DEGUSTAÇÃO - Vikings - Um Reino... Uma Nação...

Capítulo 2 - Século VIII - Ano 786 d. C.

O sábado chegou e com ele... os Vikings... ou será Barac?

Creio que só lendo para saber.

Aparecerão algumas palavras do vocabulário viking. São elas:

Kostr - casamento. Para entendermos fica melhor sabermos que é quando um jovem e uma jovem sabem que agora são compromissados.

brullaup - o matrimônio. Será mais fácil para nós entendermos, que é o dia em que os noivos se casam.

Frigg é a deusa-mãe, esposa de Odin, e rainha de Asgard. Eles tinham um dia de comemoração à essa deusa.

A foto é de um anel de casamento viking datado de 1.050 d.C.

Boa leitura!!!

Século VIII - Ano 786 d. C.

Knut

Hoje era para ser o dia mais feliz da minha vida, pois estou completando mais um ano de vida, mas meu pai conseguiu transformá-lo no meu pior pesadelo mesmo que eu nunca tenha sequer cogitado esse pensamento. Lealdade sempre foi o sentimento mais nobre para mim e o mais respeitado. Um homem desleal não merece viver, pois ele jamais poderá ser alguém confiável, sempre estará mudando conforme a situação em que se encontrar.

Eu e meu pai temos muitas ideias contrárias. Acredito que tenhamos que vencer nossos inimigos sempre e não sermos compassivos com aqueles que oferecem perigos, mas muitos deles são pessoas boas que vivem abaixo de um rei egoísta e que pensa apenas no próprio bem estar. Creio realmente que se puxarmos essas pessoas para nosso povo e ensinarmos a nossa cultura nos trariam muitos benefícios. Porém, meu pai não pensa assim e diz que sou um fraco. Que o único lugar do nosso inimigo é como escravo.

Discutimos algumas vezes. Ele diz que sou um idealista e começa a duvidar se serei um bom rei para nosso povo. O problema é que nós não tínhamos ideia de que ele seria acometido de uma doença que não sabíamos o que era e estava à beira da morte.

Em sua última reunião com os chefes tribais, eles decidiram o meu futuro sem ao menos me consultarem. E por causa dessa decisão temo ter perdido meus dois melhores amigos. Mesmo que eu não saiba o tamanho da responsabilidade de um reinado, sei que um homem para ser bem sucedido em um cargo como o meu precisa de amigos leais e uma esposa que o respeite, o ame e seja amada.

Não faço ideia de como encará-los e dizer a eles que não tive culpa de nada, afinal nem sabia dessa decisão até algumas horas atrás. Estou sentando em nosso lugar predileto na rocha "O Olho que Tudo Vê" tentando decifrar o que farei daqui para frente sem perder o cargo de rei caso não cumpra as exigências feitas pelo Conselho Tribal e continuar com a lealdade que tenho para com meus amigos.

De repente, sou lançado para perto do precipício da rocha e por pouco não sou lançado para o abismo. Recompondo-me de pé, me preparo para atacar o inimigo quando me deparo com Bálder. A fúria que está estampada em seus olhos me assusta e já sei que ele está ciente das exigências da reunião.

- Diz que você não aceitou essa palhaçada! - ele grita a plenos pulmões - Que você foi contra toda essa decisão ridícula do seu pai.

Nem sei como explicar para ele que não tenho como negar algo para meu pai. Se fizer isso, estarei sendo uma vergonha para todo o reino e para meus pais. Também, se não aceitar jamais poderei mudar as leis, torná-las melhor para o nosso futuro e que fazer com que nunca mais aconteça essa situação com ninguém da nossa descendência. Ele interpreta errado o meu silêncio e sei disso por causa das suas próximas palavras.