74• Angeline

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Meu pai tinha acabado de sair de casa, eu estava deitada na biblioteca com o celular em mãos esperando Gilinsky chegar.

- Senhorita Angeline? - Laura, a arrumadeira da casa me chamou, ela estava arrumando aqui e eu fiquei fazendo companhia

- Sim?

- Mornoan acabou de me avisar que Gilinsky chegou - Sorri e me levantei dando um espaço grande passos para sair de lá

Fui até a sala onde o garoto provavelmente estava e sorri ao ver ele, que estava distraído com a alguma coisa no celular, mas parou assim que me viu e sorriu

- Oi - Disse se levantando

- Oi - Sorri

- Preciso falar com você - Segurou minha mão, meu coração acelerou rapidinho

Subimos até o meu quarto, me sentei na cama e ele ficou em pé andando de um lado pelo outro

- O que foi?

- Eu estou apaixonado por você. - Disse sem eu ao menos ter uma reação e eu paralisei - Apaixonado muito antes de você começar a andar com a gente, apaixonado desde o dia que você entrou na sala de aula atrasada.

Eu vou morrer.

- Por favor Angel me de alguma resposta!

- Eu... - Tentei falar mas nada saia, então apenas me levantei e fui até ele - Eu...

O olhei nos olhos, ele se aproximou e antes que eu percebesse nossas bocas se juntaram em um beijo ansioso e relaxante

- Eu estou apaixonada por você - Falei quando nos separamos ainda próximos um do outro

- E tem outra coisa.

- Você é o garoto das mensagens, eu sei. - Ele me olhou com os olhos arregalados - Beatrice nunca apagou as mensagens.

Ele se afastou, me encarou e colocou a mão na nuca

- Você tava me zoando esse tempo todo!

Afirmei com a cabeça vendo sua feição de frustração e ri, arregalei os olhos

- Você e Beatrice! - Coloquei a mão na boca - Meu Deus!

Ele deu risada

- Era falso, pra ver se você se apaixonava por mim - Arqueei a sombrancelha e ele veio até mim me abraçando

Ele se deitou na cama e eu me deitei com a cabeça em cima de sua barriga. Ficamos conversando por um tempo sobre tudo isso que tinha acabado de acontecer e sobre a semana.

- E sua irmã? - Perguntou ainda brincando com nossas mãos

- Eles brigaram muito, ela se recusou a pedir desculpas e esquecer essa história. Agora ela não olha mais na minha cara, não sai de casa, tiraram a televisão do quarto dela, papai confiscou tudo que ela podia se divertir - Ainda estava meio chateada com o que tinha acontecido

- Ei, ei, ei, não é sua culpa nada disso ok? - Se sentou me fazendo sentar também - Ela só tá colhendo o que plantou

- Mas meu pai não tem nada ver com isso, e ele está tão abalado. Não gosto de ver ele assim. Talvez ele esteja me odiando agora! - Meu coração doía toda vez que pensava nisso

- Seu pai nunca ficaria com raiva de você Angeline - Segurou meu rosto com as duas mãos - Ele te ama, assim como eu e o resto de sua família, que falou tão bem de você no aniversário.

Ficamos em silêncio por um tempo apenas encarando um ao outro, até que me lembro de uma coisa e me levanto correndo entrando no closet

- A Claire me deu uma peruca rosa! - Falo tirando ela de onde estava guardada e mostrando para ele

Feliz 2019/1964

•Call My Name _ Jack Gilinsky•Onde histórias criam vida. Descubra agora