Definitivamente encrencada

2.3K 163 10
                                    

Mia despertou com um balanço suave. Antes de abrir os olhos soube que não estava mais em chão firme. Ela acordou para se ver no banco de trás de um carro grande e confortável cujo assento era recoberto de couro. O cinto de segurança a mantinha segura e ao seu lado, o bebê conforto de Vivi estava seguramente atrelado ao caro enquanto sua bebê resmungava de fome. Mia reconheceria aquele chorinho a distância.

Por uns segundos se sentiu a pior mãe do mundo, até se dar conta que não estava em uma situação normal, aquele não era seu carro e ela tinha desmaiado de dor e não dormido por que quis.

— Ela está com fome — A voz masculina praticamente puxou seus olhos para o motorista. Era o homem dos olhos negros. Seu olhar sério pousava sobre ela através do retrovisor. Ao seu lado o modelo da vogue, parecia dormir. O motorista seguiu seu olhar — Baek caiu no sono a menos de meia hora. Ele tentou ficar acordado para você, mas já estava insone há dois dias.

Mia não respondeu, ela soltou seu cinto e de vagar liberou Vivi do dela até ter sua filha em seu colo. Não queria amamentá-la diante de estranhos, mas não tinha saída, com o canto dos olhos ela viu a trava nas portas, o que revelava que estavam trancadas no carro deles. E sua filha já tinha perdido mais de duas amamentações.

Suspirando ela ergueu a camiseta de forma que ficasse pouco a mostra e colocou seu bebê diante de um seio. Amamentar era relaxante e depois da primeira vez um pouco estranha ela descobriu que gostava daquele contato com sua filha, era um bom calmante para ela e para seu bebê. No entanto naquele momento, relaxar não estava em sua lista do dia, ela se viu vestida em roupas masculinas e desconhecidas. Estava em um carro em alta velocidade, e pelo que podia ver em uma rodovia em pleno sol a pino mesmo com o vidro mais escuro que já tinha visto, fazendo a pensar se não eram de fato bandidos, pois sabia que era ilegal no país ter aquele tipo de vidro fumê, se pudesse enxergar 30 por cento do lado de fora era muito.

Ela estava sendo raptada? Era isso?

— Onde estamos indo?

Perguntou tentando não soar assustada. Aquela desculpa que deram antes era ridícula e o medo de estar voltando para a casa do marido e para um possível cárcere privado a punha fria, aterrorizada.

Não sabia o que pensar, mas aquilo era o mais lógico, tinham cuidado de Eviane, ela estava banhada e de fraldas secas. Mia sentia menos dor e sentia que sua pele estava coberta por algum tipo de pomada viscosa, se sentia constrangida e assustada por saber que um deles a tinham banhado e tocado seu corpo, entretanto, estava se sentindo muito melhor, o que não condizia com atitudes de algum tipo de sequestro do mal.

Soava mais como resgate por dinheiro.

E dinheiro, não faltava para seu marido, aquele monstro que a enganou tão bem...

— Meandra? Você está me ouvindo?

A voz do motorista a sacudiu para o mundo real e ela balançou a cabeça negando.

— Desculpe, eu...

E então se calou, não ia pedir desculpas a um criminoso!

— Bem, como eu dizia, estamos indo para o norte do país, para o lar de um amigo nosso, onde você e sua filha poderão se recuperar, de forma adequada, do resguardo.

— Norte?

— Sim, é um bom lugar, nunca estive pessoalmente lá, mas meu irmão mais velho, Suho já esteve. É um lugar tranquilo e o dono é amigo antigo do meu irmão.

Sete lycans e um destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora