Capítulo 17

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Leigh-Anne Pov.

Uma semana se passou desde o ocorrido, Jesy ainda estava sedada, mas seus sinais vitais estavam melhores. Fizeram alguns testes com ela para saber se a pancada na cabeça afetou sua coordenação motora, coisa que não aconteceu. Revezamos para saber quem ficaria com ela e hoje era meu dia.

Mark me disse que não sedariam mais ela, como ainda estava entubada e teriam que tirar ela para saber se o pulmão aguentaria respirar por si só, mas esperariam ela acordar primeiro.

- Ela pode acordar a qualquer momento, quando ela acordar, aperte esse botão.- Ele apontou para o botão perto da cama e eu apenas assenti, rezando para Jesy acordar.

Uma hora se passou e nada dela acordar, talvez seu corpo estivesse muito cansado para isso.

Meus olhos correram por toda a extensão do seu rosto, algumas áreas do rosto estavam em um tom de roxo claro, obviamente estavam cicatrizando os machucados, seus olhos estavam cobertos por gaze e uma faixa firmando, para a gaze não sair. Sua cabeça estava enfaixada por conta do corte profundo que teve naquela região, alguns hematomas no braço e por último a perna engessada. Voltei a olhar para o rosto e meus olhos marejaram, ela não merecia isso, isso era tão injusto.

- Você tem que acordar Jesy, eu preciso de você aqui.- Segurei sua mão com cuidado e deixei um beijo casto.- Eu amo você.

Seus batimentos aumentaram e senti sua mão tentando apertar a minha, um aperto fraco.

- Jesy? Se estiver me ouvindo aperta minha mão novamente.- Fiquei esperando, mas não ouve um segundo aperto, desmanchei o sorriso que se formava em meu rosto.- Droga.

Jesy Pov.

Eu estava ouvindo Leigh-Anne falar comigo, mas meu corpo estava pesado e eu não conseguia abrir os olhos, era como se algo tivesse impedindo isso.

Ouvi barulhos de bip e uma respiração além da minha no quarto. A sensação de escuro era agonizante. Senti Leigh apertou minha mão e apertei de volta.

- Jesy? Se estiver me ouvindo aperta minha mão novamente.- Ela falou e eu tentei, mas parecia que minhas mãos não tinham força, tentei novamente e só ouvi ela dizendo um droga. Adormeci novamente.

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Acordei e senti algo incomodando minha garganta, parecia um tubo, ele estava aí ontem? Ou hoje? Não sei.

Comecei a sufocar e engasgar, ainda sem conseguir abrir os olhos, minhas mãos foram para a região do rosto e eu toquei, até sentir um par de mãos macias segurando e puxando para baixo.

- Calma aí mocinha, não se mexa, o médico já está vindo.- Jade? Eu precisava abrir os olhos. Escutei vários passos e alguém conversando com Jade.

- Jesy? Consegue me ouvir? Vamos tirar o tubo que está em sua garganta, você vai sentir um pouco de dor mas é passageiro.

Senti alguém desligar alguma coisa e logo depois algo ser tirado da minha garganta, me senti aliviada por estar conseguindo respirar direito e um incômodo na garganta. Tentei falar mas minha boca estava seca.

- Se...se...

- Calma Jesy, você deve estar com sede, tome um pouco.- Senti algo encostar em minha boca e percebi que era um copo, bebi um pouco e me senti melhor. Limpei a garganta e arrisquei falar novamente.

- O que aconteceu? - Minha voz saiu rouca e baixa.

- Você sofreu um acidente de carro, permaneceu uma semana sedada para o seu corpo descansar da batida.- O médico falou e eu tentei lembrar, tendo apenas alguns flashes de memória. - É provável que você não consiga lembrar agora, estresse pós traumático.

- Jesy não faça esforço para lembrar.- Jade disse e eu senti um carinho na minha mão.

- Por que meus olhos estão tampados?

- Como eu ia dizendo, você sofreu um acidente grave e seu carro capotou na pista, quebrou o vidro dianteiro e alguns estilhaços acertaram seus olhos, fazendo pequenos cortes, porém não prejudicou sua córnea, mas preciso que não tente forçar ou abrir os olhos até estar perfeitamente cicatrizado, apesar dos cortes terem sido superficiais eu preciso que tome todo o cuidado do mundo.

- Isso vai demorar quanto tempo?

- Se você seguir todas as recomendações a risca, em um ou dois meses.

- Isso é muito tempo Doutor.

- Eu sei, mas você não quer correr o risco de ficar cega, certo? Enfim, você também quebrou uma perna, ficará de molho durante um tempo e depois terá que enfrentar extensas sessões de fisioterapia.

Apertei a mão da Jade em desespero, era muita informação para processar, como tudo isso foi acontecer em um dia? Meu Deus, eu não acredito.

- Quando eu terei alta?

- Ficará em observação por pelo menos mais três dias e se tudo ocorrer bem, você poderá ir para casa, tente não se esforçar e não se estressar, isso pode prejudicar a sua recuperação.

- Obrigada.- Me senti incomodada por não conseguir enxergar, então me concentrei em ouvir a movimentação do quarto.

Jade conversava baixo com alguém, não conseguia distinguir se era a voz do Doutor que tinha acabado de falar comigo ou de outro médico. Ouvi passos e um barulho de rodinhas sendo arrastada. O bip incessante da máquina de batimentos cardíacos e minha respiração baixa.

Ouvi uma porta ser fechada e a respiração de alguém se aproximar, meu coração acelerou e eu puxei o ar para me acalmar.

- Calma Jesy, sou eu, não fique agitada.

Tentei controlar a respiração e tateei a cama em busca da sua mão, ela pareceu perceber e pegou a minha, sorri para algum lugar e escutei sua risada.

- Eu estou um pouquinho mais acima Jesy, está parecendo uma doida rindo para o nada.

- Droga, isso é horrível.- Sorri e se bem eu conheço Jade ela estava revirando os olhos.- Precisamos conversar. Será que pode ligar para Leigh? Cadê o Jhonny? Ele veio me ver?

- Ela já está á caminho e ele teve uma reunião de emergência, mas tinha passado os dias todos aqui quando você estava desacordada, acho que ele chega essa noite ou amanhã de manhã.- Suspirou cansada, quanto tempo eu passei desacordada mesmo?- Consegue permanecer acordada?

- Sim, apesar de sentir meu corpo cansado.- Suspirei e ela soltou minha mão, ouvi um som estranho, como se ela tivesse sentado em uma superfície com plástico.

- Calma eu só me sentei.- Assenti e tentei lembrar do acidente, apenas tendo alguns flashes.

- A batida foi muito feia? Eu gostava tanto do meu carro.- Brinquei e ouvi ela bufar.

- Vai ter que comprar outro, porque aquele virou sucata velha.

- Droga.- Resmunguei e ouvi ela rir.

Não conseguir enxergar era ruim, mas ter quase a certeza de que Perrie estava em perigo era pior ainda. Como eu iria ajudar ela na situação em que me encontro?

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Como já havia dito Jesy está bem na medida do possível... E mesmo mal ela ainda está preocupada com a Pezz...

Será que Perrie sabe o que aconteceu??

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Bjs Jesy :)

AloneWhere stories live. Discover now