III

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- Jeff The Killer's P.O.V. -

Aquela menina... Pensando bem ela até que me parece familiar... Mas... Quem é ela?... No momento aqui estou eu, olhando pela janela da casa da amiga dela como um perfeito imbecil enquanto as duas conversam sobre minha aparição na noite anterior, ela tem só quinze anos?! Hmm que problemão... O que que eu faço com essa peste agora? Se eu sumir com ela os pais vão atrás, a não ser que... Se eu convencê-la que estamos namorando, ela pode concordar em deixar uma carta para os pais e fugir comigo... É, eu gosto dessa idéia...

*Isso, traga-a mais perto de você Jeff, ela será a sua harleyquinn*

"Não seja idiota, só a sequestre de uma vez!"

*Não, não, vai assustá-la assim!*

Aish, calem a boca vocês, eu já decidi o que vou fazer.

Continuo a observar as duas meninas e quando elas começam a caminhar até a porta da frente eu me apresso em ir até lá esperando "minha menina" abrir a porta e assim que ela faz as duas tomam um sustinho.

- Jeff? O que faz aqui?
- Desculpe mas eu estava com saudades de você... - Não era totalmente mentira - ... Posso ao menos te acompanhar até em casa?...
- É claro... - Ela da um sorriso fofo - Meus pais não estão em casa, podemos assistir um filme juntos se quiser...
- Opa, opa, opa, nem pensar que vai ficar sozinha com o Jeff the killer! - A amiga dela surtou só um pouquinho - Eu vou com vocês e sem discussão!
- Tudo bem. - Respondo dando de ombros - Mas se ligar para a polícia eu corto a sua garganta entendeu?
- Tá bom - A amiga dela treme e engole em seco - V-Vamos?

Nós dois concordamos ao mesmo tempo e saimos na frente, quando já estávamos meio longe da casa da amiga dela eu me aproximei dela enquanto andavamos e toquei a mão dela de levinho, ela sorriu e pegou minha mão, então andamos de mãos dadas bem perto um do outro até a casa dela, o caminho foi bem tranquilo, por mais que o sol me encomodasse bastante.
Chegando na casa dela minha suposta vítima fez pipoca enquanto eu escolhia algum filme interessante, haviamos combinado entre nós que seria um filme de terror e eu devo admitir que fiquei muito feliz em saber que ela curte filmes de terror, finalmente eu vou ter uma companhia voluntária para assistir os meus vídeos...
Quando o filme já está pronto para rodar eu me acomodo mais ou menos no sofá e tiro um pouco as almofadas em volta de mim, a porcaria do sofá parece um marshmellow de tão fofinho, que porcaria, não consigo me ajeitar de um jeito decente... Certesa que eu devo estar parecendo um mafioso. Minha amiguinha volta com um pote enorme de pipoca e alguma coisa vermelha... É uma calda? Ou ela realmente trouxe um pote com sangue para nós? Por que se for isso mesmo eu não vou fingir namorar com ela, eu vou é casar mesmo. Ela sentou do meu lado com um sorriso fofo e se aconchegou feito um filhotinho no sofá.

- Ei eu não sabia se você gostava mais de pipoca doce ou salgada então eu fiz salgada e trouxe uma calda doce, só para garantir...
- Eh, tudo bem... - Puxei mais meu capuz para esconder meu rosto - Ei, de que é essa calda? Parece sangue...
- Ah, isso é por quê vai um pouco de sangue nela, ai fica colorida, mas é só caramelo...
- Entendi...

Passei o controle da tv para ela, peguei um pouco da pipoca e é óbvio que eu mergulhei uma na tal calda, por mais que eu não seja muito chegado em doces, eu estava morrendo de curiosidade sobre aquilo então decidi experimentar. O gosto era esquisito, mas um esquisito bom, não era muito doce, na verdade é até um pouco amargo e tem um pouco de gosto de metal, quase como sangue humano mas bem mais amargo que o sangue humano costuma ser, talvez sangue de vaca ou porco mas não consigo idêntificar exatamente por causa do açúcar do caramelo, mas mesmo assim é bem gostosinho.
Me concentrei mais na pipoca que no filme que estava passando por que a pipoca estava ótima demais. No meio do filme a minha amiguinha se apoiou no meu braço meio tremendo, sorri, passei o meu braço aonde ela estava apoiada em volta do corpo dela apoiando-a no meu corpo e sorri gentil observando suas bochechas vermelhas.

- Mais confortável assim. - Me explico fazendo carinho no cabelo dela - Está com medo?
- Não... É que eu estou com frio, e você é mais quentinho que a Carla.
- Que estranho, as pessoas normalmente dizem que eu sou gelado...
- Hm, suas mãos são geladas, mas seu corpo é mais quentinho que o normal...
- Tudo bem então, dês de que esteja confortável para você...

Eu me ajeito um pouco mais e a trago um pouco mais perto do meu corpo da forma mais delicada que consigo, continuamos assistindo o filme tranquilamente, mas eu devo admitir que eu prestei muito pouca atenção no filme, a respiração dela era muito mais interessante que um filme com coisas que eu vejo todos os dias, e eu me peguei rindo com ela nas cenas de assassinato por que a risada baixinha dela era tão contagiante que eu sentia vontade de rir com ela por mais que a cena não fosse especialmente brutal ou divertida.

- Que cara babaca... - Acabei sussurrando em uma cena de estupro onde o assassino machucava uma menina - ... Isso lá é jeito de tratar um ser humano?...
- Ora, você não tortura pessoas? - É a voz da minha amiguinha - Não gosta de estupros?
- Estupros criam provas para a polícia e são obra de idiotas nojentos, além disso, as minhas vítimas não me parecem "sexy" quando estão morrendo.
- Ah... Isso é bom de saber.
- Por quê?
- Pelo menos eu sei que não vou ser estuprada quando você cansar de brincar de amigos...
- Você acha que eu vou te matar?
- Não é o que você faz?
- ... Nem sempre... Não quando é com alguém que eu gosto... Não consigo...
- ... E você... - Eu podia jurar que ela estava vermelha como um tomate - ... G-Gosta de mim?...
- B-Bem eu... - Dessa vez quem corou fui eu, não acredito que eu gaguejei... - ... É-É... T-Talvez eu g-goste de você...
- Ai que fofos vocês - Eu olhei para a amiga dela e ela estava tirando fotos com o celular - Quero ser a madrinha
- Vai ser é cadáver daqui há pouco se não apagar essas malditas fotos.
- Ai, tá bom, seu chato.

A amiga dela ficou meio imburrada e a minha menina riu,
Vai ser tão divertido ter essa garota por perto...

Jeff the killer - Um amor assassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora