Frank corria apressado pelos corredores, precisava pegar todos os materiais que usaria em sua "declaração de amor".
Já fazia algum tempo que o pequeno moreno planejava sua vida inteira junto do enfermeiro. Entretanto, não contava com uma certa pedrinha em seu caminho, esta pedra com o nome de Ray... Somente Ray, pois Frank não sabia seu sobrenome. Contudo, esta pedra já havia sido eliminada de seu caminho com sucesso. E agora, faltavam apenas algumas outras..."sujeirinhas" para se pôr no lixo.
Alegremente, explorava os corredores a procura de alguns materiais, os quais usaria em seu plano.
E lá estava ele, uma peça de importante papel em todo o seu plano mirabolante. O segurança.
Em passos leves como se andasse nas nuvens, Frank aproximou-se do oficial, este que caminhava para a saída do local, rumo ao jardim traseiro da estrutura. No corredor onde Gerard passaria algum tempo depois.
Frank falsificou sua melhor expressão de garotinho inocente que conseguiu – uma expressão muito convincente – e com as pequenas mãozinhas, puxou levemente a farda negra do mais velho. Assustado com o toque repentino, o segurança virou-se rapidamente, visualizando a imagem do paciente que o fitava com os olhos chorosos e exalando a mais pura inocência.
– Está tudo bem? – perguntou o homem que aparentava ter mais de 25 anos.
– Meu tornozelo dói. – choramingou Frank.
– Você caiu? – indagou o outro.
– Estava procurando o moço de cabelo vermelho e acabei caindo da escada – explicou o menor, deixando uma lagrima solitária correr por sua pele clara, deixando um rastro úmido por sua bochecha – afinal, tudo tinha de ser o mais convincente possível –.
– Ah...tudo bem, deixe-me ver... – referiu-se ao tornozelo.
Frank abaixou-se e sentou no chão de ladrilhos encardidos. O outro seguiu-o.
Ryan.
Escrito em letras de forma, era o nome impresso no crachá, o qual adornava a farda do homem. Possuía um sorriso que repuxava as laterais de seus lábios e pele pálida e bem cuidada fazia contraste com os cabelos bem aparados, de uma coloração turquesa.
Os olhos de Frank faiscaram.
As memórias ressurgiram a frente de seus olhos.
Conseguia ver os olhos brilhantes do Ross transbordado lágrimas de dor, enquanto suplicava baixinho para que o pequeno tivesse um pingo de piedade.
– Onde dói? – a voz doce do homem tirou Frank de seus devaneios.
– Aqui. – o mais novo apontou para o tornozelo.
Ryan, ao abaixar a cabeça; seu maior erro, tornou-se o pequeno porquinho nas mãos do lobo mau.
Os polegares na traqueia e os dedos na cervical. Agarrando como se fosse um caule verde, Frank enforcava o homem. Batia sua cabeça contra a parede, chacoalhando-a e esmurrando o chão com o rosto de Ryan. Os sons guturais que escapavam da garganta do mais velho, verbalizando sua dor, eram como música para os ouvidos de Iero.
A poça de cor vermelho escuro já nascia abaixo da cabeça do segurança, este que tentava soltar os dedos do garoto de seu pescoço. Seus pulmões imploravam por ar, seu corpo queimava como carvão aceso e a consciência já ameaçava dar adeus para seu corpo. Apenas a dor absurda que sentia o mantinha acordado.
E com um último golpe violento contra a parede pintada com pequenos pingos vermelhos, Frank encerrou o sofrimento de Ryan.
Já de pé o moreno assistia o corpo já sem vida convulsionar até aquietar-se, como se fosse tirado da tomada.
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Red
FanfictionFrerard/ +18 / Concluída "Psicopatas não são loucos, eles tem total consciência de seus atos" Porém Gerard subestimou essas palavras. Capa e revisão por PrettyOddKoda