Eu tinha duas certezas atuais na minha vida.
A primeira? O meu natal seria uma catástrofe!
E a segunda? O meu chefe era um cretino.
Encaro a sua figura alta e esbelta andar pelo meu apartamento, num tipo de reconhecimento do terreno. Palavras dele, não minha!
O desgraçado simplesmente brotou na minha porta nesta manhã. Um dia antes da minha viagem, cujo eu ainda acreditava fazer sozinha e chegar na casa da minha família com alguma desculpa qualquer.
Mas eu estava tão, mas tão equivocada!
Aspen bateu na minha porta às oito da manhã. Segurando dois copos do Starbucks e seu famoso sorriso de lado que conquista qualquer coisa, de qualquer pessoa.
Primeiro ele me olhou de cima abaixo, provavelmente estranhando o meu pijama de inverno com estampa de Olaf. Depois, Aspen começou a gargalhar alto, não se importando com o fato de que estava no corredor do meu prédio, com apartamentos vizinhos, que abrigavam pessoas ainda adormecidas.
Minha reação foi fechar a porta na cara dele. Apenas para dois segundos depois o meu telefone tocar com sua cara desgraçada de tão linda aparecendo na tela.
- Você ainda não disse o que veio fazer aqui, Aspen.
Beberico o meu café delicioso, enrolada em um dos lados do meu sofá, enquanto o observo andar de um lado para o outro.
Quando chegou aqui, Aspen usava um sobre tudo preto, coturnos e calça jeans escura. Tudo muito escuro e estranho para ele. Mas assim que entrou no meu aconchegante e quentinho apartamento, o casaco voou longe. Deixando-o apenas com uma blusa de manga longa branca.
Fala sério! Como alguém poderia ficar tão bonito de jeans e blusa branca? Aspen conseguia essa proeza facilmente, e ainda por cima fazia questão de esfregar na minha cara o quanto era bonito enquanto andava pela minha sala.
- A viagem ainda está de pé? - ele pergunta enquanto tenta esconder o sorriso travesso que brinca em seus lábios.
Alço uma sobrancelha de forma questionadora. Minha mente começa a se perguntar se ouvimos a coisa certa mesmo.
Quando dou por mim, estou encarando o meu chefe boquiaberta e olhos arregalados. Minhas mãos começam a soar enquanto seguram o copo de café, e um arrepio percorre o meu corpo.
Mas que merda! Nem está frio aqui dentro! No entanto, porque tenho a sensação de que a temperatura está diminuindo gradativamente?
- Mia?
Ouço a voz de Aspen. Pelo seu tom, parece um tanto alarmado, e eu me forço a encará-lo.
- Você quer ir para a minha casa e fingir ser meu noivo?
Minha voz sai em um sussurro incrédulo, enquanto eu tento a todo custo não sair correndo e gritando com qualquer um que apareça na minha frente.
- Sim. - Aspen responde com tamanha convicção. - Na verdade, preciso fazer isso. Vamos chamar de troca de favores.
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Aluga-se Um Noivo Para o Natal (DEGUSTAÇÃO)
RomanceTudo o que Mia Sanders desejava neste natal era um noivo. Mas como noivos não caem do céu, nem mesmo o papai Noel realiza desejos neste departamento, Mia se vê em um beco sem saída. Uma mentira contada. Um noivo a ser alugado. No entanto, a vida de...