Abri a carta sem mais cerimônias.
Dessa vez era um pedaço de papel não muito grande e tinha vários números aleatórios. Franzi o senho confusa em ver isso. Virei o papel e atrás tinha um endereço.O ultimo?
O fato de ser a ultima carta me assustava porque eu não saberia se conseguiria ter o termino esperado, então talvez eu não tivesse a capacidade de cumprir o que foi esperado. E se eu não o achasse? O que faria?
Mas apesar disso também por um lado ficava aliviada porque já que "acabou" eu poderia voltar a andar com as meninas sem ter que me preocupar em pausar as buscas pelo Eric. Mas e ai? Dai em diante seria como?No fim das contas eu estava com medo do fim.
Marquei o local no mapa com uma taxinha e depois liguei pro Álvaro, que era a minha unica escolha, e pedi mais uma carona, ele logo aceitor sem nenhum questionamento.
Fomos para o endereço marcado enquanto eu ainda tentava entender aquela numeração grande e sem sentido.
-Deve ser algum código_Álvaro sugeriu.
-Provavelmente.
Assim que chegamos na rua eu fiquei procurando a casa. Só que a numerção era meio confusa.
Parecia quase uma vila.
Vi uma senhora sentada na varanda costurando. Que bonitinho...-Boa tarde senhora_falei ao me aproximar subindo a pequena escada de entrada.
-Boa tarde jovem_respondeu com um belo sorriso.
-É que nós estamos procurando uma casa, mas a numeração parece ser meio embaralhada.
-É um pouco, mas logo você se acostuma.
-Então_Álvaro falou do pé da escada_a senhora sabe nos dizer qual é a casa de número 172?
-Sim, sim, é a ultima da rua de trás.
-Tudo bem, muito obrigada_agradeci
-Por nada queridos.
Fomos para rua de trás e seguimos até o fim.
-Essa é a casa?_perguntei ao avista-la.
-Com certeza é essa_afirmou.
-Porque essa certeza toda?_perguntei.
-Lembra que falei que nós, eu e o Eric, eramos amigos de infância?
-Sim, o que tem?
-Essa era a casa que ele morava.
-Jura?
-Sim.
Encarei a casa. Devia estar abandonada a tipo uns 10 anos ou mais.
-Então ai deve ter muita coisa que nos leve a ele. Mas porque você não falou dessa casa antes?
-Porque não era importante. Ele se mudou quando a gente ainda era criança.
-Hm. Vamos entrar.
Álvaro arrombou a porta e entramos na casa que era toda feita de madeira, não era um barraco, mas também não era um casarão, era um meio termo.
Começamos a vasculhar a casa e eu fiquei feliz por ainda estar de tarde já que a casa estava meio escura, oca (quase vazia) e com milhares de teias de aranha. Não que eu fosse medrosa, mas é bom evitar.Olhamos quase todos os comôdos da casa, que por incrivel que pareça estavam com as portas abertas, até que achei um, o unico, que estava trancado o que me fez ter certeza que tinha algo lá.
O Álvaro arrombou a porta e nós entramos.-Parece um escritório_falei
-Vai ver era.
Ainda tinha uma mesa perto da parede, e no canto da sala um monte de jornais. Fui até lá, sentei no chão e comecei a olhar um por um, vai que eu encontrava aquele que teve a folha arrancada. Enquanto isso o Álvaro dava um giro na comodo/ex-escritório.
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Quando Você Não Está Olhando
Mystery / ThrillerManuela Fisher é uma garota estranha. Além dos seus sonhos constantes e sem sentido ela tem gostos peculiares como o de ser uma detetive. Ela é uma garota curiosa e corajosa que acha que todo mistério tem uma solução ou uma explicação. Após a profes...