Algo sombrio me domina Quero abrir os olhos Viver nessa obscuridade E inferno decretado Luz Seja minha salvação
Val
O passado e algo assombroso em minha memória. Conviver com um passado caótico cheio de conturbacoes, e algo meio que desesperador.
Volta tudo que um dia ja foi esquecido. Ha quem diga que passado ruim se esquece ou se supera, nao posso concorda com tamanha opinião, eu nao esqueci de nenhuma vírgula do meu passado, mas há reconstrução de momentos vividos, lembranças boas que enterram essas obscuras manchas que insistem em permanecer no sistema.
Acordei numa sala toda em um branco suave, e achei realmente que estava morta e tinha subido para o céu. Eu nunca fiz papel de santa ou madre tereza de Calcutá, talvez eu tivesse sido normal antes de tudo. Talvez eu fosse um tipo de criança que amava ursinhos e que recebiam um beijo de boa noite na testa do pai depois do mesmo ter lido uma história para dormir. Talvez e algo esperançoso, porque esse talvez nunca fez parte da minha vida, pois nunca tive um pai que fizesse tudo isso.
Olho para os lados devagar tentando me acostumar com toda essa brancura da sala. Meus olhos percorrem minha direita e consigo reconhecer tres rostinhos conhecidos, elas dormem uma no ombro da outra numa enorme poltrona do lado da cama. Sorriu com a imagem, e penso em tirar foto. Mas assim que tento me levanta alguém me impede.
-Calma, você ainda nao esta totalmente recuperada. Diz segurando meu braço. -O que houve? Digo atonita -Você desmaiou! Te trouxe ao hospital mais próximo, e suas amigas fizeram questão de virem junto. Diz apontando pras tres ainda dormindo. -Apaguei por quanto tempo? Digo confusa passando a mão pelo rosto. -quase duas horas, ja são quase cinco da manhã. Ja já o sol nasce. Diz e sorri. -nossa! Digo deitando novamente. - O médico disse que talvez fosse a bebida. Disse e em seguida me olhou desconfiado. -Hum...provavelmente seja. Disse tentando passa confiança. -Ou trauma. Ele completou. meu coração bateu acelerado no peito, tentei nao me senti afetada com aquela palavra, mas as lembranças me arrebataram e tudo caiu sobre mim feito uma chuva. Chorei, sem me importa com o homem que estava diante de mim, ou com as três pessoas dormindo ao meu lado que nao sabiam do meu passado obscuro.
As lágrimas que tanto evitei derramar durante todo aquele tempo, cairam sobre meu rosto, meus soluços aumentavam a cada lembrança, o nojo, o ascor, e a raiva so aumentavam. Allehandro nao perguntou, nao questionou, nao falou, apenas me envolveu em um abraço apertado, e me apertou, me passando a segurança que ele sabia que necessitava naquele momento.
Nao sei por quanto tempo chorei, ou por quanto tempo continue nos braços de Allehandro, quando nao consegui mas chorar fui apenas me acalmando, e senti meus olhos pesarem, me envolvendo num sono tranquilo e calmo.
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Allehandro
Medo, foi o que vi nos olhos de val ao ouvir a palavra trauma, nao precisei questiona lá para entender o que o medo nos seus olhos revelava. Eu nao consigo pensar num ser humano capaz de fazer mal a alguém como ela, eu nao a conheço tao bem, mas sei que pessoas más nao são cercadas de sentimento. Por mais que alguém tente usa máscaras para consegui um número de pessoas por perto, uma hora toda a farsa cai. Val e transparente, tao transparente que nao soube esconder esse trauma como achava que escondia, pelo olhar assustado de suas amigas, elas nao sabem de nada. E absurdo dizer, mas por mais que val tente passa uma visão de mulher decidida, neste momento eu so consigo ver uma garotinha de oito anos assustada, seus longos cabelos pretos espalhados pelo seu rosto inchado, me da a confirmação total.
Nao posso me meter tanto na vida dela, mas eu sei que alguém a magoou, talvez eu consiga saber de algo em outro momento mas pelo óbvio ela jamais dirá algo a alguém. E um fardo que ela prefere carrega sozinha. Talvez eu veja com minha mãe, se ela sabe sobre algo sobre ela, ja que minha mãe e a mãe dela sao bem próximas. Conseguirei descobrir o que val esconde. Levanto devagar acomodando ela na cama, olho pras três amigas que nao consigo lembra o nome e sorrio, em seguida dou a volta na cama e saiu porta a fora, preciso avisa a mãe dela, vou liga pra minha mãe e pedi que ela avise a mãe de val. Em seguida tentarei descobri algo com mamãe. Minha mãe adora conversa creio que poucas palavras e consigo saber de tudo sobre elas.
Disquei o número e esperei, no segundo toque ouvi a voz de sono de uma senhora brava. -Filho da puta, você nao tem relógio nao...sabe que horas sao?? Sao quase cinco da manhã, se você nao dorme eu durmo seu filho de chocadeira. Ela disse de uma vez brava. -Mãe, eu preciso de ajuda...preciso que você ligue para a mãe da val e avise que ela ta no hospital. Digo devagar. -Ai jesus! O que aconteceu?? Ela foi atropelada atravessando a rua, oh céus, nao nao....ela caiu de cima de um paredão de som bêbada?? Coitada da minha amiga...diz logo filho de uma puta. Ela diz brava. -Mãe ela ta bem, so desmaiou, mas ja esta bem. So avise a mãe dela ta. Digo calmo. -Oh querido! Aviso sim...nao demoramos. Ela diz e desliga.
Vou aproveitar a presença de mamãe e tentar saber mais da vida de val, tenho certeza que mamãe sabe de muita coisa, além dela falar pelos cotovelos, sabe arranca qualquer coisa de qualquer coisa pessoa. A mulher joga sujo se o assunto lhe interessar. Nunca consigo mentir pra ela, mas carrego a mesmo característica dela, sei convencer uma pessoa a fazer tudo que eu quiser. Mamãe sempre discobre tudo que quer saber de mim, mesmo que eu tente esconder ela sempre acha um jeito de me descobrir. Acredito que ela saiba muito de val, e vou usa isso a meu favor. Irei descobri do que val tem tanto medo, ou não me chamo Allehandro strogh muller.
Proximo capítulo vai ser narrado pelo senhor sombrio...aguardem amores Bjm peverts♥ Votem Comentem ♥
