CAPÍTULO 6°

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Rafael Marques.

Eu passei a noite inteira em claro em busca de uma solução para o recente problema que vem acontecendo aqui na delegacia. Na última semana várias informações de cunho privado foram parar na mídia de forma inexplicável já que um apenas um pequeno círculo de pessoas tiveram acesso a todas as informações.

A única solução que eu encontrei no meio de todo esse caos foi abrir uma pequena investigação entre todos os membros da minha equipe pra tentar descobrir quem anda descumprindo ordens extremamente severas.

Depois de passar a noite em claro na delegacia eu tive uma bela surpresa logo pela manhã ao ser surpreendido por meus superiores pra uma reunião e pra deixar a situação ainda melhor eu terei que ficar o dia inteiro preso na delegacia pois segundo o maldito do meu superior haverá novidades na investigação que eu a frente.

Agora eu estou uma pilha de nervos por estar há tanto tempo sem dormir, com fome e com a minha cabeça cheia de informações.

Um barulho de batidas soa em minha porta de madeira fazendo com que eu levante a minha cabeça a encarando.

- Pode entrar!- digo pegando a minha xícara de café bebendo o mesmo em apenas um gole.

A porta foi aberta no mesmo segundo e José adentrou por minha sala com a velha pasta de documentos que havia pedido pra ele procurar nos arquivos velhos da delegacia.

- Aqui está senhor!- ele diz sorrindo de lado e coloca a pasta sobre a mesa.

Aceno com a cabeça como uma forma de agradecimento e a pego abrindo-a em busca de informações antigas dos funcionários da minha equipe.

Levanto o olhar parando de encarar a tal pasta ao notar que José permanece de pé alí me olhando de um jeito bem estranho por sinal.

- Alguma dúvida, José?- o questiono sem entender o motivo dele ainda não ter me deixado só.

Ele desviou o olhar por um tempinho dê um jeito meio inquieto, juntou com as mãos e um sorrisinho bem bizarro tomou conta do seu rosto.

- Eu posso fazer uma perguntar uma coisinha ao senhor?- ele já perguntou me deixando um pouco assustado.

Deixo a pasta de lado, me encosto no apoio da minha cadeira e aceno com a cabeça concordando com aquilo.

Ele puxou a cadeira há em frente a minha mesa e se sentou soltando um sorriso enorme que deixou um tanto quanto assustado.

- O senhor descobriu quem vazou as informações confidenciais? O pessoal já está quase ficando doido querendo descobrir quem é.- José desanda falar fazendo o meu bom humor sumir em questão de segundos.

Levanto apenas uma sobrancelha um tanto quanto surpreso com a audácia do filho de uma mãe do José e levanto em um impulso sem acreditar na sua cara de pau.

- Eu não vou me dar nem ao trabalho de responder uma pergunta tão idiota como essa. Se você puder se retirar da minha sala eu ficarei grato!- respondo apontando para a porta e volto sentar em minha cadeira.

Ele se levantou no mesmo segundo dando um sorriso sem graça e acenou com a cabeça concordando comigo.

- Mil perdões senhor! Eu não voltarei a perguntar.- ele logo respondeu meio que sem graça e me deu as costas indo em direção a porta.

José é o melhor funcionário que eu já achei. Ele é muito inteligente, também é prestativo e faz tudo tão rápido que sempre me surpreende, a única parte ruim disso tudo é que ele é um grande fofoqueiro que não aguenta segurar a língua dentro da boca e isso me irrita de uma maneira absurda.

A Estagiária (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora