Nina
Sexta - Feira
01:00 PMHoje logo que cheguei na empresa pedi para Rita ir na minha sala quando tivesse tempo. Eu queria reunir mais informações sobre Damon e espero que ela possa me ajudar. Alguém bate na porta e logo adentra a sala. Me levanto e Sra.Rita me cumprimenta com um beijo na bochecha.
ㅡ Aproveitei que o Sr.Damon não voltou ainda do almoço e vim conversar com você. ㅡ ela sorri.
ㅡ Se sente por favor. ㅡ digo e ela se senta em minha frente.
ㅡ Sabia que a senhorita é a única psicóloga que está durando? ㅡ ela diz e eu sorrio.
ㅡ Teve muitas antes de mim?
ㅡ Teve. Damon deixavam elas doidas e as mesmas acabavam desistindo em menos de uma semana.
ㅡ Eu não duvido.
ㅡ Dentro deste tempo...nenhuma delas me procurou para falar sobre ele, você foi a primeira.
ㅡ Acho que nenhuma das psicicoologas anteriores tiveram tempo para isso. ㅡ digo e supiro. ㅡ Faz muito tempo que a senhora conhece ele? ㅡ ela sorri.
ㅡ Sim. Eu trabalhava para seu pai em Roma, naquela época eu era mais jovem e cheia de vida. Damon vivia com seu pai quando era pequeno, ele sempre ficava no escritório me atrapalhando a fazer meu trabalho. ㅡ ela sorri quando se recorda. ㅡ Nina eu não posso dizer coisas pessoais sobre o senhor Damon, ele é como um filho para mim...não quero que o mesmo fique rancoroso.
ㅡ Não se preocupe. Não precisa tocar no assunto de sua vida atual, só quero saber sobre como era sua personalidade quando criança. ㅡ digo e ela suspira aliviada. ㅡ Senhora disse que era secretaria do Sr.Alessandro?
ㅡ Há sim, trabalhei muitos anos para ele. Depois que Damon veio para Milão e começou a dirigir uma empresa o Sr.Alessandro me pediu para vir ajudar ele, não só como uma secretaria...ele queria que eu cuidasse de Damon.
ㅡ Como ele era...antes? ㅡ ela sorri.
ㅡ O menino Damon sempre foi um garoto gentil, risonho, brincalhão...e como toda criança, muito travessa. ㅡ sorrio ao ver a alegria dela ao falar dele.
ㅡ Como era a relação dele com a família?
ㅡ Ótima. A Sra.Andrea sempre foi uma mãe protetora, mas nunca deixou ele preso, tanto ele quanto Sabrina. Damon desde pequeno sempre demonstrou amor por sua família e simpatia com outras pessoas mesmo depois de entrar no primário. ㅡ levanto uma sobrancelha, não consigo ver Damon como uma pessoa simpática. ㅡ Mas logo depois que entrou no secundário ele começou a se distanciar da família, seu jeito mudou, ele começou a frequentar muitas festas da sua escola, ele passava pouco tempo com sua família mas ainda sim demostrava o quanto os amava, ele continuou assim por muito tempo, mas todos entendia que ele entrou na adolescência e precisava de seu próprio espaço...depois ele teve algumas responsabilidades a mais como começar a trabalhar com seu pai, o que deixou ele mais maduro, logo em seguida veio a responsabilidade de dirigir uma das empresa de seu pai... ㅡ Rita acompanhou o crescimento de Damon, desde criança até a fase adulta. Ela fala dele com muito orgulho. ㅡ Ele se saiu muito bem até criou sua própria empresa...então aquela mulher apareceu e estragou tudo que tinha de bom nele. ㅡ seus olhos ficam triste, ela passa a mão no rosto. ㅡ Eu acho que não posso mais dizer nada além disso, Nina. Quero muito ajuda-la, mas não resolverá se eu falar, você tem que ouvir da boca dele.
ㅡ Eu entendo. Você já me ajudou bastante. ㅡ sorrio. ㅡ Agora sei que aquele cara não é pura arrogância e cheio de não me toque. ㅡela ri da forma que eu digo. ㅡ Muito obrigada Rita, por dividir isso comigo.
ㅡ Não há de que, apesar de eu querer poder te dizer mais coisas...
ㅡ Não se preocupe, ele mesmo vai me contar...espero. ㅡ ela suspira e se levanta, diz que vai voltar para sua mesa.
Sr.Rita sai da minha sala e eu fico andando de um lado para o outro...será que essa confusão toda é por causa de uma mulher?...Não...acho que tem muito mais no meio. Damon não aparenta ser um homem que deixa uma empresa a beira da falência por um simples relacionamento amoroso que não deu certo...deve haver mais coisa.
Sexta - Feira
06:00 PMEstava arrumando minhas coisas para ir embora mas antes de ir vou até sala de Damon. Passo em frente a mesa de Rita e a mesma não está. Dou duas batidas na porta e entro, vejo ele de pé perto do vidro com seu celular em mãos, ao me ver o mesmo revira o olho e eu sorrio.
ㅡ Sra.Rita? ㅡ pergunto.
ㅡ Liberei ela mais cedo. ㅡ ele responde sem me olhar. ㅡ O que quer?
ㅡ O de sempre...
ㅡ Desista eu não irei responder suas perguntas. ㅡ ele diz e disca um número no celular. Coloco minhas coisas em uma cadeira, ele me olha de lado, sorrio e ele suspira fundo. ㅡ Sim, sou eu...preciso que agilize aqueles documentos...ㅡ ele começa a falar no celular olhando para o vidro que da para a rua, percebo que lá fora está mais escuro que o normal.
Começo a andar dentro da sua sala, olho a estante de livros que aparenta ser mais arquivos. Dou a volta na sua mesa e vejo um retrato um tanto peculiar...Ele estava sorrindo com um garotinho em seu ombro. Pego o retrato e observo mais de perto, essa pessoa sorridente nem parece o mesmo Damon que conheço...mais isso não foi o que mais me chamou atenção...foi aquela criança.
ㅡ O que está fazendo. ㅡ me viro e fico de frente para ele...o mesmo me olha e olha a minha mão.
ㅡ Você parece feliz na foto. ㅡ digo e parece que ele se sente incomodado. ㅏ Fico aliviada em saber que da sorrisos sinceros além dos sorrisos de deboche.
ㅡ Não fique tão interessada em mim só por achar meu sorriso bonito. ㅡ ele diz todo cheio de si.
ㅡ Não há nem necessidade de eu comentar isso. ㅡ digo e volto o retrato no lugar. ㅡ Quem é ele? ㅡ me refiro a criança. ㅡ Ele parece ser uma criança bem doce.
ㅡ E é...ㅡ ele encara a foto com um semblante que eu não conheço. ㅡ Seu nome é Matteo...Meu filho.
*Foto do retrato*
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Suddenly It's Love - De Repente é Amor
ChickLitUma psicóloga muito dedica decide abrir seu próprio consultório, mas ela acaba se deparando com uma dificuldade... manter suas despesas. E por esse motivo acaba tendo que entregar o local para o proprietário. Ela recebe uma proposta que pode salvar...