DEGUSTAÇÃO - Vikings - Um Reino... Uma Nação...

Capítulo 3 - Século XXI

Enfim chegou sábado!!! E o que tem no sábado??? Vikings... Mas Paula como assim? O capítulo acima diz que estamos em pleno séculoXXI... Acalmem-se galera... Tudo ao seu tempo... Deliciem-se com o capítulo. 🍺🍺

Ingrid

Para meu espanto Erick deu nossos nomes para a tal demonstração, ele está muito curioso para ver o tal VK–818. Tudo bem que também estou, mas se pudesse não encontrar o dono estaria mais calma, porém é algo totalmente inviável. Acordamos bem cedo e seguimos em direção ao local.

Ao chegarmos acredito que meu corpo não aguentará em pé tamanha surpresa ao ver como Barac está estonteante vestido em seu uniforme de piloto. Magnífico é a palavra correta. Não existe outro homem mais lindo e deslumbrante como ele.

Erick parece alheio ao que estou sentindo no momento, seus olhos são para o avião pousado na pista. Realmente é belíssimo! Tem um tom amarronzado, mas metálico. Os adesivos lembram os navios vikings que estudamos na escola.

Barac começa a narrar sobre o avião usando termos técnicos para mostrar o quanto é potente e me desligo apenas ouvindo sua voz e imaginando o estrago que ela faz perto de mim. Vejo Erick atento a todas as informações e posso ver em sua fisionomia o quanto está espantado com o brinquedo novo à sua frente.

Em seguida, Barac coloca seu capacete de piloto e entra na máquina para fazer o voo de demonstração. Erick explica–me todos os detalhes.

– Está vendo aquele trator de reboque? – aceno com a cabeça e ele continua – Então... Barac vai ajustar o avião para ficar na posição perfeita, pois aviões não têm marcha ré. Assim que estiver posicionado corretamente, irá ligar os motores e taxiar na pista até que alcance a velocidade exata para decolagem.

– Você ama essas coisas não é, meu primo? Fico feliz por te ver desse jeito.

Os assessores nos entregam um protetor auricular tipo plug para que nossos ouvidos estejam protegidos do barulho da aeronave, porém na minha concepção não adianta nada, pois o barulho é ensurdecedor. Quando o VK–818 passa rasgando em nossa frente e levanta voo, o som é tão alto que me arrepio toda e para meu espanto me vejo derramando algumas lágrimas. Fico atônita com minha reação!

– Está sentindo isso Ingrid? – ele caçoa de mim – Essas lágrimas, querida prima, são exatamente a adrenalina que tomou conta de você, mesmo que não queira.

As manobras foram feitas de forma precisa e Erick parece uma criança de cinco anos que ganhou o seu primeiro carro de controle remoto. Aliás, observando os demais convidados que assistem à demonstração, todos se encontram extasiados. As poucas mulheres que circulam no local são acompanhantes de algum empresário presente.

Quando o avião pousa e Barac desce da aeronave, todos os participantes vão cumprimentá–lo. Muitos já querem fazer suas encomendas e ele chama seus assessores para que possam anotar os pedidos. Erick avista um colega de trabalho e os dois ficam conversando sobre a potência do VK–818. Então resolvo dar uma volta.

A Scafell Pike é uma paisagem solitária e para muitas reflexões. É tranquilo de forma que podemos ficar olhando e meditando sobre a vida. Questiono-me como Barac conseguiu esse local para fazer sua base aérea. Realmente deve ter muito poder, influência e dinheiro para tal feito. E lembrando-me de nosso anfitrião me pego percebendo que em nenhum momento dessa manhã ele chegou perto de mim ou sequer olhou.

‘Será que eu era apenas uma diversão para aquela noite dele?’ – penso ponderando com minha consciência.

Enquanto reflito sobre tudo que passei nesses últimos anos, a falta que meus pais e minha tia fazem, em como eu e Erick éramos muito mais do que primos e tínhamos nos tornados irmãos... Sinto alguém se aproximar e abraçar-me por trás. Tomo um susto, pois eu sei que não é meu primo.