A morte veste preto

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Notas da autora: Letras da música do Rap Lucy-Felicia Rock

{Três atos para a Morte}

{A Morte veste Preto}

Adentro o box, ligando em seguida o chuveiro, que deixou sua água quente cair sobre meu corpo ensanguentado, sentia a ardência das feridas abertas com o contato do líquido quente escorrendo pelas mesmas, era doloroso mas não tanto como a dor de minha alma, que corroia-se dentro de minha carne implorando para sair. Pego calmamente o sabonete da saboneteira, passando-a levemente pelo meu corpo, o sabão escorria da pele junto com a água indo até seu destino guiado, o ralo. Desligo o chuveiro, o impossibilitando que sua água agora caise em meu corpo novamente, o vapor da água quente predominava os ares do banheiro, piso no piso saindo do box, pegando a toalha e a passando em mim, me enchugando, após envolvo-a em volta a mim. Caminho em passos lentos até o espelho enbaçado, passando com meu braço sobre o objeto vejo-me no reflexo de vidro, encarnado minhas próprias íris azuladas, desbotadas, sem brilho e sem vida.

É um fardo eu existir yeah
Cês vão ter que me engolir yeah
E o que provém da solidão?
O impulso forte por destruir yeah

Não nasci impura, a humanidade foi o mal que tanto em feriu
Eu só queria um lar, alguem pra me amar, e agora, me resta o vazio

Saio do banheiro dando de cara com meu quarto, volto minhas orbes até a janela aberta do quarto, nela o ar gélido adentrava no local escurecido, apenas iluminado pelo luar da lua cheia, predominante nos centro dos céus, marchou até meu guarda roupas. Com as lembranças de hoje na escola, fecho meus punhos, irritada, com os dentes rangindos pela irá, cada passo até meu "destino" sinto em varios instantes sentimentos diferentes e contraditórios predominando minha carne.

Muitos anos humilhada, em minha vida abandonada, tipo uma roupa rasgada
Descartada na estrada, o desejo é ser amada, mesmo diferenciada, mas
Por ser tão rejeitada deixo a ira me dominar
Vou me apoderar desse sentimento sempre que eu me vingar
Toda essa dor que caustica minha alma
Me torna uma potente maquina de exterminar

O belo se funde ao conturbado coração
O odio me afunda na minha profunda escuridão
As lágrima secam, meu olhar se firma ao chão
Te acabo com minhas mãos!

De frente ao mesmo, o fito como se ele fosse o maior culpado dessa minha situação, mas sem pensar duas vezes levo meus punho fechados até sua porta, dando-lhe um forte soco de raiva. Sinto as lágrimas ardentes flamejantes decaindo de meus olhos  avermelhados, sentia a pressão dada em meus dentes se almentar a todo instante, a raiva percorria meu corpo. As coisas sobre penteadeita ao lado da cama são jogadas brutalmente no chão, despedaçado-se em pedaços, ou sendo amassadas e perdidas aos cantos do local. Minha respiração estava frenética, havia dificuldade, aliás estava em descontrole de meus sentimentos e lembranças.

Eu sou um monstro em ascenção
Meu sentimento é o vazio
Eu trago a desolação
O odio tornou o meu ser frio
Eu sou um monstro em ascenção

O demonio que há em mim
É consequencia do passado
No meu presente traço o futuro
Com vermelho sangue de um mundo eliminado

Meu sentimento após ferido não ha mais como ser restaurado
Meu coração
Partido em pedaços, já não pulsa mais, se encontra paralisado!

Anjo caído
Sem temor, corrompido
Yeah
Eu te vi acender o pavil que torna minha mente tão insana
Sua mentira trás a minha ira
Te farei sofrer, sentirei prazer enquanto o sangue em minha frente se derrama

O belo se funde ao conturbado coração
O odio me afunda na minha profunda escuridão
As lágrima secam, meu olhar se firma ao chão
Te acabo com minhas mãos!

Eu sou um monstro em ascenção
Meu sentimento é o vazio
Eu trago a desolação
O odio tornou o meu ser frio
Eu sou um monstro em ascenção

Saio de meus devaneios ao ouvir ecoar o som escandaloso de meu celular tocando Mad Hatter. Volto meus olhares para o objeto que encontrava-se no canto do meu quarto jogado como um pedaço de papel imprestável, guio-me até o local, logo assim o pegando em mãos, vendo-se o número desconhecido que ligava-me. Quem era? Essa era um pergunta que eclodiu em meus pensamentos, não dando muita importância desligo aquela ligação. Suspirando alto, com os problemas obtidos por mim.

Eu me tornei o que falam de mim
Eu me cansei da rejeição sem fim
Todo rancor vai revelae quem sou
Um demonio que despertou!

Não há quem possa me deter
É passagem certa para o cemitério

Não vem tentar me socorrer
Pois suas mentiras eu não levo a serio

As tropas eu farei cair
Trarei para a humanidade seu eclipse
O experimento transformou-se
Em praga do apocalipse

Insistentemente novamente o celular toca, sendo o mesmo número de antes, querendo botar um pingo de paz nesta noite pego o aparelho é atendo.
-Alô?
Ouço o cair da chamada, mas antes mesmo que minha fúria deixache eu atacar meu celular na parede, sinto o vibrar e o barulho da notificação, confusa aperto a notificação que era de uma mensagem enviada no msm ( que todo celular tem mas quase ninguém usa) aperto entrando no mesmo, curiosamente o número é do mesmo que me ligas-te a uns segundos atrás.
-Olá Elizabeth.
-Eu te conheço?!
-É assim que me agradece depois de hoje?
-Como assim? Não estou entendendo a onde você quer chegar!
-Não seja tola ou não faça de desentendida Elizabeth! Eu sei, eu a vi matando asfixiada Diane Escarlate no clube de rádio da escola, eu sei que a matou, e tentou fazer o mesmo com Liz, mas não conseguiu
-Ah, então é você? A garota da carta que livrou-se de LizBeth, porque fez aquilo? Porque retirou toda aquela barra de cima de mim? Aliás eu nem a conheço.
-Mas eu a conheço e isso já basta, apenas fiz tudo isso para meu bem, não o seu.
-E qual bem seu seria esse que me envolveria?

Após mandar a mensagem não consegui obter sua resposta.
-Quem será ela?

O belo se funde ao conturbado coração
O odio me afunda na minha profunda escuridão
As lágrima secam, meu olhar se firma ao chão
Te acabo com minhas mãos!

Eu sou um monstro em ascenção
Meu sentimento é o vazio
Eu trago a desolação
O odio tornou o meu ser frio
Eu vou fazer você sentir
O que eu sofri, pra o que passei
Não ha perdão
O mundo é que plantou em mim
Rancor sem fim
Carrego a dor
Da rejeição
Eu sou um monstro em ascenção!

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⏰ Última atualização: Dec 09, 2018 ⏰

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