgados sendo levados pela água fria, virando coisas frágeis, se despedaçando aos poucos, e ele estava daquela forma.

Depois de sair da casa de Jisung, dirigiu até a casa de Yukhei, e ali começou toda a merda. O chinês lhe chantageou de diversas formas durante o tempo envolvido com Jisung, tudo isso por uma aposta idiota feita entre álcool e nicotina.

Sua única condição era não se apaixonar, era não se importar para Jisung. Era não se sentir a pessoa mais idiota do mundo ao ver aquele sorriso grande sendo exposto para outras pessoas. Era não querer proteger o garoto de tudo. Era não querer ter ele em seus braços sempre. Mas tudo isso era demais para ele, e ele sentia que estava perdendo, e antes que o moreninho fosse embora, ele iria contar tudo, de alguma forma.

Estava em sua casa, nem mesmo havia dito á sua mãe ou á madrasta, estava se embriagando com um vinho qualquer e com o som da chuva que se iniciava, molhando seu corpo, e ele sentia-se despedaçar por dentro, feito os papéis na piscina, Lee Minho era um idiota, e ele sabia disso.

- Pegar resfriado é mesmo seu melhor plano? - a voz do garoto que queimava em seus pensamentos se fez presente, e Lee virou o rosto para trás, vendo Han se aproximar, a chuva começando a deixa-lo em um estado crítico, mas ainda assim belo.

- Você não deveria estar aqui Jisung, por favor, vai embora. - disse em um soluço alto, se encolhendo, estava tão vulnerável.

- Pare de ser um idiota, eu vim te ajudar.

- Mas você não deveria, você não entende, não vai querer me ajudar se souber o que eu fiz. - mordeu o lábio inferior tentando achar uma forma de aliviar a angústia em si.

- Eu acho bom contar agora, Lee, pois amanhã eu não vou estar mais aqui para que venha atrás de mim com suas pedras e cravos velhos. - Han respondeu fundo, permanendo em pé atrás do garoto, que se levantou aos poucos.

- Eu fiz uma aposta, Han. Yukhei duvidou que eu conseguisse te fazer assumir de uma vez que era gay, e te levar para a cama. Eu topei, não nos conhecíamos direito e também não nos gostávamos. - disse em tom alto, a língua enrolava em medo a cada passo que Jisung dava para trás. - Eu perdi, perdi porque eu não poderia passar a gostar de ti, e não foi isso que aconteceu.

- O que apostou? - perguntou Jisung em tom seco de voz, cruzando os braços, seu orgulho estava ferido.

- Yukhei e eu tínhamos uma birra, desde sempre, mas achei que isso tivesse passado, até o dia da festa. Se eu ganhasse, ele teria que me dar três mil wons e eu não corria o risco de perder o cargo que tenho garantido para ajudar minha mãe com as dívidas que meu pai. - disse sentindo a garganta fechar. - Ele ganhou, e com isso eu lhe devo tres mil wons, perco meu cargo no time de basquete e o estágio que iria fazer na empresa do pai dele.

Jisung entre abriu os lábios surpreso, pois o garoto havia arriscado tudo por si, mas antes arriscou a pele do moreninho para de garantir entre os outros, e isso machucou Han.

- Sei que vai embora amanhã, sei que eu nem mesmo mereço que me perdoe, mas saiba que eu gostei de você Jisung, saiba que eu arriscaria mais por ti. - a voz chorosa partia-se em pedaços na mente de Han. - Mas eu não te mereço, e você sabe quem lhe merece. Jisung, você vai embora amanhã, e eu queria que saísse daqui e fosse atrás de Hyunjin. Vá correndo, pois ele sim merece seu esforço.

Antes que o loiro falasse mais alguma coisa, Jisung o abraçou, e o ele retribuiu afagando os fios morenos do outro, sentindo uma última vez o aroma de baunilha do outro, até que soltasse o mesmo e recebesse um pequeno selar nos lábios, antes de Han se afastar.

- Minho, você me fez me sentir péssimo, mas tambem me fez me sentir bem, e acredite em mim, não é o seu fim, você não perdeu tudo. - disse com um sorriso terno, até ouvir uma voz alta vir de dentro da casa. - Chan veio cuidar de você.

- Jisung, obrigada. - disse o loiro com um sorriso sincero. - Diga a Shuhua que eu estou bem, e que desta vez ela pode ter a certeza de que tem o meio-irmão mais idiota do mundo.

- Pode deixar. - e com um sorriso, ambos decidiram seguir em frente, Jisung correu para fora da casa, ele teria que voltar para Hwang, nem que fosse por uma noite.

 i'm not gay! ° minsung 1 BookOnde histórias criam vida. Descubra agora