Capitulo 3- Realidades Imersas

20 5 1
                                    

Me lembro de uma Primavera como esta. A exatamente um ano atrás.
Eu e Kevin jogavamos Scotland Yard sentados no quintal gramado de sua casa.
Toda sua família, eu e minha mãe, reunidos no quintal de sua casa, típica de área residencial. Um clima muito agradável em um fim de tarde; a famosa "hora mágica" quando o céu se torna um laranja e cinza em meio as nuvens. Em um dia comum a essa hora estaria no meu quarto tomando um bom vinho e lendo algo relacionado a teorias de conspiração, o sol sempre batia no tapete cinza, dando uma sensação forte de conforto, ótimo clima para acabar com políticos e governos exploradores e mesquinhos afinal,  não é mesmo.

Nós só nos preocupavamos com quem seria o principal suspeito naquela campanha do jogo e na carne assando na churrasqueira que o pai de Kevin fazia. Não havia nada mais que me importasse naquele momento... a não ser quando meus pensamentos se desviavam involuntariamente à "fucking" Tyler Crowther;
-Chloe...   Interrompendo meus pensamentos o tio de Kevin me chama. 
...olha como você cresceu, já está uma mulher !
Envergonhada respondo com um uma risada baixa.
...Já terminou o colegial minha pequena?
-Desculpa mas... eu tenho 17, acho que já sai de lá a um tempo.
Kevin ria do tio fortemente, como uma hiena engasgada. Como alguém consegue rir assim? (dou uma risada, pois ninguém é forte o suficiente para se conter com aquela risada)
- Estou na Bravees. Ultimo ano... Um passo em direção a saída do purgatório.
Ele deu uma risada e colocou sua mão no meu ombro me abraçando.
-Bravees,  lembro de quando tocava o terror naquelas salas. Professor Mackenzie ainda deve ter lembranças de mim.
Um silêncio se deu depois desse comentário, olhei de canto de olho para Kevin, o mesmo segurava uma risada.
-Ok, tio... Disse Kevin tentando fazer Patrick não pagar mais um boleto daquele mico que pagava.

-E você KEVIN! Um garota dessas você não pode deixar passar, filho. Disse Patrick dando um check com a boca e uma piscadinha pra Kevin.
Eu e Kevin começamos a rir juntos.
-Amigos,tio. Quase irmãos... nada mais.
Depois de muitos comentários de tio do pavê, Patrick saiu em busca de outras vitimas, algumas pessoas que se encontravam na varanda da casa.

Saudades de quando antes, era apenas... uma tarde tranquila, tios perturbados e lideres estudantis metidos a presidentes da casa do...

.. Dias atuais ..

-Acho que temos que limpar essa bagunça.

O som estava abafado. Como o ouvido de alguem com labirintite, apitava um som fino e irritante em minha cabeça.
Me encontrava paralisada olhando para aquele ser, que segundo a Tyler... o "caçador".  Mas que porr.....

-Chloe?!
Saindo do meu transe olhei para ele. O mesmo estava perto do caçador, cutucando-o com uma das pistolas conferindo se realmente morrera. Me checou por alguns segundos e apontou para a criatura.
-O que exatamente quer que eu faça?
-deixar ele aqui,deixar que outros alunos e direção da escola vejam, alertem a imprensa e causar um pânico mundial e provavelmente uma associação protetora de macacos demônios gigantes. Respondeu Tyler em um tom irônico.
-haha,  por onde começamos? Perguntei.
Tyler pensou por um tempo, olhando para os lados procurando por algo.
-Precisamos de fósforo.

Fomos até a cantina  da escola, Tyler ficou na porta olhando e me avisaría se alguem aparecesse. A porta da cozinha estava trancada e obviamente seria nem um pouco discreto arromba-lá. Peguei um grampo na bolsa e cuidadosamente destranquei a porta. Aquele lugar cheirava a óleo e fritas, porem o cheiro não era nem um pouco bom. Depois de um tempo procurando encontrei uma caixa com palitos pequenos em um compartimento aberto nos armários ao fundo da cozinha.
Voltei rapidamente à Tyler que me esperava encostado ao lado da porta de saída do refeitório. Quando estava quase o alcançando ouvi passos e percebi que alguém vinha pelo corredor.
Tyler avança alguns passos e me pega pela cintura,um sensação gélida tomou todo meu corpo e minha respiração pesou, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele me beija... alguns longos segundos se passam e ouço alguém tossindo à poucos metros atrás dele. Quem mais poderia ser além dos cães que guardam os portões do inferno.
-srta.Hadergard, a que devo a honra? Disse Tyler olhando para trás.
-Não deveriam estar em suas salas?
Tyler deu um sorriso carinhoso à mim, e logo em seguida foi andando em direção a saída.
-eu me perdi. Disse passando direto por Pridon.
Dei uma pequena risada e passei por ela também, saindo da cozinha.

DrownhillOnde histórias criam vida. Descubra agora