Capítulo III - We Can Talk?

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FELIZ NATAL MORES.
comentem e ignorem os erros juro que corrijo tudinho depois.
vamos lá. enjoy...

✩★✩

Gabie POV

Fiquei os 20 minutos combinados naquele carro, com muito custo. Estava ansiosa para ver minha mãe de novo, a falta que ela me fazia era imensa e finalmente ela estaria comigo novamente.

Antes de entrar no prédio respirei fundo e ajeitei minha roupa e cabelo. Peguei o presente que havia trazido e saí do carro batendo a porta em seguida. Caminhei lentamente até a entrada e o senhor da portaria me olhou surpreso, porém parecia feliz em me ver novamente.

- É bom te ver aqui de volta menininha. Sua mãe sempre fala de você, dá pra ver que ela sente muito a sua falta - sorriu me fazendo sorrir também.

- É muito bom estar de volta mesmo e não vejo a hora de ver a minha mãe, ela não sabe que estou aqui - disse apreensiva.

- Então vá guria, não fique ai esperando - piscou pra mim e eu segui até as escadas. Preferia subir por ali já que estava ansiosa demais para esperar o elevador e o apartamento ficava logo no próximo andar.

Respirei fundo mais uma vez aquele dia, não sabia porque estava tão nervosa, mas meu coração batia aceleradamente em meu peito. Decidi tocar a campainha de uma vez e esperar alguém abrir aquela porta e acabar com meu sofrimento interno.

Thalita POV

- Gabie, minha filha - tia Juci disse com um tom emocionado.

Meu corpo inteiro gelou naquele momento. Era realmente o nome dela que eu tinha ouvido? Não queria estar ali pra saber a resposta daquela pergunta, apenas me levantei e avisei Catarina que iria ao banheiro, me trancando assim no pequeno cômodo que havia no corredor.

Me apoiei em meus braços na bancada da pia e encarei meu rosto no espelho. Eu sabia que ela voltaria, mas nunca estaria preparada para isso, ou será que tudo não passava de coisa da minha cabeça?

Abri a torneira e passei uma água em minha nuca e em minha testa ouvindo o som de batidas na porta logo em seguida.

- Thali? Meu amor, você está bem? - era a voz de Catarina. Peguei alguns papéis e sequei minha testa e nuca, checando minha imagem no espelho e abrindo a porta em seguida.

- Estou bem - assenti e abracei seu corpo escondendo meu rosto em seu pescoço. Eu precisava daquele contato e de alguém pra me amparar - Foi apenas um mal estar, já passou.

- Tudo bem - abraçou meu corpo deixando um beijo em minha bochecha - Vamos voltar pra sala, a aniversariante está te procurando - concordei e caminhei de mãos dadas com ela até lá. Sentamos no sofá novamente, mas meu coração só me pedia pra sair dali o mais rápido possível.

- Dinda - Du chegou perto de mim coçando os olhos.

- Oi meu amor - o acolhi em meus braços e deixei um beijinho na sua cabeça.

- Tô com sono - me pediu colo e eu o peguei. Sentei ele de frente pra mim com suas perninhas dos dois lados do meu corpo e apoiei sua cabeça em meu ombro.

- Dorme meu bem - acariciei seus cabelinhos e balancei seu corpo com o meu até que ele pegasse no sono.

- Thali? - tia Juci se aproximou de mim depois de alguns minutos me fazendo sorrir sem mostrar os dentes pra ela como resposta - Posso falar com você?

- Agora tia? - mordi meu lábio apreensiva. Eu já tinha uma ideia de qual seria a nossa conversa.

- Sim, lá no quarto. Você já aproveita e coloca ele na cama - concluiu e eu assenti, me levantando com o pequeno garoto em meus braços - Pode colocar ele aqui - apontou para a cama de casal, assim eu fiz tirando os pequenos sapatos e colocando no chão ao lado da cama. Me sentei ao seu lado e encarei a mulher.

- Tem algum problema tia? - perguntei a observando.

- Não, só queria mesmo saber se você está bem - me encarou e eu assenti desviando meus olhos - Você já à viu? - neguei agora ainda sem olhar pra ela - Espero que você saiba que eu não sabia de nada - se sentou em minha frente, parecia preocupada.

- Tudo bem tia, eu entendo - voltei a encara-lá - Ela é sua filha, mesmo que você soubesse eu não poderia te julgar de forma alguma - sorri fraco - Mas eu acho que vou pra casa...

- Mãe a senho... Ops, me desculpa - Gabie disse entrando pela porta e essa foi a primeira vez depois de 3 anos que eu olhava em seus olhos novamente.

- Como eu ia dizendo, acho melhor eu ir - disse desviando o meu olhar do dela e ignorando sua presença - Du está cansado - passei as mãos em seu cabelo - E preciso deixar minha namorada em casa - olhei pra tia Juci que me olhava um tanto desapontada?

- Fique pelo menos até eu cortar o bolo, pode ser? - perguntou segurando minha mão e eu assenti com um sorriso beijando suas mãos.

- Tudo por você tia - me levantei - Estarei esperando lá na sala, acho que esse menininho não vai acordar agora - fui em direção a porta onde a garota loira ainda estava e senti seu olhar queimar minha pele durante todo o caminho, mas não me atrevi a retribuir seu olhar.

Gabie POV

- O que queria filha? - minha mãe disse me tirando do transe.

- Hum... É... - suspirei deixando meus ombros caírem - Ela mal olhou pra mim, você viu?

- Você deveria saber que ela reagiria assim, você expulsou ela da sua vida, filha - a mais velha disse me chamando pra um abraço.

- Mas eu sinto falta da minha melhor amiga - disse a abraçando apertado.

- Dê um tempo a ela, mostre aos poucos que se arrepende e quer ela de volta na sua vida, mas tenha paciência - acariciou meus cabelos e eu apenas concordei com a cabeça.

Depois disso a festa se passou tranquila. Thalita não olhava pra minha cara e quando seus olhos eram dirigidos em minha direção sem querer, ela apenas desviava. Trocava carinhos o tempo inteiro com a tal namorada e só saiu de perto dela para pegar o garoto que havia acordado e estava chamando por ela. Aproveitei esse tempo para ir atrás dela, não sei o que pretendia fazer, mas queria resolver as coisas de alguma forma.

Quando entrei no quarto ela estava rindo com ele enquanto o ajudava a calçar seus sapatos. Eles pareciam ser bem próximos. Thalita o olhava de uma forma maternal e por um momento eu cogitei aquela possibilidade. Será que era filho dela?

- Oi, quem é você? - fui tirada de meus pensamentos quando uma voz infantil soou pelo quarto.

- Oi, meu nome é Gabriela, sou filha da Juci, e você? Qual é seu nome? - me aproximei dele e me ajoelhei na sua frente.

- Meu nome é Duarte, minha mãe se chama Nathália e meu pai Bruno - ele disse e eu sorri, então ele era filho do Bruno... - Essa é minha dinda Thalita, você conhece ela? - olhei para a mulher e ela ainda não me olhava e estava séria.

- Sim, eu conheço. Somos... quer dizer éramos muito, muito amigas - Thalita finalmente me encarou e suspirou.

- Vamos Du, já está bem tarde, precisamos ir deixar a tia Catarina em casa e depois você vai dormir abraçadinho comigo, topa? - o menino sorriu e desceu da cama todo animado correndo em direção a sala enquanto dizia "Vovó, Vovô, tia Lina vamos embora".

- Ele parece ser bem apegado a você - disse um tanto receosa.

- Sim - ela deu um sorriso sincero - Ele apareceu no momento que eu mais precisei e quem se apegou primeiro a ele fui eu - mordeu o lábio inferior olhando para seu colo antes de levantar - Preciso ir.

- A gente pode marcar alguma coisa? - ela me encarou confusa - Sei lá, pra podermos conversar - ela pareceu pensar bem por um momento.

- Sua mãe tem meu telefone - disse e saiu do quarto me deixando com uma pitada de esperança.

Sincerely, yours.Onde histórias criam vida. Descubra agora