Sete dias depois
9 de dezembro de 2013
Os últimos dias foram complicados.
Durante a reunião, Rowena deixou claro que não fazia ideia do que estava acontecendo. Em todos os seus 300 anos de vida, ela nunca tinha visto algo como aquilo. Nenhum dos feitiços que ela conhecia juntavam O Fruto Proíbido, o coração de um Nephilim e o Arco de um Querubim.
Mas ela mencionou um livro de feitiços, O Livro dos Condenados, que teria sido escrito cerca de 700 anos atrás. Ele continha feitiços para desfazer ou criar toda e qualquer maldição existente. E era exatamente com isso que eles contavam.
Saber da existência do Livro foi como derrubar o primeiro dominó da fila de problemas.
Após rastrear o Livro, Charlie viajou até a biblioteca de um mosteiro na Espanha para recuperá-lo. Com o Livro em mãos, a frustração de não poder lê-lo era o que irritava o grupo. Além de estar escrito em Sumério antigo, ele também estava codificado.
Foi então que Rowena revelou que eles precisariam do Codex para lê-lo. Sam, Dean e Rowena conseguiram encontrá-lo em St. Louis, escondido na Caixa Werther. Quando finalmente retornaram, três dias depois de partirem, veio uma frustração ainda maior.
O Codex, que deveria ajudá-los a decodificar o Livro, também estava escrito em códigos.
Agora, Sam, Dean, Hope, Rowena e Charlie Bradbury se encontravam na sala principal. Gabriel, Castiel e Amitiel estavam no Céu, trabalhando com os outros anjos, e desceram a Terra apenas algumas vezes nesses dias que passaram. Mike, como Rei do Inferno, tinha problemas a resolver e não pôde estar presente. Mas isso não o impedia de se preocupar.
Na tarde do dia 9 de dezembro de 2013, dias antes do Natal, o grupo tentava decodificar o decodificador (e a lógica que se dane!). A frustração pesava no ambiente novamente, já fazendo parte da rotina da última semana.
Tinha algo grande vindo e viria logo, disso eles tinham certeza, só não sabiam o que. E cada hora que passava, eles se preocupavam mais. O tempo estava acabando.
Mas, quando Charlie jogou os braços pra cima, com um sorriso aliviado no rosto, e gritou "eu consegui!", eles receberam a mensagem da qual precisavam.
Salvar o mundo era o que eles faziam. Proteger as pessoas das coisas que se escondiam na escuridão era o dever deles. E eles não desistiram disso por nada nesse mundo.
-
Algumas horas já haviam se passado. A lua já brilhava no céu fora do bunker e os ventos da noite já balançavam as folhas das árvores.
O grupo, já tendo resolvido o problema com o Codex, já conseguia utilizá-lo para decifrar o Livro. Era um trabalho lento e, bem, trabalhoso, mas eles logo conseguiram chegar onde precisavam, apenas para serem encarados com outro problema.
_Huh, temos um problema aqui... - Hope murmurou, encarando as folhas de pele.
_O que foi? - Dean perguntou, passando para trás da filha e repousando as mãos em seus ombros.
_As coisas não batem. Não tudo pelo menos. - Hope respondeu. - O Fruto Proíbido é mencionado, mas é só isso. Não fala nada sobre o arco de um Querubim ou o coração de um Nephilim.
_Talvez seja outro feitiço? - Sam sugeriu. - Deve ter outro aí com todos os ingredientes.
_Já procuramos, não tem. Ou é esse, ou voltamos pra estaca zero. - Charlie respondeu.
_Vamos assumir que são dois feitiços, então? - Dean concluiu e o trio assentiu em confirmação.
-
No dia seguinte
_Alguma novidade? - Mike perguntou, aparecendo na cozinha.
Dean engasgou no café, quase cuspindo tudo, e Hope, Sam e Charlie o encararam com olhares preocupados. Mike riu, se sentando numa cadeira vaga ao lado de Hope e pegando a caneca de café da sua mão.
_Quando eu achei que tinha me acostumando com esses idiotas brotando do nada, me aparece esse imbecil! - Dean esbravejou, se sentando de volta na cadeira.
Mike apenas sorriu, tomando um gole do café de Hope. A Nephilim revirou os olhos, tomando a caneca das mãos do híbrido.
_Que folga é essa, Satanás? - Ela reclamou, segurando o recipiente com firmeza.
_Você não reclamava disso em 2010, Angel. - Mike riu, com um sorriso besta.
_Eu não queria te matar em 2010. - Hope respondeu séria, com um tom óbvio.
_Eu shippo. - Charlie murmurou, rindo, e Sam teve que segurar uma risada.
_Parou, parou. Interação demais por hoje já. - Dean reclamou, se levantando e caminhando até o outro lado da mesa.
Ele puxou o garoto pela orelha, o arrastando até o outro lado e o colocando sentado ao lado de Sam.
_Não sou obrigado a aturar o anticristo cantando a minha filha. Você foi a casca de Lúcifer, você atura o filho dele. Deixa que da minha filha cuido eu. - Dean disse, se sentando ao lado de Hope na mesa e enviando um olhar matador pra Mike.
_Voltando ao assunto... - Mike suspirou. - Alguma novidade?
_Conseguimos decifrar o código e ler o livro. - Charlie contou, empolgada.
_E aí? - Mike perguntou. - Encontraram?
_Um deles. São dois. - Sam revirou os olhos. - Ainda precisamos descobrir o que o segundo é.
_Qual era o primeiro? - Mike perguntou após alguns segundos, levantando uma sombrancelha.
_Era um feitiço pra remover uma tal de Marca de Caim. - Hope respondeu, revirando os olhos.
Os olhos de Mike se arregalaram e ele se levantou bruscamente, batendo a perna na mesa e alertando o grupo.
_O que foi? - Hope perguntou, encarando o Nephalem. - Parece que viu um fantasma.
_Quase isso. Eu preciso avisá-lo. - Mike murmurou, tentando sair, mas Hope segurou seu pulso.
_Avisar o que, e pra quem? - Hope perguntou. - Tem alguma coisa a ver com isso, com esse tal de Caim? O que tá acontecendo, Mikhael?
_Quer mesmo saber? - Mike perguntou, segurando firme em seus braços antes de abrir suas asas. - Então vem comigo.
Num instante, os dois haviam desaparecido do Bunker.
-
Hope olhou ao redor quando apareceram dentro de uma casa. Ela nunca tinha visto aquele lugar na vida, e não saber onde estava apenas despertava sua ansiedade.
Ao ouvir a porta se abrir, ela se virou, vendo um senhor. Ele possuía cabelo e barbas grisalhos e parecia surpreso pela presença dos dois em sua casa. O senhor fechou a porta e encarou Mike por alguns segundos, antes de sorrir.
_Mike, meu filho!
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Unholy
FanfictionVários assassinatos marcavam a história de Hope Angel Belladonna. Não demorou para que isso atraísse a atenção de Sam e Dean Winchester. O que pensavam ser uma maldição, era apenas as consequências dos erros de seus pais biológicos. A punição por te...