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2018

Lisboa, a minha segunda casa. A cidade que me acolheu a mim, mas também aos meus pais e irmãos há 11 anos atrás. Era uma cidade tão bonita, todos os seus encantos, toda a sua história, e os tão famosos pastéis de Belém, conquistavam qualquer pessoa. Quando chega a época natalícia, Lisboa tornava-se ainda mais bonita, a sua beleza via-se através das luzes e das decorações espalhadas pelas ruas.

All I Want For Christmas Is You, era a tão famosa música de natal, todos nós sabíamos a letra toda. Chegava ao restaurante Fauna & Flora, onde ia encontrar com a Maria, a minha portista. Fui até ao interior do restaurante, já se fazia sentir o tão delicioso cheiro as famosas sobremesas. Maria observa as pessoas que iam passando na rua, assim que sentiu a minha presença, colocou o seu famoso sorriso na cara.

- Tive saudades tuas, Ania. – Maria abraçou-me fortemente.

- Também senti muito a tua falta, minha Mariazinha. – puxei a cadeira- É bom estar de volta. – confessei, com um sorriso.

Durante todo o lanche, falamos de tudo. De vez enquanto ia olhando para a rua, foi impossível não sorrir ao ver o movimento e a alegria das pessoas. Era uma das coisas que tinha saudades. De tudo.

- Ania, logo à noite vamos ver o jogo do Benfica no estádio.

- Queres mencionar quem? – quis saber a quem referia-se.

- A Rita, Matilde, Carlota, Cláudia e a Maria. Não te preocupes que ninguém desconfia que tu encontras em Portugal, muito menos, que vieste para ficar. – a portista confessou, dado um sorriso confortável.

Estivemos mais um pouco na rua a combinar de logo a noite. O que eu percebi, é que este seria o último jogo, antes do natal, e como tal as raparigas queriam ir à Luz para ver o jogo. Uma parte de mim está alegre, porque vou encontrar pessoas que tenho muitas saudades, mas ao mesmo tempo, vou reaver o Rúben, o que eu não sei se me encontro preparada para tal.

Assim que entrei em casa, sentei-me um pouco ao pé dos meus pais, enquanto partilhava as saudades que tinha desta cidade, logo depois, seguindo para o duche. Sem rapidezes, preparei uma roupa confortável, para ir assistir ao jogo.

-Só espero não me arrepender disto. – sussurrei, ao ouvir a buzina do carro.

- Pronta para ir apoiar o teu amor, mais conhecido por Benfica? – animada, questionou assim que entrei na viatura.

- Espero que sim. – não hesitei que afirmar.

O caminho até ao estádio, foi rápido, conseguimos estacionar a viatura sem qualquer problema. Apesar da situação não ser a melhor, eu estava contente por voltar a casa. Eu amava e amo o Benfica.

O nervosismo era a minha melhor companhia no momento que entramos no estádio, onde se encontravam a maior parte dos jogadores, que entre si, conviviam antes do jogo.

- Estou a ver que não perderam o vicio de ver os jogos no estádio? – disse ao grupo de amigos, que se encontravam entretidos na conversa.

- Não posso acreditar. – Maria Barros, mais conhecida por mulher de Pizzi, em passos apressados, dirigiu-se até mim. – Ania, ainda ontem estava na Dinamarca! – não evitei uma gargalhada.

- Podes acreditar. Eu vim para ficar. – o seu sorriso alargou, soltei um grito, quando sinto o meu grupo de amigos todos abraçarem-me.

- Tivemos tantas saudades tuas, miúda. – complementou o Almeida, mais meu conhecido por Dré.

Apreciava o ambiente à minha volta quando, um olhar intenso me chamou a atenção. Engoli em seco ao notar Rúben, que me contemplava apreciador. Que estava acompanhado pelo Yuri, um amigo de longa data, e por uma rapariga, que antes apoiava a sua cabeça nos ombros do rapaz. Trajava um sorriso contente no rosto e deixou um beijo nos cabelos do jogador do clube encarnado.

Desviei o olhar, assim que o Yuri começou uma conversa com o número seis do clube encarnado.

- Está bem? – perguntou Pizzi, colocado as suas mãos nos meus ombros.

- Sim, está tudo bem. – ainda um pouco atormentada pelo o acontecimento, falei.

Sem dar por isso Rúben se já dentro da conversa que ocorria no mesmo grupo de amigos que eu. Se antes de o ver já estava nervosa, então agora estou muito mais. Não prestava atenção nenhuma ao que estava a ser dito, o meu olhar estava tão atento aos olhos castanhos do jogador.

- Então Dias, não chamas a tua amiga para aqui? – acordei do transe, assim que Almeida fala.

- O que é que está a acontecer aqui? – sussurrei para mim mesma.

- Parece-me que pensaste errado. – ouvi sussurrar no meu ouvido.

- O quê? – sussurrei para ninguém a minha volta ouvisse.

- A rapariga que acompanhava o Rúben, é simplesmente a Inês. – murmurou Rita. – É a prima dele.


A/N: Hello, Hello. Aqui está o segundo capítulo da história. Apesar de estar no início, espero que esteja do vosso agrado. Digam qualquer coisa, é sempre bom ter a vossa opinião. 

Obrigada desde de já por acompanharem! 💕

Até ao próximo. 👋



E se eu ⋆ Rúben DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora