ABRINDO OS OLHOS

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Tudo o que eu via era escuridão, uma muito densa. Só o que eu sentia era uma imensa dor, tanta que não conseguia me mecher, pois me doía inteiro, a cada movimento. Além disso, não lembrava de absolutamente nada, não lembrava com fui parar naquele estado, como fui parar ali, como essa dor começou. A única coisa que eu lembrava, era de uma agonia extremamente horrível, inesquecível, e uma escuridão muito densa, tanto que podia ser tocada.
Então percebi que não sentia o meu corpo. Até que, com muita dor e falta de coordenação, toquei em meu rosto com a mão. Não senti absolutamente nada, não senti meu rosto, tampouco meus dedos. Alguns minutos se passaram, que pra mim, pareciam horas, quando a dor diminuiu um pouco, então tentei abrir meus olhos.
Instantâneamente, aquela escuridão desapareceu por completo, e passou a ser uma claridade enorme, tanto que meus olhos doiam demais, como se tivesse com os olhos fechados por muito tempo e derrepente abri-los e olha-se diretamente para o sol. Tentava fechar os olhos, porém não conseguia, não sabia o porque. Novamente, alguns minutos passaram, a luz e a dor iam sumindo aos poucos, até o ponto de mim poder fechar os olhos novamente, e ficar um tempo para diminuir mais ainda a dor da luz. Minutos depois, abri os olhos de novo, e me via em uma floresta silenciosa e bonita, porém minimamente destruída. De longe, vi uns dois borrões, que se mexiam, e falavam, cada vez mais alto, e que chegavam perto.
Quando:

- KAGE-SAN? KAAAGE-SAAN?

- Fale direito, Bera! SENHOR SOMBRAA? ONDE ESTÁ VOCÊ SENHOR SOMBRAA??

- Calado, Joan. O nome dele é Kage, e não “sombra”.

- Mais “Kage” é “sombra” em Japonês, então tanto faz.

- Não sei porque você gosta tanto de falar os nomes em português, fala sério, estamos no Japão! Mais você não deixa de ter razão, Juan. Mais eu o chamo de “Kage”, então: KAGE-SAAN? ESTÁ ME OUVINDO? OOI...? J-Juan, e-eu acho que achei ele! - Disse uma moça apontando para mim.

- Aonde, Bera? Ah, achei. Ele está ali!

- Kage-san? Está me ouvindo?

- Sr. Sombra? Ouve minha irmã?

Eu não entendia nada, porém percebia que era com migo que eles falavam, pois olhavam para mim, enquanto chegavam perto. Com muito esforço e dor, murmurei, tentando dizer “sim”:

- Hu-Huhum...

- Isso! Kage-san! Escute, consegue se mecher?

- Ugh, n-nnã-aaão - tentei sussurrar.

- Oh não, será que Tadozi-Tokugishika causou um ferimento gravíssimo nele, Bera?

- Infelizmente, acho que sim... Ele te machucou muito Kage-san?

- Eh-ll-le q-quee-m?

Bera e Juan se entreolharam preocupados, com caras de espanto. (Nesse momento, percebi algo estranho: Eles eram incrivelmente iguais.)

- Tadozi-Tokugishika, o tenebroso Barakku Raito, lembra? O Luz Negra, Sr.Sombra!

- Juan, acho que o que ele precisa agora, é se recuperar. Vamos leva-lo para Arsenaru. Talvez ele só esteja confuso, ou coisa assim. Tadozi-Tokugishika deve ter quase matado ele.

E então eu apaguei diante aquelas pessoas, que eram o que pareciam ser irmão gêmeos.

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