Noveau

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Caminho em direção a porta enquanto Pierre paga nossa refeição. Ele insistiu que seria por sua conta, achei desnecessário assumir o valor todo, podíamos muito bem ter dividido.

O almoço ocorreu bem no geral, comemos em silêncio, algo que aprecio muito e parece que da parte dele também. A comida estava esplêndida, algo que só um bistrô possui. Vou anotar o endereço para vir aqui novamente.

- Vamos? - Sua voz se faz presente bem no instante que iria me virar para respondê-lo.

- Claro, podemos ir e muito obrigada.

- Estarei sempre a sua disposição mademoiselle. - E como ênfase, Pierre faz uma pequena referência.

Me limito a dar um singelo sorriso em resposta ao ato. Não sei o que se passa em sua cabeça, gostaria muito de saber o que pensa, pois não para de me olhar e isso é esquisito.

- Então, não vai me falar nada sobre você? - Diz se apressando a ficar um passo à minha frente, de forma que consiga andar de costas.

Penso no que irei responder, não quero soar rude ou algo que não sou, contudo o silêncio é a única coisa que sei usar.

- Se não quiser me dizer tudo bem, o importante é que seu nome sei. - Pierre me faz parar, pois fica bem a minha frente impedindo de prosseguir. 

Estou prestes a dizer com licença quando recebo algo, passando despercebido por mim que ele tinha se abaixado em determinado momento para pegar uma bela flor amarela. 

- Para você. - O que exatamente esse ser está tentando fazer? Eu não sei, mas o que insiste em aparecer é esse sorriso bobo que tenho no rosto.

- Merci. 

- Finalmente! Por onde andaram? - Mal chegamos e a loira vem nos afanar, mon Dieu

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- Finalmente! Por onde andaram? - Mal chegamos e a loira vem nos afanar, mon Dieu.

- Fomos almoçar. - Pierre dá de ombros, como se fosse algo banal.

- E demoraram até de mais, rolou algo? - Olho sem nenhum escrúpulo ao autor de tal comentário. Não creio que estou a passar por isso.

- Irei para a aula e sugiro que vocês façam o mesmo. - Digo em especial ao Louis.

- Se tu estás a falar tá falado. Vamo cambada! - Realmente não tem nenhuma vergonha na cara, ainda por cima é debochado.

Não me despeço, simplesmente saio e desta vez Pierre me deixa ir, contudo arrisco dar aquela olhadinha para trás e o vejo simplesmente a olhar enquanto Louis dá altas gargalhadas. Melhor assim.

Caminho na direção oeste, passando pelos belos canteiros de flores amarelas e azuis. Ponho a mão no bolso à procura do horário, qual será a próxima aula, tomará que não seja estatística logo de cara. A maioria das pessoas escolhe história por não haver matemática, quão enganadas estão. Contudo, não é nada exorbitante, são apenas alguns cálculos básico, simples até.

Encontrando um Q de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora