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2. Especial Helector

[Beacon Hills - Califórnia > Estados Unidos]



Algumas horas depois dos acontecimentos do capítulo passado.

Não era nada fácil para Helena Hale voltar para casa. Ainda mais quando iria voltar realmente, ou seja, não teria de se esconder de todos.

Era difícil para ela se acostumar em um só lugar, as pessoas começavam a desconfiar de seu rosto de garota perfeita de 16 para 20 anos e que ela não envelhecia nada.

Retardamento de envelhecimento, como era chamado por Fernando quando Helena o encontrou. Aparentemente Helena havia feito uma boa ação ao bruxo e os ancestrais do Malik a abençoarem com essa "imortalidade".

Batucava os dedos no volante enquanto ouvia uma música qualquer que não lhe tirava a concentração, a playlist de Fernando. Se tinha uma coisa que toda vez Helena quase sofria um acidente, eram as músicas esquisitas de Fer e que ela não entendia absolutamente nada sobre o por quê de as pessoas ouvirem esse tipo de música.

Estranhou dois carros parados literalmente no meio da estrada até se dar conta de cheiro distintos. Dois humanos, morte, beta e.. um cervo ou um veado? Não sabia ao certo. O cheiro de um dos humanos lhe era bastante familiar, mas não quebrou a cabeça.

Parou atrás no Jipe Azul e suspirou fundo quando percebeu que eram adolescentes envolvidos. Sua preocupação aumentou, seu lado mãe na qual sempre estava com Fernando apareceu. Mas logo teve de se lembrar que era uma aparentemente adolescente.

— Olá? Estão todos bem? — perguntou sorrindo docemente para os quatro jovens.

{Helena}

— Estamos sim. Desculpe pela ocupação da via, esse animal veio correndo e bateu no carro de nossa amiga. — um dos garotos me disse desconfortável e eu senti o cheiro de lobo nele. Beta com algo a mais...

— Que bom então. — o grupo se entreolharam e eu revirei os olhos sem que percebessem.

— Nova na cidade? — o outro garoto me perguntou desconfiado, o humano. Também estaria se estivesse no meio do sobrenatural e aparecesse uma pessoa desconhecida na minha cidade.

— Na verdade nasci aqui. Estou só.. visitando. Não pretendo ficar por muito tempo. — minha resposta não pareceu agradá-lo porém o ignorei enquanto avançava na direção do veado.

— Olá garoto. Você morreu apavorado.. com medo. — olhei em seus olhos e percebi um movimento estranho entre o grupo. O tal Stiles pelo que pude observar seus amigos lhe dirigirem, está totalmente desconfiado de mim. Ele acha que não sou confiável e defende a tese de que sou uma vilã lobisomem e me comparou com Peter. Com Peter? Por que diabos alguém me compararia com um idiota?

— Como sabia sobre ele estar apavorado? — a outra humana com cheiro familiar me perguntou e eu a encarei nos olhos e de cima a baixo. Caçadora e se duvidar uma Argent, se bem que o cheiro era mesmo familiar.

— Ele correu até aqui, né? Bateu no carro da sua amiga ruiva e está com os olhos arregalados. Estava fugindo de algo. — ou alguém como sussurraram os quatro.

— Como chegou a essa conclusão? — perguntou o beta e eu sorri.

— Estudei veterinária durante 5 anos. — logo que disse me arrependi e completei com o olhar confuso deles. — Meu padrasto cursava e aprendi tudo com ele em meus 11 anos.

Enquanto os quatro me encaravam e ainda conversavam, me peguei olhando o veado novamente. Por algum motivo ele me assustava também.

Pedi um silencioso perdão e trisquei delicadamente em seu focinho. A lembrança do que ele fez a vida toda passou pela minha mente, mas aprofundei somente nas recentes e ainda não consegui saber quem realmente fez aquilo. Só sabia que estava mexendo com a natureza de maneira brutal e que queria mudá-la. Era algo arcaico e antigo, mas não sabia ao certo. Acredito que esse ataque será o primeiro de muitos.

{Autora}

— Foi ótimo conhecer vocês quatro, mas preciso me encontrar com um velho amigo. — virou-se rapidamente na direção do grupo os assustando. — Aqui está o meu número. Qualquer coisa podem me chamar, tenho uma casa por aqui. — entregou o papel desgastado com seu número e sorriu para o grupo de adolescentes que ainda a encaravam estranho. Abriu a porta do carro e antes que esquecesse gritou. — ME CHAMO HELENA!

•

Quando chegou a veterinária lembrou-se de respirar fundo e contar até dez. Não seria algo tão difícil assim. Ela só iria rever um amigo da família e conversar. Nada demais. Ocultando a parte de que deveria falar o motivo de sumir e deixar para trás todos, inclusive a única família que lhe restava.

Quando entrou, os sininhos anunciaram sua entrada e ela ficou esperando por trás do balcão o veterinário chegar.

Lembrava-se de quando passava horas aqui contando tudo para Deaton, ele servia como um confidente e agora Helena se sentiu culpada por não manter contato com ele todos esses anos e ficar ao seu lado. Ele também perdeu Talia naquele dia.

Eu esperava ver o homem de jaleco sair pela sua porta e me dar um sorriso enquanto contava da minha noite de babá dos meus sobrinhos e depois ele me dava um bombom.

— Hm... Alan Deaton está? — perguntei encarando um homem fardado. O xerife... mas o que ele fazia aqui? Não poderia ter acontecido nada com Deaton...

— Um momento. — sorriu gentilmente o xerife e o ouvi chamar o Dr. Deaton. — Nova na cidade? — perguntou curioso vindo até mim me cumprimentar.

— Mais ou menos... — sorri fraco. Apertei sua mão. — Helena.

— Xerife Stilinski. Você me parece muito familiar... — sacudiu a cabeça confuso e então me olhou novamente com um sorriso simpático — Se precisar de qualquer coisa. — falou e virou-se para trás. Logo percebi o homem que nos encarava.

— Alan. — sorri sem mostrar os dentes. Não posso me dar ao mérito de abraçá-lo depois de praticamente deixar tudo para trás e não dar notícia.

— Helena. — me encarava assustado, mas tentou transparecer. Devia estar martelando na sua cabeça o por quê de eu estar exatamente a mesma de anos atrás.

— Vocês devem ter muito o que conversar. Deaton pense sobre o que lhe falei. — deu uma última olhada em Deaton que assentiu. Olhou para mim e com um aceno saiu de nossas vistas.

— Quer tomar tomar um milkshake com bombons? Sua lanchonete preferida ainda faz o especial Helector. — sorri dessas vez já mostrando os dentes e enganchei meu braço no de Deaton que me guiou.

Eu mudei, mas Deaton sempre estaria lá. Ele ainda manteria a promessa de minha irmã, proteger a mim e a minha família.

SHINY