Alone

Capítulo 28

Leigh-Anne Pov.

Após sair dia apartamento das meninas fui para casa, dispensando mamãe, Jhonny e Sam porque queria ficar sozinha. Eu voltei para o meu antigo apartamento, não conseguia mais ficar naquela casa, mas não conseguia me desfazer dela pelas constantes lembranças boas que a mesma me trazia. As vezes eu simplesmente ia lá apenas para ficar um pouco mais próxima da Jade e não queria deixar o um dos laços que mantinha minhas lembranças fora.

Todos os dias eu sentia esse vazio dentro de mim e uma vontade enorme de passar o dia na cama, mas eu sabia que ela odiaria me ver assim porque eu ainda estava viva e teria que superar essa dor que sua morte vem causando. Muitas coisas aconteceram e o meu maior medo é continuar perdendo as pessoas que eu amo, se eu tiver mais alguma perda eu não vou aguentar. Confesso que ter os meus amigos e minha irmã por perto faz eu não cometer nenhuma loucura, não é fácil perder uma parte sua e desejar que tudo fique bem.

Eu conhecia Jade desde o ensino médio, ela sempre esteve ali por mim e por todos, deixava suas dores de lado para curar as nossas e nunca se importou com isso, sempre mantendo um belo sorriso. Eu não só perdi o amor da minha vida como perdi a melhor pessoa do mundo, ela era maravilhosa em todos os dias e aguentar esses dois meses sem ela tem sido uma coisa extremamente delicada, porque eu sempre tenho que tomar cuidado com cada passo que eu tomo, qualquer passo errado e eu volto para a escuridão em que estava.

Cheguei em casa exausta e querendo apenas dormir por um mês, assim aliviaria a dor que eu sentia. Coloquei as chaves em cima do balcão e sentei no sofá, olhei para todos os porta-retratos na estante e sorri, eu tinha a mais bela noiva. Suspirei deixando minha cabeça cair no encosto do sofá, minhas mãos faziam massagem na minhas têmporas, fechei os olhos e me permitir adormecer.

- Eu sei que deve doer Leigh e imagino o quão forte você deve estar sendo, você precisa continuar assim porque eu preciso de você bem.- Ouvi sua voz mas estava tudo escuro. Seria um sonho?

- Por que? Por que me deixou? Você prometeu!- Falei em um fio de voz, com a voz embargada e uma enorme vontade de chorar.

- Eu nunca quis te deixar meu amor, só me prometa que vai ficar bem e seguir em frente, eu preciso de você feliz.

- Eu não sei, sem você é tão difícil...

- Você vai conseguir.- Escutei batidas estrondosas na porta e acordei suada e com o coração acelerado. Tinha sido apenas um sonho.

Suspirei e me arrasastei até a porta, olhei no olho mágico e vi que era Sam, fiz silêncio não precisava de babá hoje, eu queria apenas ficar sozinha pelo resto da noite.

- Abre a porta, eu sei que você está aí.- Sua voz saiu abafada por conta da porta estar fechada.

- Vai embora, eu quero ficar sozinha hoje.- Eu falei um pouco mais alto e um tanto rude, eu não precisava dela aqui.

- Não vou até você abrir e eu me certificar que você está bem.- Seu tom de voz foi firme e eu revirei os olhos.

- Então vai passar a noite inteira aí na porta.- Saí da cozinha e fui para o quarto, eu sabia que uma hora ou outra ela iria embora.

Tomei um banho bem demorado e coloquei um pijama já pegando meu celular para checar as horas. Era onze horas da noite, vi que tinha umas 20 ligações perdidas da Sam. Desliguei o celular e joguei em cima do criado mudo, deitei na cama e puxei as cobertas dormindo logo em seguida, pela primeira vez em dias.

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Acordei com o despertador e levantei rapidamente, fiz minha higiene matinal e coloquei uma roupa qualquer. Fui até a cozinha e peguei uma maçã juntamente com as chaves de casa, isso me lembrou que precisava buscar meu carro na oficina. Abri a porta e saí dando de cara com uma Sam sentada no chão com a cabeça encostada sobre os joelhos dormindo. Uma sacola que parecia ser comida estava ao seu lado, um aperto tomou conta do meu peito e me senti uma completa estúpida por não ter atendido a porta. Abaixei ficando na sua altura e balancei ela de leve.