Capítulo 16

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Leigh-Anne Pov.

Não consegui dormir direito a noite, meu pensamento sempre voltava para o meu acidente, tinha algo que eu estava deixando passar e isso é claro. Até hoje eu nunca descobri quem cortou os freios da minha moto e por não conseguir achar nenhuma pista, nenhum vídeo em câmeras de segurança, eu parei de investigar.

Levantei e fui tomar um banho, o relógio marcava 5:50 a.m. daqui a pouco Jade iria levantar para irmos até a Sra. Dumb.

Peguei minha escova e pasta de dente, coloquei no apoio que tinha dentro do box e tirei minhas roupas, senti uma brisa fria entrar pela fresta da janela do banheiro. Entrei no box e abri, as primeiras gotas de água foram geladas e eu curvei minhas costas com o contato, meus músculos logo relaxaram a água quente, lavei meus cabelos e peguei a escova colocando a pasta. Escovei os dentes e lavei a escova, me certificando que não tinha resíduo de pasta, puxei a toalha que estava pendurada e me enxuguei, escutei uma movimentação no quarto e sabia que Jade tinha levantado. Peguei a escova e coloquei ao lado da escova dela. Saí do banheiro dando de cara com ela já sorrindo.

- Bom dia.- Ela ficou na ponta dos pés deixando um beijo casto em meus lábios e abraçando meu pescoço, mas foi muito rápido porque logo ela entrou no banheiro.

- Bom dia.- Gritei para ela ouvir e fui pegar uma blusa do uniforme da Policia de Londres.

Depois de arrumada desci e fiz café, não comíamos nada na parte da manhã, apenas quando íamos a alguma cafeteria, mas fora isso era apenas uma xícara de café.

Não demorou muito para Jade descer e pegar sua xícara indo até a sala para ligar a TV. Sua rotina era sempre essa, beber café enquanto via as notícias que passavam.

"Jesy Nelson está internada em estado grave, não se sabe ainda o que aconteceu, a polícia de Londres desconfia que tenha sido planejado"

- Será que ela está bem?- Ela virou o rosto em minha direção e sua expressão era preocupada.

- Jesy?

- Não, Perrie.- Suspirei e dei de ombros não sabendo como minha irmã estaria, mesmo querendo acreditar que ela ainda se importava, uma parte do meu subconsciente não conseguia acreditar.

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Chegamos e encaramos a fachada da loja, parecia simples e ficava em um bairro um pouco afastado do centro. Olhei através do vidro e vi apenas alguns móveis antigos e materiais artesanais, parecia fechada ainda. Dei duas batidas na janela e não vi ninguém, o jeito seria esperar.

- Será que têm alguém aí? - Jade perguntou escostada na lataria do carro mexendo em seu celular.

- Não sei, essa loja é sinistra.

- Isso é verdade.

Ouvi uma movimentação do lado de dentro e uma senhora aparecer destrancando a porta, ajeitei minha postura e apareci na visão da senhora.

- Bom dia, será que podemos conversar com Margaret Dumb? - Perguntei e ela olhou para os dois lados da rua, focou o olhar em meu rosto e fez um movimento com as mãos pedindo para entrarmos na loja.

Passei meus olhos pelo local ainda sem entender porquê Lena tinha dito o nome dessa senhora. Ela caminhou até o final da loja e eu apoiei a mão na minha arma, apesar da feição que beirava gentileza, eu sabia que não deveria confiar.

- Vocês podem relaxar, não vou fazer nada, eu sou Margareth Dumb.- Ela disse apontando para mim e para Jade, que estávamos na mesma posição, com a mão posicionada na arma.

- Vou ser breve.- Tirei o celular do bolso com a outra mão e destravei a tela com a digital, procurei uma foto da Lena na galeria e achei.- A senhora conhece essa moça? - Sua feição era de surpresa e percebi ela travar a mandíbula, sua mão começou a tremer e eu arqueei a sobrancelha.- Conhece?

- Sim, ela veio aqui na noite de sexta-feira.- Jade ouviu e me encarou, ela disse que iria a NCorp, o que ela estava fazendo aqui?

- Ela veio atrás de alguma coisa?- A senhora demorou para responder, provavelmente pensando se deveria responder ou não.

- Sim, ela veio procurar algo, mas não encontrou.- Ela engoliu em seco e percebi seu peito subindo e descendo mais rápido que o normal.- Logo depois saiu.

- Ela estava atrás do que exatamente? - Seus olhos ficaram inquietos e ela não conseguia me encarar, olhei de rabo de olho e Jade ainda permanecia analisando a loja.

- Um filtro dos sonhos, mas eu não trabalho mais com isso.- Ela voltou a me encarar e eu analisei o seu rosto, sorrindo logo em seguida.

- Obrigada, vamos Jade? - Ela assentiu e saímos da loja, olhei por uma última vez o rosto da senhora e entrei no carro.

Passamos no hospital e não trocamos nenhuma palavra, cada uma presa em pensamentos, Jesy permanecia sedada por precaução e não tinha muito o que fazer naquele lugar então fomos trabalhar. Saímos do hospital e partimos em direção a delegacia.

O silêncio que ela fazia era agonizante e eu sabia que ela estava pensando tanto ou mais que eu, sobre os últimos acontecimentos.

- Ela estava mentindo.- Dissemos ao mesmo tempo, depois de um tempo já paradas em frente a delegacia.

- Eu percebi pelo nervosismo estampado em seu rosto.- Jade continuou e eu apenas assenti.- Almoçamos juntas?

- Sim.- Beijei sua bochecha e saí do carro.

Trabalhávamos em divisões diferentes, eu era da homicídios e ela da Polícia científica. O seu departamento ficava no final da avenida principal e o meu ficava perto do prédio da CatCo.

Entrei mostrando meu distintivo para o guarda que ficava na porta e fui até a sala do meu chefe, Hank Henshaw. Dei três batidas fracas na porta e ouvi sua voz pedindo para entrar.

- Olá.

- Oi Leigh-Anne. Algum problema? - Tirou os olhos do computador e me encarou.

- Não sei, acho que sim.

- Me conte então.- Parou de mexer no computador e ficou me olhando, esperando eu falar.

- O senhor está sabendo de alguma coisa do caso de Jesy Nelson? - Ele se remexeu desconfortável e encarou a tela do computador já desligada.

- É confidencial Leigh-Anne.

- Eu preciso de alguma coisa Hank, ela quase morreu, ainda está em estado grave.- Disse me levantando da cadeira e andando de um lado para o outro, sem saber o que fazer.

-Leigh-Anne, preciso que tenha calma, o detetive Olsen está no caso.

- Eu sei que não foi um simples acidente Hank, Jesy me ligou minutos antes do carro capotar, dizendo que um carro estava seguindo ela.

- Eu sei Leigh-Anne, não temos as placas dos dois veículos, as testemunhas do local só perceberam que algo estava errado, quando o carro capotou.

- Hank...- Não sabia se contava do que Jesy tinha falado.- Jesy não parou de falar no nome da Perrie.

- Talvez ela tenha se lembrado do acidente que sofreu com a Perrie.- Não tinha parado para pensar nisso, suspirei e levantei saindo da sala.

Eu estava deixando passar alguma coisa muito importante, talvez essa seja a hora de falar com a Perrie.

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PRIMEIRA ATT DO ANOOOOOO! FELIZ ANO NOVO GALERA!!

Não tenho o que falar sobre esse cap...

Votem e comentem!!

Amo Vcs!!

Bjs Jesy :)

AloneWhere stories live. Discover now