Capítulo 7.

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Dizem que quando você está se divertindo, as horas passam correndo. Foi exatamente o que eu senti. As poucas horas que eu passava com Harry na detenção, se tornaram únicas. Os olhares intensos que trocávamos durante as aulas triplicaram, assim como o meu desejo por ele.

Os meus dias na detenção já estavam contados, a minha pena estava quase cumprida, no entanto, Harry deu um jeito para que eu pegasse mais alguns dias na detenção, pois era a única maneira que tínhamos de nos encontrar. No começo, eu hesitei. A megera da diretoria Garcia iria ligar para o dito cujo do meu pai se a sala da detenção continuasse a ser a minha segunda casa, porém, Harry me garantiu que tinha tudo sob controle.

Eu poderia entregar Styles a qualquer momento, já tinha provas suficientes para isso. A gravação no meu celular contribuía ao meu favor. Na semana anterior, a mesma a qual Harry estava me ignorando após ter me beijado pela primeira vez, eu fiz questão de entrar na sala de detenção e colocar uma espécie de gravador embaixo da mesa dele. Foi a única solução que eu encontrei já que antes de entrar na sala precisava entregar o celular, além disso, ninguém iria perceber, e era a solução perfeita. Contudo, meus planos naquele dia foram um fracasso total, pois, além de não falar comigo durante toda a semana, Harry não havia feito absolutamente nada que o entregasse.

Para minha sorte, o jogo estava ao meu favor. Agora, eu tinha todas as cartas de volta nas minhas mãos. A escolha era minha se eu iria pôr-las na mesa ou se manteria às escondidas comigo.

Eu estava um passo à frente, no entanto, preferi usufruir das sensações que Harry me proporcionava enquanto podia. Nossos momentos se alternavam entre a sala de detenção, a pequena salinha apertada da limpeza e até mesmo algumas vezes a biblioteca.

– Você está de bom humor hoje. — Ouvi a voz de Amy soar ao meu lado, mas não dei muita atenção.

Eu estava ocupada demais admirando as costas largas de Harry, cobertas apenas por uma fina camada de um tecido branco, para prestar atenção em qualquer outra coisa.

– Terra chamando Alex!

– O que? — Pisquei os olhos, voltando para a realidade.

Virei-me para Amy, que me encarava com o cenho franzido e o olhar desconfiado.

– Da pra você focar um pouco no mundo real?

– Qual o problema agora, Amy? — Bufei, impaciente.

– Você está estranha.

– O que? Claro que não.

– Sim, está. Faz bem um semana que você não reclama do colégio, não brigou com nenhum professor, e até agora não reclamou do Harry ter te colocado na detenção por mais alguns dias.

– Eu só.. estou ocupada com algumas coisas. — Falei, tentando tirar a atenção de mim.

Amy, assim como qualquer outra amiga, conseguia ser muito curiosa e invasiva quando queria descobrir algo. Se olhar por um lado, eu não estava necessariamente mentindo para ela. Eu realmente andei ocupada essa semana, apenas não podia revelar o motivo.

– Como o que?

– Não é da sua conta.

– Estranha e misteriosa. Uau.

– Você se intromete na minha vida sempre e eu nunca falo nada. — Retruquei, um pouco alterada.

Nossa conversa estava começando a me irritar.

– Isso é o que amigas fazem.

– É, tanto faz. Mas só porque é minha amiga não quer dizer que preciso compartilhar cada detalhe da minha vida com você.

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