Delírios Da Madrugada

Rota de fuga

Dias se passaram, horas, minutos...
Minha mente continuava lotada de pensamentos excessivos e desnecessários, teorias, imaginação.
O "e se" me bertubava diariamente, a confusão e a dúvida preencheram cada pedacinho de mim.
O mundo real estava me deixando sem ar, me deixando sufocada.
Estava ficando louca...
Até que em um belo dia deitada em minha cama, com os mesmos pensamentos aterrorizante de sempre, encarei a prateleira em minha frente, haviam três livros, todos do mesmo tamanho e formato, com suas capas devidamente maravilhosas, o tanto de páginas era a diferença o primeiro tinha 427 páginas o segundo surpreendentemente 654 e o último 684.
Era uma trilogia.
Uma mesma história.
Quando me dei conta tinha terminado o primeiro, assim que eu o fechei percebi que tinha ficado livre por um dia inteiro.
Não esperei muito e peguei o segundo volume.
Cada palavra, frase...
Absorvia tudo.
Amei alguns personagens já outros odiava, devorei em dois dias.
Assim que terminei de ler a última linha, uma luz clareou em minha mente.
Eu tinha um meio de escape, um refurgio.
E era dentro daquelas páginas cheias de palavras.
Foi assim que me tornei uma leitora  compussiva.
Não totalmente por amar ler, mas sim, por que precisava desesperadamente fugir, fugir de mim mesma.
hoje eu escrevo, não necessariamente para os outros, e sim pra mim.
Escrevo por amor,
Por saber que ao fazer isso fico livre por algumas horas ou dias.
Todos temos um meio de escape, uma rota de fuga.
Nem sempre o mundo real é bom, nem sempre as pessoas são boas.
Na verdade nunca são!
O mundo virtual se tornou tão tóxico quanto o real.
Acho que foi por isso que escolhi o mundo fictício!