SERES DO AMANHÃ - O Próximo Estágio Da Evolução Humana

N O A H

Sábado - 21/12/2018

10:30

O despertador toca enquanto eu luto pra me manter na cama. Acabo de entrar de férias e, por hora, posso ficar mais um pouco deitado olhando o tempo passar enquanto milhões de coisas se passam pela minha mente.

Mais meia hora deitado e eu levanto. " Já que perdi o sono, vou fazer algo útil " penso, enquanto caminho em direção ao banheiro afim de tomar um banho pra espantar a preguiça.

A água gelada sobre minha nuca é totalmente terapêutica, removendo as tensões e me fazendo relaxar. Não demoro muito alí. Me enxugo e vou vestir uma roupa. Pego uma camiseta branca, uma bermuda jeans escura e uma cueca qualquer, vestindo-as em seguida. Paro em frente ao espelho enquanto penteio meu cabelo, observando se estou bem assim.

Olho pela janela, o sol já está trabalhando, iluminando cada canto da rua, o que me faz pegar um óculos de sol na gaveta do meu criado mudo. Não me preocupo muito com o calçado, colocando no pé um par de havaianas enquanto caminho em direção a porta, abrindo-a em seguida.

- Bom dia mãe! - encontro com ela na cozinha, preparando o café da manhã enquanto minha irmã de 07 anos brinca com uma boneca na mesa.

Minha mãe é linda, 39 anos, pele branca, 1,67 de altura, cabelo longo, preto e um brilho no olhar de cativar. Meu pai deveria ter orgulho dela.

Minha irmã, Nattalie, era incrivelmente fofa. Cabelos cor de mel, olhos azuis assim como os meus, realçados pelas sardas em seu rosto. Ela era meiga e amava estar comigo, embora eu não passasse muito tempo com ela.

- Bom dia Phil, dormiu bem? - Philippe, me chamo Philippe, mas todos me chamam de Phil simplesmente pra não dizer meu nome inteiro.

- Sim. E você ?

- Também! - ela diz enquanto se aproxima e me beija na testa, ritual de toda manhã aqui em casa - Se importa de passear com sua irmã? Tenho um compromisso.

- Tudo bem mãe! E aí onde quer ir hoje? - abraço a minha irmã, fazendo cócegas em sua barriga. Ouvir suas gargalhadas me deixa tão feliz. Desde que nosso pai morreu, somos apenas nós três então, tenho tentado ser o rei dela.

- Paaaaarqueeee!! - Ela grita eufórica e alegre por sair comigo já que não temos muito momentos juntos pois estudo durante o dia.

- Parque? Aaah tudo bem. Vai se arrumar antes que eu te deixe para trás! - ela sai correndo enquanto eu falo, direto pro quarto, deixando sua boneca na minha mão.

- Posso saber que compromisso é esse dona Margaret? Por acaso a senhora vai se encontrar com o tal do Gilbert? - minha mãe me olha e começa a sorrir. Gilbert era um empresário famoso que, aparentemente, se interessou por minha mãe. Eu até acho bom, afinal, já passou da hora de ela arrumar alguém.

- Não é nada do que você tá pensando rsrsrs - sorri, enquanto completa - eu vou na casa da Alice. Ela quer falar comigo!

- Seei!- mamãe coloca uma panqueca em meu prato em cima da nossa mesa de mármore que ela ganhou de aniversário enquanto pego leite na geladeira.

- Então, você não vai ir para aquele acampamento que eu disse?

- Mãe, eu tenho 18 anos! - digo. Mamãe ficou sabendo de um acampamento de férias de verão que começava na próxima semana. O local era afastado da cidade, sem sinal de telefone e nenhum contato com o mundo externo. Quase totalmente isolado - Além do mais, quem vai cuidar de vocês se eu for? Desculpa mãe, mas não curto muito essa coisa de "aventura na floresta" não!