Lá está ele.
Lindo em seu terno caro e os cabelos bagunçados pelo vento de inverno. Ele está sorrindo. Sinto uma pontada de peito. E mais abaixo. Ah Deus, preciso que ele me note. É tipo, uma questão de vida ou morte.
— Parece que o chefe chegou — Alan comenta o óbvio, mas já não estou prestando a menos atenção.
Meus pés se movem como se por vontade própria em direção a razão do meu desejo. É agora ou nunca. Simon está sendo cumprimentado pelos puxa sacos de plantão. Algumas mulheres aproveitam a ocasião para abraça-lo. Vadias. Serão todas demitidas quando eu for a senhora Bennett, penso, enlevada em meu sonho dourado. Sorrio, enquanto chego cada vez mais perto. Já prevejo a hora em que Simon vai virar e me notar em meio a horda de funcionários embriagados pelo open bar. Nossos olhares se prenderão, e tudo desaparecerá como nos filmes. Como Elizabeth e Senhor Darcy na dança de Orgulho e Preconceito.
Ia ser perfeito. Ia ser...
— Porra! — exclamo, quando tropeço em alguém, fazendo todo conteúdo que ainda restava na minha taça escorrer pelo vestido branco da mulher a minha frente.
E merda, levanto a cabeça para xingar, seja lá quem foi que me atrapalhou de chegar em Simon, mas me calo ao reconhecer Erin.
Mil vezes merda!
— Porra digo eu, Julie! O que está pensando? – ela segura o vestido longe do corpo, vermelha de cólera.
— Desculpa, Erin, eu estava distraída, não te vi e... — Balbucio, mas Erin não está nem um pouco feliz nesse momento.
— Você não cansa de ser desastrada? — grita, fazendo vários olhares se prenderem em nós. Ruborizo de vergonha. Inferno, porque Erin tinha que ser tão má comigo? Se sou desastrada perto dela, era total culpa dela mesma!
Não tinha culpa se ela tinha se virado abruptamente em minha direção quando pediu um café, no meu primeiro dia, fazendo a xicara voar da minha mão e aterrissar na sua mesa impecável, graças a Deus o notebook fora poupado.
Ou de fazer o favor de abrir a janela do escritório, sendo solícita e pró ativa, quando ela reclamara de calor, e um vento vindo sabe Deus de onde, espalhara todo os documentos de sua mesa, o que ela me obrigara a pegar um a um, levando, tipo, umas três horas e me deixando com dor nos joelhos por dias!
E agora isso!
— Você é um desastre ambulante! Como vou cumprimentar o Simon com essa roupa?
— Sinto muito – digo humildemente mas por dentro estou rindo. Menos uma para chegar perto do Simon hoje.
Lanço de novo meu olhar a frente e bufo ao ver que Simon já desapareceu em meio a horda de funcionários e garçons servindo canapés.
Droga!
— Sentir muito não é suficiente! Estragou meu vestido! Esse vestido custou uma fortuna e deveria lhe mandar a conta da lavanderia!
— Tudo bem, claro, qualquer coisa para me redimir... — concordo rápido, com um sorriso de desculpa, mas na minha mente estou quebrando a taça vazia em seu cabelo de palhaço.
— Ah, quer se redimir – ela me mede com interesse — Então acho que pode trocar de roupa comigo.
O que? Ela enlouqueceu? Trocar meu lindo vestido sexy de brocado por aquele vestido branco manchado?
Nem morta!
Mas Erin já está segurando meu braço e praticamente me arrastando até o banheiro feminino.
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Uma noiva de natal
Roman d'amour**Atenção** Uma noiva de natal estará completo aqui até o dia 31/12, depois apenas na Amazon! Depois de uma festa de natal desastrosa, Julie acordou na cama do chefe pelo qual tinha uma paixonite impossível. E não se lembra de nada! E o mais surpre...