5 meses.

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A relação de Melissa e Christopher ainda não era definida em rótulos, mas eles estavam juntos e não faziam questão nenhuma de esconder de ninguém. Todos os garotos da banda já sabiam e inclusive visitavam o apartamento de Christopher e na maioria das vezes era apenas para ver como Mel e o afilhado – era assim que eles o chamavam – estavam. Isis era visita contínua também, pelo menos uma vez na semana ela ia a Miami para ver como sua irmã estava, e as vezes levava as filhas também. Christopher ainda continuava acompanhando Mel em todas as consultas quando ele não tinha nenhum compromisso com a banda, o que estava sendo cada vez mais difícil dele administrar. A agenda de shows iria começar nos próximos meses e isso significava que ele ficaria um tempo longe. Mel e Chris já dormiam na mesma cama e eles estavam aproveitando a gravidez o máximo que podiam e, claro, descobrindo a paternidade e maternidade juntos. Errando e acertando, permaneciam juntos.

[...] Madrugada.

Melissa e Christopher dormiam como anjos, pelo menos nessa noite. Ela acordava a cada meia hora para ir ao banheiro, mesmo não tendo tomado liquido nenhum antes de dormir. E a cada levantada de Mel, ele acordava para ver se ela estava bem. Ou seja, ambos não estavam dormindo nada durante a noite. Mas essa noite tudo estava diferente, o sono calmo e tranquilo tinha vindo para as dois, pelo menos até agora hora.

Melissa acordou com sua boca seca e ao abrir os olhos, sentiu um desejo incontrolável de comer manga. Tentou virar para o lado, meio desajeitada por causa do tamanho da barriga, e acabou acordando Christopher.

- Mel? – Ele sussurrou – Tudo bem?

- Tudo, volte a dormir. Você acorda cedo amanhã. – Era verdade, a banda faria uma promo logo cedo e ele precisaria acordar às cinco da manhã. Ele virou para o outro lado e tentou voltar a dormir, sem sucesso, já que Mel estava inquieta. Sua vontade, ou seria desejo, não passava. Como era iria explicar isso a ele?

- Mel? – Ele voltou a dizer.

- Chris? – Ela repetiu e agora tinha a total atenção do garoto. – Acho que estou com um desejo? – A pergunta foi feita, mas nem ao menos ela entendia o que estava acontecendo.

- Desejo? – Ele se sentou na cama e olhava para Mel, tratando aquilo como uma coisa totalmente séria – Me diz que é algo fácil de se encontrar as... – Ele desbloqueou o celular para ver as horas – As três da manhã.

- Eu não faço a mínima ideia de onde vamos encontrar manga as três da manhã, mas tenho certeza que podemos esperar amanhecer.

- O quê?! – Mel ainda permanecia deitada e só observava o equatoriano se levantando, sem camisa, e procurando alguma calça para vestir. – Eu vou atrás dessa manga agora, não quero que nosso filho nasça com cara de uma fruta.

Mel estava achando graça vendo ele desesperado atrás de uma manga as três da manhã, mas foi repreendida por Christopher e logo tratou de se levantar para ir junto com ele.

- Não precisa ir, Mel, eu volto em um instante. – Ele procurava as chaves do carro igual um louco, não tinha como não achar graça nessa situação.

- Eu vou, não quero ficar sozinha. – Respondeu – Além do mais, a chave está na minha bolsa. Você emprestou o carro para eu ir ao mercado ontem, lembra?! – Christopher assentiu, era verdade. E essa era uma das outras coisas que ele tinha mudado, não gostava de emprestar seu carro para ninguém, mas Mel não era qualquer pessoa, era a mãe de seu filho e agora estava se tornando algo mais – E antes que você fale, não, eu não comprei manga.

As três da manhã, estavam os dois procurando algum supermercado vinte e quatro horas e não achavam nenhum. Como uma cidade como Miami não tinha nenhum aberto no bairro de Christopher? Eles já estavam ficando cansados e Mel abria a boca de sono toda hora, o que fazia Christopher frisar que ela deveria ter ficado dormindo enquanto ele procurava e Melissa retrucava dizendo que se os dois juntos não conseguiam achar nada aberto, imagina sozinho. Depois de muito rodar, foram parar em um bairro totalmente distante do dele, e avistaram uma movimentação na esquina de uma avenida. Agora já era quase quatro da manhã e por mais que Miami seja sim movimentada, não era tão nesse horário. Chris diminuiu a velocidade e quando chegaram perto, descobriram o motivo da movimentação: uma feira.

The baby's comingOnde histórias criam vida. Descubra agora