Capítulo 3 - A Enfermeira Suzane

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Capítulo 3 - A Enfermeira Suzane.

Ao ouvir que meu pai morreu, me deixou extremamente abalada

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Ao ouvir que meu pai morreu, me deixou extremamente abalada. Rodolfo era uma pessoa completamente diferente de mim, eu não concordava com a maioria de suas atitudes, uma delas foi abrir um asilo inútil que só serve para abrigar velho cagão.

Fatos como esse, fez que nós dois discutimos muitos durante minha adolescência. Mas, apesar de tudo isso, ele era um pai extraordinário.

Lembro-me um fato de quando era uma criança de 10 anos, eu estava olhando para uma foto de um casal com dois filhos, uma menina, que usava uma roupa rosa e um menino que usava uma roupa azul. Eu olhava para aquela foto e via ali o meu sonho de vida.

Meu pai, vendo a minha estima pela a imagem, ele disse:
- Minha filha, você já se perguntou porque nessas propagandas sempre há 2 crianças, uma menina e um menino e obrigatoriamente, a menina usa rosa e o menino usa azul?

- Não, pai. Será porque azul é cor de menino e rosa de menina? - Perguntei curiosa.

- As pessoas que fazem estas campanhas, pensam exatamente assim, Rebeka. Mas essa visão de vida está errada. - Ele contou.

- Por quê, pai?

- Porque não necessariamente, exista uma cor que seja de menina ou de menino. Aliás, não existe nada, nem mesmo as roupas, que sejam especificamente de homem ou de mulher. - Olhei para meu pai sem entender e ele explicou: - Isso pode ser muito para sua cabecinha dr criança ainda, mas só quero te dizer, que quando você tiver vontade de fazer algo e te disserem que é coisa de menino, faça mesmo assim. Saiba sempre que você será uma mulher e poderá fazer o que quiser.

Depois desse dia, eu comecei a ver o mundo com olhar feminista. Até este, acreditava que me casar e ter filhos, seria a felicidade. Porém, depois desses conselhos de meu pai, mudei de visão e batalhei para conquistar tudo sozinha.

Entretanto, essa batalha não durou muito e quando minha mãe sumiu, aos meus 14 anos, eu revoltei e decidi conquistar as coisas do modo fácil e rápido, como o tráfico, por exemplo. E com isso, a minha admiração pelo meu pai sumiu e só me lembrei dela agora, ao ouvir a notícia de sua morte.

Quando recebi a notícia de que meu pai havia morrido, de imediato, disse a César que estava indo, naquele mesmo instante para o Brasil. Ao encerrar a ligação, Latifa veio questionar-me sobre essa decisão.

- Como assim você vai para o Acre, Rebeka? Aconteceu alguma coisa? - Ela perguntou curiosa.

- O meu pai morreu, Latifa. MORREU! - Eu disse com lágrimas nos olhos.

- Não acredito! Como assim? Ele morreu de quê?

- Eu não sei, como viu minha conversa com César foi rápida. Eu preciso ir para o Acre agora mesmo para saber de tudo.

- Sim, eu vou com você. - Latifa disse e eu apenas assenti com a cabeça.

 - Latifa disse e eu apenas assenti com a cabeça

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