VII - VOANDO PARA O DESESPERO

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            Passando pelo fiorde, em direção ao porto, os navios trazendo os convidados para o baile eram vistos, chamando não somente a atenção de Elsa, que observava tudo de seu quarto, como também de Jack Frost, que estava no topo do palácio. Seus olhos, repletos de admiração, se viam animados com a chegada de tantas pessoas. As crianças, vendo a chegada dos navios, não podiam esconder o quanto estavam encantadas. Ana recebia a todos do lado de fora do castelo com um sorriso no rosto.

Antes de entrarem, era necessário que os convidados assinassem uma lista de presença, que era administrada por um outro funcionário do palácio.

O sorriso da jovem princesa se abriu ainda mais ao ver um dos casais mais badalados da Europa: Flynn Ryder e Rapunzel.

— Eu não acredito que vocês vieram! – exclamou Ana, indo depressa na direção dos dois. Animada, pegou as mãos de Rapunzel — Deixamos reservado um quarto especial para vocês. Rapunzel, vamos tomar chá da tarde enquanto comemos chocolate. O que acha?

— Eu adoraria! – afirmou a garota, olhando para o lado. 

Flynn havia encontrado Kristoff. Os dois conversavam sobre o como o futuro príncipe do reino se sentia. Estava nervoso. Mostrou ao amigo que sequer possuía unhas. “Logo não vai mais ter dedos”, zombou Flynn.

— Amigo, não é tão difícil. Ouça, se Ana for menos maluca do que a Rapunzel, você está com sorte.

— Como pode dizer que sua esposa é maluca?

Flynn torceu o nariz.

— Bom – disse ele — Ela me bateu com uma frigideira.

No grande salão, os convidados aproveitavam a noite com música e bebidas finas. Ao longo da tarde, petiscos foram servidos pelos garçons. Olaf estava elegante. Usava uma bela gravata borboleta da cor vermelha, assim como Sven. Ana fez questão de pentear o pêlo do animal, o deixando perfeitamente alinhado. Ainda sobre Sven, alguns dos convidados olhavam de forma estranha para o animal e para o seu dono. Por que Kristoff falava com ele? Isso não passou despercebido por Flynn.

— Ahn, Kris… – o chamou, tocando seu ombro — Sei como é falar com animais. Eu tinha um cavalo. Seu nome era Maximus. 

— É um belo nome.

— Ele me odiava.

Kristoff arregalou os olhos, encarando Sven em seguida.

— Sven… não me odeia.

— Cuidado com os dedos. – avisou Flynn.

A conversa foi interrompida quando ouviram as cornetas soarem. Ali, ouviram um dos empregados começar a cerimônia de apresentação.

— Senhoras e senhores – começou o homem — Apresentando a Rainha Elsa, de Arendelle.

Os olhares de todos percorreram o salão, vendo Elsa descer as escadas. Do lado de fora, atrás de uma janela, Jack Frost assistia a cena atentamente. Seu rosto, iluminado pela luz que vinha lá de dentro, mantinha os olhos bem abertos. Não queria perder um único momento sequer. O saudoso vestido azul da rainha hipnotizou Jack Frost. Ele sentiu seu coração derreter. Estava mais quente do que o sol.

— Senhoras e senhores – começou Elsa — Eu lhes apresento minha irmã Ana.

Ninguém soube explicar a magnitude da beleza de Ana naquele dia. Deixando de lado o cabelo preso, mantinha os fios soltos, armados em um belo penteado. Seu tão aguardado vestido esmeralda atraiu os olhares de todos. Kristoff se viu boquiaberto. “Minha nossa, essa mulher será a minha esposa!”, pensou ele. A princesa desceu as escadas lentamente para que não tropeçasse em seu vestido, chegando finalmente à mão de Kristoff.

O GUARDIÃO DA RAINHA DE NEVE | JELSA  ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora