Livre!
Foi assim que me senti naquele exato momento em que passamos por aquele buraco. Nem me preocupei se estávamos sozinhos na rua e que poderia ser perigoso, até porque, coisas piores que no orfanato não aconteceriam ali, ou pelo menos pensei que não.
Ao passar, pegamos as duas sacolas em que colocamos nossas roupas, Andrew, mas que depressa me disse:
- Edward, temos que sair rápido daqui, não podemos ser vistos nas ruas sozinhos, se não iram nos levar para o orfanato outra vez, e com certeza será muito pior que a primeira vez. Tenho um amigo perto daqui o conheço desde que eu tinha dez anos de idade, fiz alguns trabalhos para ele, e ele sempre me recompensou muito bem vamos procura-lo, eu sei que vai nos ajudar.
Bom, Andrew não me disse o que esse amigo dele fazia ou onde morava, mas eu não tinha outra alternativa, sabia que podia confiar no Andrew. Então saímos rápido daquela rua e começamos a perambular pelo centro da cidade. Andamos bastante, pensei que Andrew nem sabia mais onde estávamos. Passamos em frente uma igreja grande que ficava em uma praça do centro, o relógio na torre marcava 01:15 da manhã, até então só falávamos dos sonhos que eu e ele tínhamos, como emprego e conhecer outras cidades, crescer montar o próprio negócio, essas coisas de adolescentes.
Foi aí que Andrew, viu alguém conhecido, era um garoto sentado perto de um carro, estava com um cigarro e tentava se cobrir com um pedaço de pano, ou aquilo seria uma coberta, bom àquela distância eu não sabia o que era.
Andrew foi até ele, eu o acompanhei, ao chegar perto do garoto ele nos olhou fixamente por alguns segundos e não disse nada, então Andrew disse bem animado:
- E aí Dan', não lembra de mim?
O garoto olhou novamente e respondeu:
- Cara, sai fora, aqui não tem o bastante nem para mim, então desiste não vou dividir nada com vocês.
Eu confesso que levei um susto, ele nem tinha nada o que dividir, em primeiro lugar estava somente com um cigarro, e com um pedaço de coberta velha. Sério cara, que garoto estranho.
Andrew, insistiu novamente:
- Que isso Dan', somos amigos lembra? O Andrew, da rua-10, eu não quero dividir nada cara, só vim até aqui rever os velhos amigos.
Aí o garoto se lembrou, mas mesmo assim ficou meio desconfiado, levantou jogou aquela coberta no chão e abraçou o Andrew, más protegia o cigarro com a outra mão, me cumprimentou também, ele parecia legal, mas estava estranho, e de vez em quando tragava o cigarro que não parava aceso. Ficamos por ali alguns minutos, Andrew procurava outra pessoa.
O garoto enquanto fumava levantava e sentava o tempo todo, estava inquieto, em um momento acabou nos oferecendo um trago mas avisou:
- Olha se vocês quiserem um trago eu deixo, mas será somente um, o resto é meu.
Andrew, se recusou e olhou para mim, pelo olhar dele entendi que não deveria aceitar. Andrew então perguntou:
- Dan', você sabe onde encontro o Rick?
Ele respondeu rapidamente:
- Cara o Rick está no mesmo lugar de sempre, ele agora é o dono de todo centro, nada passa por aqui sem ele saber, se vocês seguirem até o fim da rua encontraram uns caras que trabalham para o Rick, eles vão dizer se ele pode atender vocês.
Andrew tocou a mão do Dan', e se despediu.
Cara! Fiquei olhando para trás enquanto caminhávamos sentido ao fim da tal rua, aquele garoto estava totalmente estranho, falava sozinho o tempo todo repetindo: '' o paraíso, o paraíso'', e não parava quieto, perguntei ao Andrew:
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SCOTT
ContoUma viagem termina em tragédia próximo a Detroit. Apenas um garoto sobrevive ao terrível acidente, pois foi resgatado a tempo por um homem misterioso. Parecia ser o fim de tudo para o garoto Edward de apenas 10 anos. Más o destino tinha reservad...