parte 3: Brincando de usar o computador

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-Olha pessoal tenho que ir indo, pois esqueci que tenho que resolver alguns problemas pessoas. - Falo terminado meu almoço.

Saio e me dirijo a Carter, preciso ver se tenho algum compromisso sábado. Pego o elevador e já aproveito para checar minhas mensagens.
Vejo que recebi uma de um número anônimo, provavelmente deve ter usado um celular descartável, não vale à pena rastrear. O conteúdo da mensagem era simples, mas bem específico. Apenas a palavra "cuidado", penso quem poderia ter me mandado isso mas não me vem ninguém em mente. Chego ao meu andar, saio do elevador e caminho até minha mesa. Passo entre as cabines, e devo admitir que esse lugar parece mais é uma colméia, com as abelhinhas trabalhando cada uma em sua mesa.
Chegando a minha mesa, vejo que agora tem um notebook em cima dela com um post-it colado em cima escrito:

"Seu note, logo passo para configurar os servidores e organizar as funções dele."

Provavelmente é um papel da T.I, olho o papel e dou uma leve risada, mal sabem que esse computador não é nada pra mim. Posso configurar ele de olhos fechados.
Largo minhas coisas e sento em minha mesa.

Ligo o note e começo a analisar os servidores e percebo que já estava tudo parcialmente pronto, com exceção de algumas configurações padrões e o acesso a matriz do servidor, mas para isso preciso que seja aprovada minha entrada na rede geral, assim poderei me logar na rede da Carter. Mas como não estou a fim de esperar e já faz um tempo que não me divertia, decido fazer o que faço de melhor.

Começo a programar um código que vai me ajudar a coletar remotamente as informações de acesso do servidor central, e como todos os computadores são conectados a mesma rede, não tive trabalho algum de entrar e liberar meu acesso, mas para isso, aproveitei que voltei do horário de almoço cedo e meu andar estava quase vazio, fui procurar o roteador central do meu andar, o encontrei perto da sala do Sr. Simons. E ao chegar ao mesmo coloquei meu pendrive com meu “vírus” que libera as informações que preciso. Claro que provavelmente ele já estaria liberado, mas acredito que o desenvolvedor ou o programador deve estar em seu horário de almoço. Mas igual foi muito fácil, não levou nem 15 minutos e já estava utilizando tudo normalmente. E caso alguém pergunte vou inventar uma simples desculpa. Como não busquei nenhuma informação relevante ou nada do gênero não terá problema.

Continuo divagando e organizando as informações em meu computador, quando Matt chega junto com Colin.
- Oi princesa, vejo que já achou seu computador. - Matt diz sorrindo e colocando a mão atrás da cabeça.

- Ah sim, encontrei ele, só tava dando uma olhada. - Digo olhando para o Matt.
Tinha até me esquecido de que Colin estava junto, mas parece que ele sempre precisa dar o ar da graça.

- hum, é uma pena, mas acho que a “bonequinha” não vai conseguir usar o computador assim. Preciso dar uma configurada nele pra que possa ter acesso a todos recursos da Carter. - Colin fala com um ar de superioridade.

- Não será necessário projeto de roqueiro, já configurei tudo que precisava. -Digo sem nem ao menos olhar para o mesmo. Como esse cara é chato.

. - Duvido muito, você não vai conseguir se conectar ao servidor central. - fala Colin voltando a me fitar, preciso pensar em uma resposta/desculpa leiga e rápida.

- Na verdade foi bem simples. - Digo o encarando. - já estava logado parcialmente, provavelmente com o acesso do antigo usuário, apenas mudei para mim. - Falo como se isso fosse óbvio.

- Acho difícil isso acontecer loirinha, eu mesmo dei um trato no computador. - fala me encarando com aqueles olhos escuros, dando ênfase no “eu”.
Aproxima-se de mim e fala.

- Deixe-me dar uma olhada.

- Claro, pode dar uma olhada, mas acredito que não encontrara nada. - digo me levantando.

- É o que veremos. - Colin começa a mexer em meu computador.

– Olha do jeito que você falou parecia que estava simplesmente se conectando a uma rede de wifi.- me  diz dando um sorriso de canto

-Até parece “Sr. Eu sei de tudo”, acha que não tenho capacidade?- digo olhando pra ele, mas o mesmo nem desvia os olhos do computador.

- Elena, não é duvidar de sua capacidade. Apenas acho muito difícil que eu tenha deixado algo passar. – fala sem desviar a atenção do computador.

- Mas eu te expliquei, já estava conectado e a senha do wifi está escrita ali naquela placa. - falo apontando para placa.

- Olha loirinha, eu formatei esse computador. – ele fala, com um olhar serio, dando ênfase em sua frase.

- Bom vou terminar o meu projeto qualquer coisa chama. – Matt fala se sentando em sua mesa e ligando o computador.

Vamos Lena, pense em algo que faça você parecer ingênua. O que eu falo?... O que eu falo?... já sei.

- Colin, olhe para mim. Você realmente acha que eu... Sei lá “desformatei” o computador. Meu Deus, não acredito que falei isso.
Colin me olha com uma cara, de como se eu tivesse falado a maior bobagem do mundo. De certa forma sei que falei, mas ele não precisava ter me olhado daquele jeito.

- Projeto de Barbie, tudo certo. Só não sei como conseguiu se conectar ao servidor, não tem como eu tenho deixado algo passar. - fala se levantando e me olhando de um jeito estranho, não sei expressar o que sinto com o olhar dele.

- Bom se ta tudo certo já posso usar o computador?- falo olhando pra ele

Nossa essa foi por pouco, ninguém pode saber que eu não sou o que pareço.

Quando vou me sentar, Colin fala.
- Bom, só pra ti saber. Não da pra “desformatar” um computador. Entendeu coisinha?
Saiba que estou de olho em você. - fala de uma forma acida e me da um sorriso malicioso ao final.

- Bom... Qualquer problema com o seu computador. Acho que não vai precisar me chamar, Pois pelo que você disse é só olhar para placa que tem a senha do wifi. Não é mesmo?

Fala e me da um sorrisinho com uma cara de convencido, e se dirige ao elevador.

Bom quase no final do meu expediente me lembro que tenho que ir até o RH, para assinar meu novo contrato. Então me levanto me despeço do Matt e vou até a sala do Sr.Simons.
Ai, não vou com a cara dele, mas vou ter que encarar. Bato na porta de Gabriel e escuto alguns barulhos estranhos. Então ele fala.

-Só um minuto. - é impressão minha ou Gabriel está ofegante.

- Pode entrar. - fala ele em seguida.
Ao entrar vejo algo que preferia não ter visto. Um Gabriel com uma roupa toda amassada e mal abotoada, com uma morena siliconada, que de longe podemos ver que o corpo dela é todo cheio de plástica. Percebo que ela ta com o batom borrado.
Qual quer pessoa sabe o que acabou de acontecer aqui.
Quando falo que ele é um galinha não estou brincando.

-Ola Srt.Garcias, o que precisa? – Fala meio ofegante.

- Bom Sr. Simons , apenas vim ver sobre o meu contrato. Que o senhor pediu que eu fosse até o RH. Mas vim checar pra ver se estava pronto. – falo encarando os dois, acho que esse lugar ainda ta cheirando a foda.
-Se o senhor quiser posso voltar mais tarde, eu apenas vim porque meu turno já acabou...
Sou interrompida pela voz irritante da “mocreia peituda”.

- Bom... senhorita aqui está, vim trazer ele pessoalmente. – ela me entrega o contrato para que eu assine.

- Sr. Simons, aqui estão as pastas com o projeto que eu e o Matt terminamos hoje.- falo entregando as pastas com o conteúdo para o mesmo.

- Boa noite Sr.Simons, se não precisa mais de mim- falo me retirando de sua sala, mas antes de sair escuto.

- Olha Gabriel vejo que não anda adestrando suas abelinhas- a cadela siliconada fala.

Não dou bola e saio da sala, pois se eu ficasse aquela vaca iria sair daqui com aquele nariz postiço dela sangrando.

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Fala pessoal, Deh aqui.
Assim se alguém estiver lendo essa fic.
Pff comentem, favoritem.
Pq preciso de motivação pra continuar.

Is it love?...lady of the night: unknown temptationOnde histórias criam vida. Descubra agora