“É o momento perfeito!” avisa Harry.
“Majestade, quero que saiba que aconteça o que acontecer, estarei sempre do seu lado.” admite Ruah.
“Ruah… Não faças discursos perdedores! A vitória é nossa…” fala ele e atravessa os arvoredos até aos portões de Orima.
“Dá o alarme! É o Harry de novo!” grita um dos guardas para o outro.
Harry levanta as mãos para o ar. “Eu vim em paz… Eu só vos quero ajudar! Preciso de falar com o povo de Orima. Só peço isso… Levem-me e podem manter a estaca pontada ao meu coração! Eu só quero que Orima, ouça a minha versão dos factos!”
Já no salão de Orima, Harry com uma estaca apontada ao coração tal como exigiram os saudados, começa por chamar a atenção de todos os Orimanos. “Povo de Orima!” gritava ele vezes sem conta.
Uma multidão começou a reunir-se à volta dele, e de repente a frase, o grito, os gritos que se ouviam eram da multidão: “Morte, morte!” gritavam os Orimanos.
“Amigos! Peço-vos silêncio!” pede Harry, mas sem resultado. “Muito bem… Vamos fazer um acordo!” continua, e ai consegue um pouco de silêncio que lhe permite expor o seu acordo. “Vocês ouvem tudo o que tenho para lhes dizer e depois disso o meu destino é-lhes entregue.”
A multidão forma um ruido como aprovação.
“Os vampiros… São uma raça antiga, tão antiga como os humanos, mais antiga que os lobisomens, e muito mais forte do que os bruxos. Não percebo porquê… E tenho a certeza que todos vocês já se questionaram da mesma maneira. Porquê? Porquê continuamos escondidos, nesta mansão, neste quarteirão, a qual dão o nome de reino de Orima… Para quê? Para quê obedecer a regras antigas propostas pela minha família? Para quê um rei?” começa Harry.
“Se não fosse assim, vivíamos em guerra!” grita um vampiro.
“Se não houvesse rei, quem nos ajudaria a organizar, a sobreviver… Quem teria parado a Banshee?” diz outro.
“Vivíamos em guerra… Por quanto tempo? Até os humanos se redimirem, até os lobos se manterem nas suas tocas, até os bruxos nos servirem. Nós dominamos se quisermos…” continua Harry. “Um rei… Um rei não organiza. Ele ordena! E ajudar a sobreviver… Quem vos tentou ajudar fui eu! Já alguma vez se perguntaram o porquê de eu tentar entrar em Orima para libertar a Banshee? Eu queria acabar com a ameaça! Queria mata-la, para vos proteger, para nos proteger. Mas invés disso o vosso rei, salvou-a e trouxe-a de novo para a vossa casa. Para quê? Se algum dia uma revolta acontecer… Será ela! Será a Rose que Niall irá usar para acabar com vocês! Faz tudo parte do plano dele.”
O ruido dos Orimanos começa a ser de fúria, alguns até mostram os caninos acreditando no que o vilão lhes contava.
Harry afasta a estaca que lhe estava apontada ao coração e os guardas não o impedem. “Revoltem-se Orimanos! Eu posso ajudar-vos, mas não como rei… Já chega de monarquias! Se concordarem eu serei o vosso chefio. Irei mostrar-vos sempre a verdade e aconselhar-vos.” Afirma Harry.
“Chefe! Chefe!” gritam alguns vampiros.
Outros afastam-se e falam várias coisas como: “O Niall sempre foi um rei exemplar!”, ou “As nossas tradições? As nossas lendas?”…
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Orima 2 - A Guerra Pelo Trono
De TodoSEQUELA DE “ORIMA” Anteriormente em Orima: Demi foi transformada por Niall, o rei de Orima (a Ordem vampírica). Na verdade a transformação de Demi é tudo obra de David o pai dela, que morreu e incorporou a sua mulher para vingar-se d...